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24 de agosto de 2009

OUVINDO VOZES

Quando eu tinha entre 17 e 18 anos eu trabalhava para uma cliente do meu pai fazendo arte para impressos, em uma gráfica. Na verdade trabalhava na casa desta pessoa, em um quarto nos fundos. As vezes eu tinha que ficar até mais tarde e eles saiam de noite para fazer alguma coisa (festas, sei lá), e eu ficava lá sozinho, trancado. Era meio estranho, mas eu precisava do trabalho na ocasião para aprender...


Bom, certa vez eu estava lá sozinho. Estava fazendo meu trabalho no Corel Draw!, com um computador pra lá de lerdo que não tinha multimídia na época, nem nada, quando, no meio daquela noite muito silenciosa, em que eu podia ouvir minha própria respiração, eu escutei claramente um sussurro, como se fosse em meu ouvido: “... daniel...”.


Foi tão claro que eu não parei para pensar, simplesmente respondi: “Fala”. E não obtive resposta alguma.

Achando que o filho do meu chefe estava fazendo alguma brincadeira comigo (ele era gente boa, mas nunca se sabe né?) eu sai rapidamente do quarto e vi que nos fundos da casa estava tudo escuro e silencioso. Não havia ninguém na casa. Estava tudo trancado e quieto. Não ouvi barulhos de passos nem nada. Estava só.


Olhei para o céu: não havia nenhuma luz estranha, então não podiam ser OVNI´s. Nem poderiam ter sido os cachorros da família, porque eles não sabiam falar (acho). Então um arrepio percorreu a minha espinha, pois me dava conta de que existiam poucas explicações para aquele fato.


Ou eu estava ficando esquizofrênico e começava a ouvir vozes em minha mente, ou tinha sido um fantasma/demônio/espírito. De fato, falei com alguém sobre isso certa vez e me disseram que se eu ouvisse a voz de novo, que não deveria responder, e deveria fingir que não havia ouvido nada.


Alguns minutos depois meus empregadores chegaram e eu pude ir embora. Mas foram minutos horripilantes em que eu fiquei temendo ouvir aquela voz de novo.

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