LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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18 de março de 2013

A GATINHA NO MOTOR DO CARRO


Eu e minha esposa vamos viajar em breve, então após sairmos da igreja ontem pela manhã fomos almoçar, voltamos para casa, pegamos o Xaveco e fomos com ele até um hotel canino que nos indicaram, que fica a uns 30 minutos de casa.


Tanto na ida quanto na volta a gente ouvia, vindo de algum lugar indefinido, o miado de um gato. Pensamos que era da rua. Ainda brinquei com minha esposa e falei "deve ter um gato no motor", mas totalmente na brincadeira. O miado parou e fomos até o lugar.


Na volta, o miado ocorreu mais forte ainda. "Pare o carro" eu disse. Minha esposa parou no meio da rua, abrimo o capô e lá estava ela, essa linda gatinha siamesa da foro, apavorada. Ela ficou no motor do nosso carro por pelo menos umas 2 horas!



Ela estava, milagrosamente, ilesa!

Trouxemos ela para casa, mas ela estava apavorada, ainda mais  com a presença do Xaveco, que trancamos no quarto. Demos leite morno para ela beber, e alguma coisa para comer. Ela se enfiou na estante de livros e ficou ali, escondida no meio dos volumes. 

Como moramos em apartamento com um cachorro louco como o Xaveco, e ainda por cima minha esposa é alérgica a gatos, não podíamos ficar com ela. Uma amiga da minha esposa, que tem e ama gatos, se prontificou a ficar com ela até acharmos um lar adotivo definitivo, o que ocorreu em menos de 24 horas. Ela já deve estar em sua nova casa neste exato momento, enrolada com os novos guardiões, brincando e se recuperando do susto que infelizmente eu participei involuntariamente.

Isso me trouxe um monte de lembranças e emoções a tona. Quando criança, tivemos em casa um gato siamês que eu adorava de paixão. Dormia com ele na minha cama, e foi com ele que me tornei um servo fã de gatos. O nome dele era Maradona e é esse ai na foto ao lado.

O Maradona foi encontrado morto pelo meu irmão mais velho na porta de nossa casa, atropelado. Ele gostava de dar umas escapadas, e na noite anterior estava louco para dar uma volta noturna. Foi sua última.

Não costumo falar muito disso, mas pelo que me lembro, a morte dele foi um dos meus grandes traumas de infância. Lembro claramente que prometi a mim mesmo nunca mais estabelecer vínculos daquela forma (não com essas palavras) porque a dor foi terrível, quase insuportável, e eu não queria sentir aquilo de novo nunca mais. É muito triste para uma criança perder seu amigo querido assim tão abruptamente, sem ter uma maturidade emocional de suporte.

Rever esta gatinha me fez sentir isso tudo de novo. Mesmo sabendo que era impossível, eu adoraria ter ficado com ela. De certa forma vivenciei a perda mais uma vez no nível emocional, porque tive comigo essa gatinha para logo em seguida perdê-la de novo. Perdê-la pelos motivos certos dessa vez, para que ela tivesse uma família que a amasse e cuidasse adequadamente dela. Mas mesmo assim, uma perda.

Acho que vou ficar alguns dias meio deprimido.

11 de março de 2013

CONTANDO ATÉ 10

Quando eu era criança eu via muitos desenhos animados na TV. Não vou me lembrar em qual dele foi - Pica-Pau quem sabe - mas foi assistindo a estes desenhos que tive contato com essa história de "contar até 10" para me acalmar diante de alguma irritação. É uma lição importante para crianças e adultos. E fundamental para um convívio tranquilo.

Já passei por muitas situações de irritação, e em muitas delas acabei explodindo (tomando ações de externalização da frustração e descontentamento). Na maioria absoluta delas me senti muito mal depois porque percebi que não havia afinal motivos para ter ficado irritado para início de conversa. Ou seja, o problema era em mim e não na situação/pessoa que havia me irritado.

Não mando muito nas reações emocionais que tenho, mas mando nas reações racionais e conscientes  As emoções são muito mais poderosas no entanto, e tentam comandar as reações racionais - grite, reclame, seja grosso! Mas ai vem nossa força de vontade e sangue frio para nos controlar... e esperar.

Na maioria das vezes em que me segurei, e esperei por exemplo um dia, percebi o que disse antes: não havia razão legítima para me irritar. E evitei os problemas, mágoas e ferimentos que minha explosão teria causado. Analisando a mim mesmo, pude me conter, porque no final das contas esse é um dos únicos pequenos controles que temos nesse mundo - nosso comportamento, assim mesmo, bastante limitado de certo modo.

É claro que se conhecer é fundamental, e conversar é tão importante quanto. Se você convive com alguém que faz alguma coisa da qual você não gosta, que te irrita, mesmo que não seja nada errado, é sábio conversar com a pessoa e explicar o que ocorre, já que assim a pessoa pode te ajudar, quem sabe, evitando fazer aquilo, que como eu disse não era algo necessariamente errado para início de conversa - apenas te irrita. Ao mesmo tempo você passa a se esforçar para deixar de achar aquilo irritante, e ambos podem viver bem juntos.

Pensar desta forma é saudável, e já vivenciei bençãos por evitar falar diversas coisas a diversas pessoas simplesmente porque contei até 10.

Minha esposa por exemplo se esquece de muitas coisas, e isso me irritava muito. Depois que entendi que ela não faz por mal, e que o fato dela ter DDA e hiperatividade a impede de se lembrar de tarefas e compromissos como alguém dito "normal" (porque não há como estabelecer um critério de normalidade nesse caso) eu passei a ser mais tolerante, contar até 10, e muitas vezes antecipar os esquecimentos dela e avisá-la de compromissos, ajudando-a.

Recomendo muito que todos aprendamos a tolerância. O mundo carece muito dela. Uma matéria da revista Galileu diz que pesquisadores descobriram que a rejeição dói tanto quanto uma queimadura. Bater boca a troco de banana também deve machucar bastante a gente.

5 de março de 2013

DEVAGAR

Esse começo de ano (começo? já é março!) está bem devagar para mim. Gosto de pensar que é porque este ano será cansativo a partir do começo de abril, uma vez que vou começar minha pós-graduação. Mas não é bem assim. Acho que simplesmente estou cansado e doente.

Eu estava conseguindo ir aos treinos de kung-fu duas vezes por semana desde o retorno das férias da academia, mas estou entrando na segunda semana sem ir devido a orientações médicas. Dores no ombro  e clavícula me levaram a fisioterapia e a descoberta do que parece ser não uma mera tendinite ou inflamação, mas sim um quadro de encurtamento dos ligamentos do ombro e pescoço, provavelmente devido a uma vida inteira sentando-me com uma péssima postura, tensionamento constante dos ombros e pescoço e nunca me alongando corretamente, não apenas nessa região do corpo, mas em todas as demais também.

Recomendo você a cuidar do corpo, fazer alongamentos, exercícios e relaxamento. Você pode não sentir  os efeitos do descaso com seu corpo nos primeiros anos, mas vai sentir lá na frente com toda certeza.

Os exercícios de alongamento são dolorosos mas necessários agora (assim como eram antes e eu os negligenciava), e já começo a cogitar a possibilidade, ainda não ventilada por nenhum fisioterapeuta ou ortopedista que me atendem, de que tais exercícios serão meus companheiros pelo resto da vida, caso eu opte por não deixar que tais dores voltem a me incomodar.

Além dos exercícios no entanto outra atividade que eu vinha desempenhando bastante ano passado está totalmente parada este ano: minhas leituras. O livro em inglês que estou lendo, enorme, ainda me desafia. Todas as noites o volume me encara de cima de minha mesa, e quase posso ouvi-lo sussurrar ofensas e declarar minha derrota. Não o escuto, e mesmo que em doses menores, volto a ele e dou-lhe combate com leitura.

Nem tudo é dor e derrota no entanto. A grande viagem ao Japão que eu e minha esposa faremos se aproxima, e ela pode ser outro motivo do porque tudo está sendo levado tão vagarosamente até aqui.

O que eu tento entender no entanto é que nem tudo na vida é velocidade. A vantagem de se envelhecer é ir percebendo que a pressão pela velocidade é algo artificial, e a vida encontra um ritmo próprio que muitas vezes é tido como lento. Realizar coisas é importante, mas tudo a seu tempo. Leitura, exercícios, estudos, viagens... tudo ocorrerá, mas no tempo certo e querer acelerar as coisas só causará estresse desnecessário.