LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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29 de setembro de 2009

MALDITA PREGUIÇA

Tem um pessoal que trabalha comigo que anda agitando de fazer alguma coisa pra ficar rico (novidade). Sério mesmo! Fico revoltado de ver que um cara como o Orkut Büyükkökten inventou um negócio bacana e revolucionário para o Google (o Orkut) e não ganhou nada com isso, enquanto que o Mark Elliot Zuckerberg fez o Facebook, uma cópia deslavada do primeiro (assim como o MySpace), e ficou podre de rico.

Tenho idéias cabulosas para softwares colaborativos em ambiente web. Mas tenho uma preguiça enorme de fazê-los, até mesmo de desenhá-los. Queria fazer protótipos, mas até estes dão trabalho. Quem mandou eu deixar de programar e virar especificador de sistemas? Agora perdi o molejo com programação.

O mais louco nessa história é que você nem precisa ser o primeiro a inventar uma coisa. Basta copiar e melhorar algumas coisas, e ter sorte. Tenho um amigo que resolveu fazer um site de buscas na época em que as majors do setor (Yahoo, Google) estavam comprando as pequenas. Ele esperava popularizar o site e então vendê-lo. Nunca conseguiu. Mas se você investir em um site de relacionamentos interativo focado em algum ponto específico (por exemplo, com o MySpace fez com música) você pode se dar bem.

Tenho um livro para escrever e não consigo. Tenho idéias de softwares e sistemas para implementar e não tenho disposição. Puts grila, o negócio tá feio para o meu lado...

MALDITO BLOQUEIO

Novamente me vejo diante do bloqueio. Não há nada mais frustrante do que isso para um escritor. Você tem uma massa enorme de coisas passando pela sua cabeça, prontas para serem cuspidas para fora, mas você simplesmente não consegue. É como uma prisão de ventre intelectual, que dói e incomoda.

Já estou há tanto tempo ruminando esta história em minha cabeça que ela já mudou de ruma uma dezena de vezes. Novos personagens ganham importância e velhos protagonistas tornam-se meros coadjuvantes. O tempo passa e tudo se altera em minha mente. O tempo passa e não consigo escrever meu livro.

Se é por causa do remédio eu não sei. Mas sei que me sinto patinando na lama, sem sair do lugar, e já há bastante tempo.

28 de setembro de 2009

LEXAPRO

Tomar antidepressivo é complicado. Trocar de antidepressivo é mais complicado ainda.

Eu estava tomando Fluoxetina (Prozac) que é um antidepressivo que estava me dando alguns efeitos colaterais, mas que estava me deixando bem estável emocionalmente.

Tentei, seguindo ordens de meu psiquiatra, diminuir a dose pela metade (de 20mg para 10mg) para ver se os efeitos colaterais sumiam. Houve uma melhora e tanto! Porém comecei a ficar irritado e deprimido novamente, como estava antes de começar o tratamento.

O que meu psiquiatra fez então foi mudar minha medicação. A partir de hoje (após cortar a Fluoxetina opor alguns dias) estou tomando o Lexapro, que é um antidepressivo mais forte e moderno que parece apresentar bem menos efeitos colaterais. Infelizmente o primeiro deles já apareceu logo no primeiro dia: enjôo. O segundo, que não está escrito na bula, é óbvio: o bolso. O Lexapro custa mais que o dobro da Fluoxetina!!! Assim fico deprimido mesmo com o remédio! Bem que podia ser manipulável ou ter genérico. Já ajudava...

O enjôo é um efeito colateral normal no uso de antidepressivos, pelo menos comigo (foi assim com a Buspirona e Cibutramina, e foi assim com a Fluoxetina). Sei que ele sumirá em duas semanas no máximo. O que me preocupa é se os outros efeitos colaterais já citados surgirão. Se for para ficar do mesmo jeito volto para a Fluoxetina, que é mais barata. Mas tenho que usar esse ai pelo menos por dois meses para fazer uma avaliação mais adequada.

O ideal, ideal mesmo seria não precisar tomar remédio para isso. A terapia ajuda bastante, mas o caso é que, diferente do que muitos pensam, a depressão é fisiológica e não meramente emocional.

Os antidepressivos todos agem de forma muito parecida, impedindo a recaptação de serotonina no cérebro. A serotonina é um neurotransmissor que te dá sensação de prazer, felicidade e contentamento. Comer chocolate, fazer sexo, ouvir uma música lega, ver um filme bacana ou se divertir com os amigos libera serotonina no seu cérebro.

O problema com pessoas como eu é que temos uma condição biológica que faz com que esta serotonina seja recaptada muito rapidamente no cérebro, ou seja, que perca o efeito mais rapidamente do que em pessoas sãs, o que nos causa depressão, TOC, ansiedade, pânico, etc. Tudo em resposta a falta de serotonina. O medicamento então trabalha em cima de estruturas chamadas de “bombas de recaptação de serotonina”, normalizando o tempo que ela, a serotonina, fica suspensa em ação em nossos cérebros. Ou seja, não ficamos com overdose de serotonina, mas sim ficamos com a quantidade normal. Passamos a sentir o mesmo prazer que as outras pessoas e pelo mesmo tempo que elas.

A diferença entre as classes de antidepressivos é que eles são mais ou menos específicos dependendo de sua geração. A Fluoxetina por exemplo age em um espectro não muito específico de neurotransmissores, então ela não age apenas na serotonina mas também em outros neurotransmissores que não tem nada a ver com o problema da depressão, o que potencializa efeitos colaterais. Já o Lexapro, por ser mais moderno, é bem mais seletivo, incidindo quase que unicamente apenas na serotonina, o que diminui a possibilidade de possíveis efeitos colaterais. Mas esta especificidade tem seu preço, exatamente 50% a mais.

Não sei se o enjôo é do remédio ou do preço dele.

27 de setembro de 2009

HÁ DOIS DIAS ESQUECIDA

As vezes é mais fácil esquecer
Abandonar os outros e se dar bem
Porém, não é o que espero fazer
Nem ao certo sei se é o que quero dizer
Vai, onde entornam-se as dores lânguidas
Interna ao teu olhar humano, lambe a tua boca
Vem ao meu prazer, tocar a mim com você
Sorrir, chorar, gemer, gritar ao se sentir
Cantando a dor de existir
E não temer o que mais quer
Era assim, somente aos prantos
Que me faço ouvir
Tremendo, insano ao anoitecer
Criar a mim, alguém
Estranho, sinto o gosto do pecado ao teu lado
Sinta, bem dentro de você
O prazer que queima o interior
Sozinho vou sem para trás olhar
Distante daquele sonho que esperava gozar
Caminhar, se distrair
Ouvir desgraças e sorrir
Construir para destruir
E só então lembrar desta canção
Esquecida como agora estou
Amassada em seu papel
Distraído em minha dor
Somente para recriar o meu próprio horror

originalmente escrito em 1998

26 de setembro de 2009

SOLIDÃO

A solidão é morte em vida, é infortúnio em sua glória
É a ambigüidade pura da vida por si só
Por que a vida também é somente uma
Assim como nós somos somente um
E basta uma ponta de esperança para as lágrimas caírem
E somente uma dor intensa lhe fará ver que não vale a pena
Por que no final alguém sempre se magoa
E já nos basta padecer a tanto tempo
Embora achar outra pessoa seja algo singular
A expectativa do encontro é sempre dolorida
E quase sempre constatamos: estávamos errados
E quase sempre choramos: estávamos enganados
E existem dores que nem o tempo pode acalentar
E a solidão só os intensifica cada vez mais
Forte como a própria união, é o fim certo a todos
Por que é maldição e não bênção
Ser sozinho é triste porque sozinhos não somos ninguém
E na união do amor entre homem e mulher
Existe uma força incrível que é o oposto de tudo o que conhecemos
O amor faz a possibilidade da solidão valer a pena
Se tiveres um só minuto de amor intenso
Se dê por satisfeito, pois já sabes o que é viver
Se seu sonho se tornou real, dê-se por feliz
Pois não existe nada mais importante que não estar só
Somente uma coisa realmente importa:
Não estar só
Estar acompanhado de quem se gosta
Não existem rejeições fortes demais
Não existem tardes vazias ao extremo
O que temos é a nós mesmos, e nada mais
E tudo o que sonhamos pode ruir sobre nossos pés
Pode demorar um dia ou uma vida
Mais cedo ou mais tarde acontece
E mesmo que você se sinta só e rejeitado
Não se preocupe: mais vale se lamentar por coisas feitas
Do que por sonhos não realizados


originalmente escrito em 1999

25 de setembro de 2009

ARDIL

Durante 12 anos a espaçonave Kashimire, o orgulho da humanidade, navegava solitária pela vastidão da galáxia, visitando os mais remotos locais. Provida de um gerador de dobra tão avançado quanto poderoso, ela podia saltar de um canto a outro do espaço conhecido sem a necessidade de reabastecimento ou paradas. A bordo, um solitário astro-físico era sua única tripulação.

Lazarus Quaid tinha diversos motivos para sentir-se solitário. Não apenas dentro do expoente da engenhosidade humana que aquela espaçonave era. Quaid tinha sérios motivos para crer que era o último ser humano vivo.

Há 12 anos atrás, em seu último retorno à Terra, ele havia encontrado o planeta completamente vazio, com sinais de conflitos em lutas por toda parte. Não havia como saber exatamente o que ocorreu durante sua ausência de 3 anos, onde cumpria uma missão de grande importância realizando a vistoria in loco do 15º planeta extra-solar com chances de se tornar a primeira colônia terrestre.

Sem ninguém para recebê-lo, Quaid se afundou em desolação, pensando quão triste era o fato de que, após milhares de anos, a humanidade finalmente poderia realizar um de seus sonhos mais antigos só agora, em sua extinção. O planeta vistoriado não só era habitável como possuía uma biosfera rica em nutrientes e oxigênio, além de água líquida, temperaturas amenas e vegetação abundante. Mas isso não tinha a menor importância agora.

Quaid passou 2 meses no planeta Terra em busca de sinais de vida humana. Estranhamente não encontrou um cadáver sequer. Não havia como obter informações sobre o que havia ocorrido pois todos os sistemas de notícia e informação encontravam-se severamente avariados. As cidades estavam abandonadas, e tanto a vegetação como os animais selvagens já estavam adiantados em sua ocupação das ruas, prédios e casas. A Terra era selvagem uma vez mais, e havia naquilo uma beleza mórbida de paz.

Quaid não gostava de se lembrar daqueles dias na Terra, porque após meses de buscas inúteis, acabou ficando catatônico. Chegou à beira da morte por inanição dentro de sua velha espaço-nave, a Orion Hawk 7. Mas algo dentro dele não o permitiu morrer. Ainda tinha muito o que ver e descobrir. “Ainda não quero morrer”, pensou, fraco após dias após sem alimentação. “Ainda existe um humano para viver, e sonhar”.

Saindo da órbita terrestre Quaid encontrou a Kashimire intacta, atracada à grande doca espacial que ficava em órbita geo-estacionária sob o Pacífico. O local estava mais silencioso do que qualquer outro que ele havia visitado. Não haviam corpos, nem sinais de luta. Era como se todos tivessem simplesmente desaparecido.

Os sistemas automáticos das instalações ainda funcionavam com exatidão, e acoplar sua nave ao complexo fora extremamente fácil. Investigando os registros no diário da estação, viu que as últimas entradas eram relativas a mais de dois anos atrás. No último dia havia o registro de uma nave militar que se atracaria para reparos. Depois disso, nenhuma informação havia disponível.

Após alguns preparativos, Quaid abandonou as fronteiras terrestres a bordo da Kashimire no dia 27 de agosto do ano de 2487. Olhou o planeta morto uma ultima vez, e então mirou seus olhos para frente, vislumbrando as estrelas assim como os humanos o faziam desde os tempos mais remotos. Com a diferença de que agora, de certa forma, ele poderia tocá-las.

Durante todos aqueles anos Quaid viu coisas que julgava que nunca veria em sua vida. Vislumbrou corpos celestes sugados por buracos negros, formações de super-novas que destruíam sistemas estrelares inteiros, estrelas binários e planetas gasosos se desfazendo em colisões planetárias indescritíveis, ocasionadas por desequilíbrios gravitacionais de milhões de anos. Ele vivia pelo amanhã, e não tinha nenhuma esperança de encontrar outro ser humano em vida.

Certo dia, sem se dar conta, Quaid acabou retornando a um ponto da galáxia aonde já havia estado. Ele havia concebido uma fórmula matemática que proporcionava saltos aleatórios pela galáxia conhecida sem repetir locais visitados, o que lhe daria lugares a visitar por milhares de anos.

O fato é que ele havia estado ali não com a Kashimire, mas sim a Orion Hawk 7. Quaid estava diante do planeta que havia vistoriado ha mais de 12 anos atrás. Esboçou um sorriso, e considerou a possibilidade de voltar a caminhar por aquele lugar. Sem compromissos ou esperanças, decidiu ir a superfície.

Embicou a Kashimire em ângulo de reentrada e a pousou em uma planície estável recoberta com capim macio no hemisfério sul do planeta, que era semelhante à própria Terra em tudo, menos na disposição continental e na proporção terra seca/água. Lá, a água exposta não era tão abundante quanto na Terra, mas haviam enormes lençóis freáticos, com muitos pontos aonde a água pura e cristalina brotava do solo.

Já na superfície, Quaid sentiu a luz solar tocando seu rosto de uma maneira agradável. O azimute que a estrela apresentava no céu lhe dizia que estavam no período da manhã do que devia ser o outono naquela região do planeta. Caminhou pelo lugar com um prazer que há muito tempo não sentia. Considerou nadar em um lago que havia próximo ao local. Sua beleza natural era a coisa mais próxima da perfeição que ele jamais vislumbrou antes.

Sua paz, porém, fora interrompida por um sinal de alerta da Kashimire, obrigando-o a desistir do lago. Voltando à espaçonave, ficou quase tão abalado quanto 12 anos atrás. A Kashimire informava a existência de estruturas não naturais no hemisfério norte do planeta após sua varredura, proporcionada por 18 sondas atmosféricas que lançou automaticamente ao entrar na atmosfera.

Quaid sabia que, por estruturas não naturais, devia-se entender qualquer coisa que não tivesse origem geológica ou biológica, como montanhas e vegetação. Algum animal nativo poderia ter construído um abrigo grande o bastante para chamar a atenção, como os diques que os castores construíam na Terra. Mas também poderia ser algo produzido por uma mente humana.

Quaid não queria dar continuidade ao seu pensamento. Não queria trabalhar com suposições, mas sim com fatos. Não pensou duas vezes para levar a Kashimire até o local, para ver a tal estrutura com seus próprios olhos.

Lá chegando, não podia acreditar no que via. Pousou a nave a vários metros de distância, e foi até aquilo caminhando sem acreditar, porém, de arma em punho. Diante dele levantava-se, no topo de uma pequena colina coberta de grama, um casebre de madeira e pedra, com chaminé e até mesmo uma cerca. Pelas janelas, Quaid observou o interior do local, e viu móveis velhos dentro dele. Entrou. O lugar parecia desabitado há muitos anos, com uma grossa camada de poeira recobrindo tudo.

Sem conseguir assimilar aquilo com facilidade, Quaid ficou mais estupefato ainda vendo que, sob uma mesa no canto do casebre, haviam 5 objetos. Um pente, uma escova de dentes, um espelho, uma faca e... um controle remoto. Já há muito tempo que os controles-remoto haviam deixado de existir na Terra, sendo que o próprio Quaid só os havia visto em museus.

Pegou o controle nas mãos, limpando-o com cuidado. O botão de ligar/desligar era vermelho e grande. Foi natural apertá-lo para experimentar a sensação. Antes não o tivesse feito. Recebeu instantaneamente uma descarga que o fez perder os sentidos rapidamente.

Quando acordou, viu-se nu e preso pelas mãos, pendurado em um recinto escuro que não demorou para identificar como sendo a área de cargas de uma espaçonave mal cuidada. O local era estranhamente familiar. Uma comporta se abriu depois de alguns minutos, e Quaid sentiu o pavor mais terrível percorrer sua espinha com uma fúria incontrolável de adrenalina e outras reações metabólicas. Um ser humanóide horripilante se arrastou para dentro do lugar, com seus olhos vermelhos de pupilas dilatadas, e uma boca cheia de dentes afiados como a boca de um verme intestinal macabro.

A criatura o observou por alguns instantes de maneira apavorante, totalmente imóvel. O silêncio só era quebrado por sua respiração pesada e pelo som das batidas do coração de Quaid. A criatura então se moveu com movimentos curtos, rápidos e de baixa amplitude, ficando mais ofegante ainda, salivando em demasia. Mesmo magra, parecia totalmente bestial. Começou a falar com uma voz sussurrada e quase demoníaca, e para espanto de Quaid, na mesma língua que ele.

- O último dos humanos! Enfim posso me alimentar novamente...
- Se alimentar novamente?! O que diabos é você?
- Compreendo que não saiba o que sou... poderia dizer que sou um humano assim como você? Não... já há muito tempo isso me foi tirado...
- Humano?
- Eu conheço você e sua história, Dr. Lazarus Quaid. Mas você não me conhece, tão pouco sabe o que sou. Não estava na Terra quando aquilo aconteceu.
- O que?
- A estupidez humana, o que mais? Sou o resultado de um projeto secreto dos cartéis do sul. Sou um ser humano manipulado com vacinas genéticas para me tornar algo mais eficiente em campo de batalha. Eu era um soldado, assim como muitos outros.
- A Terra... você tem algo a ver com o que aconteceu na Terra?
- Sim, mas não seja tão ingênuo, Dr. Eu não fui o único. Eramos mais de 15 milhões. Fomos soltos no meio do território inimigo, onde começamos a comer todos os que víamos pela frente, até os ossos. Seja lá o que tenha ocorrido conosco, não conseguíamos mais sobreviver com outro tipo de alimento a não ser carne humana. Em poucas semanas exterminamos os humanos no território inimigo, destruindo toda sua infra-estrutura de informação, para evitar que eles se organizassem. Quando percebemos que morreríamos de fome, usamos aviões e barcos, e nos alimentamos daqueles que nos criaram. Em meses comemos cada ser humano do planeta. Quando eles terminaram, fomos em busca dos poucos que restavam nas estações orbitais, na Lua e em Marte fingindo sermos humanos. Muitos dos nossos já haviam morrido de fome neste meio tempo. Poucos de nós conseguimos sobreviver para nos fartar com os humanos amedrontados que haviam sobrado.
- Meu Deus... por isso não haviam corpos!
- Como disse, comemos até os ossos! Nossa fome é horrível. Por fim, todos os que eram como eu pereceram. Apenas eu sobrevivi.
- Como?
- Eu era falho e fraco. Diferente dos demais, algo em mim ainda continuava humano. Meu sistema digestivo ainda podia digerir alguns alimentos, mas não totalmente. Não sou capaz de absorver os nutrientes de maneira eficaz. Estou vivendo de ração há 4 anos, desde que meu estoque de carne humana terminou.
- E como me achou aqui? - disse Quaid, tentando se livrar das amarras sutilmente.
- Fui até as docas sob o Pacífico. Quando deixei a doca meses antes de seu retorno à Terra, havia um depósito de carne humana de alguns poucos irmãos que resistiram. O busquei na esperança de encontrar algo para me alimentar. Não achei nada, mas percebi que a bela e grande Kashimire não estava mais atracada, e no lugar dela, havia a sua nave... esta nave!
- A Orion Hawk 7... estamos a bordo dela?!
- Sim... e nos bancos de dados dela, vi todos os registros sobre este planeta. Pensei que seria uma questão de tempo até que você ou algum humano que tivesse escapado viessem para cá, então decidi viajar até aqui. E esperei, preparando o ardil no qual você caiu.
- Ardil? Você fala do casebre...
- Sim... mas falo principalmente daquele velho controle remoto. Eu sabia que a curiosidade do ser humano levaria alguem até o casebre, mas apenas a estupidez poderia fazê-lo cair em minha emboscada. O que melhor para despertar a estupidez humana do que um botão grande e vermelho, Dr. Lazarus? Um botão que praticamente pede para ser apertado!
- ...
- Veja, estou enfraquecido demais para conseguir lutar contra um humano e pegá-lo com minhas próprias mãos, como fazia tão facilmente no passado. Tive que recorrer a este estratagema. E eu fico muito, mas muito feliz mesmo que ele tenha funcionado!

- A criatura urrou de maneira grave e bestial, abrindo sua boca pútrida e deixando escorrer dela uma saliva grossa e esbranquiçada como leite estragado. Avançou em direção a Quaid, que tentava se soltar desesperadamente sem nenhuma eficiência. Percebia agora que aquele monstro de fato havia recebido treinamento militar, porque quanto mais ele tentava se soltar, mais apertado o nó em volta de seus pulsos ficava.

Foi então que ele soltou um grito horrível devido à mais intensa dor que já sentira em toda sua vida. A criatura cravou seus dentes, afiados como farpas de aço, em sua coxa esquerda. A criatura havia arrancado um pedaço considerável de carne, e o sangue brotava fartamente da ferida exposta.

A criatura fechou os olhos deliciando-se doentiamente com o sabor da carne de Quaid, gemendo de prazer ao mesmo tempo em que derramava algumas poucas lágrimas dos olhos. O sangue escorria de sua boca e caia sob seu peito e sua barriga enrrugadas, que tinham a pele repuxada, grossa e ressecada. Quando se precipitou contra Quaid uma vez mais, a criatura lhe arrancou um pedaço ainda maior da mesma coxa. A dor fez com que Quaid perdesse os sentidos uma vez mais, e ele se viu cercado pela escuridão. Pode ouvir o som da criatura mastigando sua carne, mas este foi ficando cada vez mais baixo, até desaparecer.

Quando despertou, Quaid ficou espantado por ainda estar vivo. Estava deitado, atado a uma mesa cirúrgica de metal, e sentia uma dor lascinante na coxa devorada. Viu com dificuldade que havia uma sonda venosa atada a seu braço, e pensou que um milagre havia ocorrido. Quem sabe, alguém tivesse aparecido e lhe salvado no último instante...

Ele então ouviu a porta daquele local se abrir e alguem entrar. Quaid gritou de pânico novamente e chorou de desespero e agonia ao ver que era a mesma criatura, com o rosto ainda todo sujo com seu sangue. Ela ria e parecia mais vivida do que antes. Sua pele estava melhor, assim como sua saliva estava mais transparente. Suas pupilas não estavam mais dilatadas, e ele parecia ter experimentado uma melhora significativa de sua saúde.

Quaid conseguiu olhar para sua perna e, horripilado, viu que a criatura havia devorado quase que toda a carne da coxa para baixo. Mas percebia que, de alguma forma, a carne estava se regenerando, e rapidamente. Olhou então para a criatura, que lhe disse:

- Não pense que será tão fácil assim, Dr. Lazarus. Enquanto sentia fome na viagem até aqui, tive muito tempo para pensar sobre tudo isso. Você provavelmente é o último ser humano vivo, e se eu te comer de uma vez, te matando no processo, vou ficar sem alimento.
- ... o que você está fazendo!!! - disse Quaid com os dentes cerrados, devido à dor da regeneração e ao pânico diante de sua situação.
- Estou te alimentando com a comida que não posso comer por meio desta sonda venosa, que me manteve vivo até aqui ao me proporcionando uma quantidade mínima de nutrientes para sobreviver... mas ela vai lhe nutrir muito melhor do que a mim, posso lhe garantir isso. Também estou regenerando sua carne, tendão e nervos com uma droga bastante complexa que encontrei em minhas andanças pelo planeta Terra. Este catalizador metabólico é uma tecnologia médica de reconstituição de tecido que estava guardada a 7 chaves nos laboratórios de uma grande indústria farmacêutica a pelo menos 150 anos. Como pode ver, era boa demais para ser posta no mercado, mas eu quero te dar o melhor! Você estará novo em folha em menos de 5 horas, quando então poderei te comer mais um pouco!
- Não não não não não não... - dizia Quaid, já perdendo sua sanidade.
- E depois de comê-lo de novo, vou te alimentar e curar novamente, para comê-lo de novo, e de novo, e de novo... até aonde eu precisar ou você aguentar. E acredite: vou dar o meu melhor para que você aguente por muito tempo...

Quaid havia entrado em choque uma vez mais. A criatura não se importava, desde que ele continuasse vivo. Lazarus Quaid nem mesmo gritou de dor quando a criatura, ainda faminta, não conteve sua fome furiosa, e visivelmente descontrolada, começou a devora sua outra coxa, que se regenerava a cada mordida dada. Seu corpo permanecia vivo, ao menos por enquanto. Mas sua mente, cuja imagem daquele maldito controle remoto foi a última coisa que processou, morrera bem ali, na enfermaria da Orion Hawk 7.

Originalmente escrito em 16/02/2008

24 de setembro de 2009

LETARGIA

Letargia angustiante é esta que sufoca meus pensamentos, que drena minha emoção ao ponto de me deixar completamente nu entre centelhas de ódio e dor infinitas. O trauma é tanto que tenho medo agora de deixar o pequeno casulo que é minha vida para adentrar no espaço aberto que existe fora dela, um mundo de agonias púrpuras em que a desordem governa com mão de ferro, onde tudo é confuso como as palavras que lhe declamo agora.

Não, lágrimas não são bem vindas. Nem tanto desespero cético em relação aos outros penitenciados neste mundo grosso e escasso de palmas para coisas tão grandiosas, como o simples fato de viver e ser.

Trucidado por idéias que não posso explicar ao certo, tento desabafar em prosa toda a minha fúria em relação a todos os que em mim botaram fé. Minha mente, embriagada pelas mãos ágeis da sabedoria, me nega fogo quando mais necessito dela, agora, em que quero entender ao certo o que estou falando.

Não tenho idéia de como ou por que estou falando tanto, mas compreendo minha dor contida em um único corpo humano, o meu, que é pequeno para tantas confusões e erros seguidos. Jamais, jamais será como era antes minha vida incerta em ser eu mesmo. Nunca mais serei como em minha antiga infância onde eu podia sair de meu corpo para brincar, e só por isso já ser eu mesmo, só que ao mesmo tempo outro eu.

Sim. Aos poucos vai ficando claro. Uma alma esperta me deu o dom de descrever tal conflito interior, que se passa dentro de cada um de nós. Uma luta titânica entre monstros seculares que antes eram escravos, e agora são mestres. Sim, sentado ao pé de uma cerejeira eu posso vislumbrar uma folha, fina e delicada, que caí aos poucos, para enfim tocar o chão e apodrecer até nada mais restar.

Somos todos folhas mortas no chão. Somos frutos invioláveis, produtos de um poderio incompreensível de frases aleatórias que nos criaram. Carro, árvore, bola, jamanta...
Nada faz sentido, sendo que nós mesmos somos o sentido de tudo. Não somos o que deveríamos ser. Somos apenas projetos inacabados de pessoas sérias que podiam, um dia, voltar a ser nós mesmos. Mas talvez elas já tenham voltado a ser nós mesmos e nós não temos como saber, por que elas, na verdade, somos nós, mas não somos nós realmente.

Nós somos apenas o que somos e pronto. Nada mais, nada menos. Só isso. Somos almas feridas em busca de algo que ainda não sabemos ao certo. Somos escravos de nossas almas, somos escravos de nós mesmos. Escravos, por que estamos todos presos dentro de nós mesmos, dentro de nossos egos inflados pela sociedade, a mesma sociedade que deturpou nosso direito de sermos nós mesmos.

É, é isso. Somos o fino fio condutor de nossas próprias fraquezas. Somos o vazio e eterno Universo em expansão e morte simultâneas. Não somos nada além da nossa imaginação. Somos um jovem e belo cadáver que não faz outra coisa desde que nasceu além de morrer, pouco a pouco, dia-a-dia. Confusos dentro de nossas próprias idéias metafóricas de vida e morte, dentro de um limitado ponto de vista totalitário, gabando-nos de sermos o que somos. Assassinos. Matamos todos os dias, e a todas as horas. Matamos o que há de mais precioso em uma pessoa, suas idéias, suas fantasias.

Matamos a nós mesmos quando nos privamos de pensar em nossos próprios sonhos, assim como a pessoa que sonha estar sonhando. Somos todos estes vulcões em erupção visível que queima a tudo o que esta por perto. Somos todos insanos em nossos pensamentos mais secretos e íntimos. Não passamos de criaturas desajeitadas envolvidas em uma grande besteira que julgamos ser a mais importante das missões.

Chore. Chore. Chore por que enfim você compreendeu que no fundo não passa de uma pessoa. Que você pode fazer coisas, que tudo pelo que lutar vale a pena. Crie asas, e voe para longe, terna criatura terrestre que chamamos de ser humano. Vá embora para longe e crie sua vida de acordo com as tabulas sagradas que você adotou como leis.

E de noite, sonhe mais uma vez com a loucura imersa que se esconde em sua mente, mas que ora ou outra vai se libertar e lhe fazer ser aquilo que você nunca deixou de ser.


escrito originalmente em 1997

DEPREMONIÇÃO

Estranho momento de agonia, dor e pranto
Sofrida sina de viver sem nenhum acalanto
Sua causa me intriga, não és presença
Tua origem me fascina, és ausência


Não és nem boa, nem ruim
És um nada completo, duro como marfim
Tu és todo espaço, não ocupação
Tu és a distrofia do meu coração


Da luz você me oculta, da morte me aproxima
À loucura tu me levas, ao suplício me encaminha
Soluços mudos de uma dor sem explicação
Lágrimas nulas de um culpado sem perdão


Havia aqui outrora uma vontade de viver
Não importava a hora, bastava crer
Agora a morte pousa em mim a sua mão
E com ela à vida me diz não

21 de setembro de 2009

MAIS BULLYING

No site da BBC foi vinculada a seguinte notícia: Jovem se suicida na Inglaterra após abusos no Facebook.

Este é mais um caso envolvendo bullying. Se você ler a matéria, verá que a menina chegou a mudar de escola para que parassem de perturbá-la, mas os malditos que estavam lhe importunando entraram em contato com pessoas da nova escola dela para que a mesma continuasse a ser perturbada. Tudo porque era uma menina simpática e popular. Ou seja: a causa foi a inveja.

O resultado neste caso foi a menina se jogar de cima de uma ponte, rumo à morte. Aqueles que cometeram bullying são, portanto, seus assassinos.

No meu caso me tornei recluso, reservado e com medo de me relacionar com outras pessoas (o que faz com que a maioria das pessoas me ignore por me acharem desinteressado), e faço terapia atualmente. Aqueles que cometeram bullying contra mim são portanto responsáveis por boa parte de meu comportamento atual.

No caso da escola em Columbine, comprar uma arma e matar vários “coleguinhas” foi a solução, assim como tantos outros casos de atiradores em colégios e universidades. Neste caso aqueles que praticaram bullying são assassinos e ao mesmo tempo vítimas de suas próprias ações, pois aparentemente muitos que praticam bullying foram mortos em ocasiões como esta (mas muitos inocentes também pagaram com suas vida).

Fico pensando se Hitler não sofreu bullying quando criança (tenho quase certeza que sim, pelo menos foi maltratado quando tentou começar sua carreira na arte), e por isso se tornou o monstro que era. Penso o mesmo de muitos dos psicopatas existentes no mundo hoje. Alguns monstros nascem monstros, isso é fato. Mas também é fato que a maioria é transformada em monstros. Não fossem eventos ruins como estes em suas vidas, poderiam ser pais e mães de família, trabalhadores, pessoas honestas e úteis ao invés de estupradores, assassinos e pedófilos.

Muitas vidas são estragadas por causa desta situação. Muitas perturbações e dores nascem nesta fase da vida por este motivo tão estúpido e sem sentido. Não consigo entender como a mente de uma pessoa (criança, pré-adolescente, adolescente, jovem, adulto) pode achar legal fazer uma coisa tão idiota e detestável quanto essa. Isso é reflexo de uma total falta de compaixão e de uma incapacidade enorme de se colocar no lugar de outras pessoas. É falta de humanidade.

O bullying deve ser especificado como crime, passível de punição adequada. Não há cabimento para uma barbárie destas, independente da idade. Os valentões e valentonas deviam ser reeducados em instituições específicas para isso, porque na minha opinião quem tem aptidão para praticar esse tipo de comportamento já tem uma pré-disposição enorme para a criminalidade e para a maldade, independente de ser mera índole ou se é fruto de uma educação incorreta em casa (aonde boa parte dos problemas nascem também). Nenhum pai deveria permitir que seu filho pratique algo parecido. Deixar seus filhos praticarem isso sob justificativas idiotas como "ele tem que mostrar quem é que manda" ou "todo grupo tem que ter um líder" são aplicáveis a animais, não a pessoas. Ao mesmo tempo tapar o sol com a peneira e dizer que isso é meramente coisa de criança é mais ofensivo do que simplesmente admitir que é um pai negligente.

Mas sabe o que é mais interessante? Conforme “avançou”, nossa sociedade se distanciou demais de Deus e de Jesus Cristo. Os pais não ensinam aos filhos a palavra de Deus, tão pouco se preocupam se eles a seguem. Querem que eles tenham sucesso na sociedade, querem que eles demonstrem força diante das pessoas, e não diante de Deus.

Quanto mais distantes de Deus ficamos, mais parecidos com animais ficamos. O mundo está sendo dominado pela bestialidade, e o bullying é em muitos casos o início desta condição tão desgraçada e terrível que a humanidade vem experimentando. "É de pequeno que se torçe o pepino".

FAZ O QUE QUER, LEVA TIRO QUE NÃO QUER.

Leia esta notícia: Homem é morto após discussão por som alto no interior de SP

Eu sei que é pecado, sério mesmo! Mas meu... como eu queria ser como estes caras algumas vezes!!! Só quem sofre na mão de pessoas sem noção que gostam de “compartilhar um som” com o bairro todo é que sabem no quanto dá vontade de ir até a casa do jumento e, no mínimo, sentar a mão na cara dele! É pecado, mas que dá vontade, dá.

No meu prédio tem um idiota, um energúmeno, uma besta mentecapta que gosta de ouvir som alto. Bem alto! Não importa que esteja descrito nas regras do condomínio que não se pode produzir som alto o bastante para ser ouvido em outras unidades. O imbecil ouve e não quer nem saber se está incomodando os outros ou não. Tudo no que ele é capaz de pensar é nele mesmo, e pronto.

Para piorar as coisas, o animal é são-paulino, e em dia de jogo ele põe a tv no talo e fica gritando palavrões quando o time erra, gritando quando o time está indo para o gol, gritando, gritando, gritando...!!! Já não vou com a cara de são-paulinos, e este ser só piora seu conceito.

Eu não sei como falar com ele, mas com certeza não vou conseguir ser nada educado, e por isso não fui falar até hoje, porque minha vontade não é a de conversar mas sim a de esmurrar. Como crente então, eu evito me aproximar para evitar problemas. Mas não ando agüentando mais, e vou ter que ir até lá ter uma conversa muito séria com o elemento.

Um monte de gente no prédio já reclamou dele. Está mais do que na hora de alguém explicar pra ele que ele não está mais morando na roça, no meio do nada, e que a atitude dele incomoda muita gente.

Pior: como ele, há muitas pessoas por ai. Gente que não tem a mínima consideração pelos outros, gente que acha que só ele existe no mundo e que nem se lembra que tem vizinhos, e quando lembra, quer mais é que eles se danem.

Depois, quando leva uns tirinhos no meio da cara ainda vão reclamar. O cara te atormenta todo dia, você tenta falar com o cara e o cara te ignora, praticamente dizendo com isso que você é um babaca. Você vai se mudar dali? Com que dinheiro?

Os incomodados que se mudem o escambau! Não defendo que o cara saia dando tiros nos que nos incomodam, mas que eu entendo as motivações dele, entendo. E acho que está mais do que na hora das pessoas pararem para pensar em seus atos... e então deixar de praticá-los ou se disporem a sofrerem as conseqüências.

O mundo está muito maluco. Tudo porque os homens se distanciaram de Deus, deixaram de ouvir, conhecer e viver Cristo. Não sabem se comprotar como seres humanos. São meros animais vestidos. Não sabem amar, não sabem pensar, não sabem viver.

19 de setembro de 2009

HOLOGRAMAS TÁCTEIS

Cara, como isso me faz lembrar do Doutor de "Star Trek - Voyager" e até mesmo dos Holodeks de "Star Trek - A Nova Geração". Será que estamos criando os primórdios daquilo que vemos na ficção científica? Se você estudar um pouco a história das tecnologias vai perceber que a maioria absoluta delas foi descrita e imaginada por escritores de ficção científica muitos e muitos anos antes de que elas surgissem de verdade. E este parece ser mais um caso. Leia a matéria.




Cientistas criam imagens em 3D que podem ser 'tocadas'

fonte: TERRA/REUTERS

Por meio de ondas ultra-sônicas, cientistas da Universidade de Tóquio desenvolveram um sistema que ajuda a criar sensação de toque quando o usuário aproxima a pele de um holograma projetado.
Por meio de ondas ultra-sônicas, cientistas da Universidade de Tóquio
desenvolveram um sistema que ajuda a criar sensação de toque quando
o usuário aproxima a pele de um holograma projetado.


Imagine um interruptor de luz ou um livro que aparece somente quando você precisa dele. Cientistas japoneses estão um passo mais próximo de tornar a ficção realidade depois de desenvolverem um holograma que transmite sensação de toque.

"Até agora, a holografia era apenas para os olhos e se você tentasse tocar, sua mão passaria através da imagem direto", disse à Reuters Hiroyuki Shinoda, professor da Universidade de Tóquio e um dos criadores da tecnologia. "Mas agora temos uma tecnologia que também transmite a sensação de toque aos hologramas".

Hologramas, imagens em três dimensões, são comumente encontrados em cartões de crédito, DVDs e CDs como forma de coibir pirataria. Hologramas de grande formato também têm sido usados em entretenimento.

Por meio de ondas ultra-sônicas, os cientistas desenvolveram um sistema que ajuda a criar pressão quando a mão do usuário "toca" um holograma projetado.

Para acompanhar a mão do usuário, os pesquisadores usaram alavancas de controle derivadas dos joysticks do console de videogame Wii, da Nintendo.

A tecnologia até agora foi testada em objetos relativamente simples, mas os cientistas têm planos mais práticos, incluindo botões virtuais em hospitais, por exemplo, e em outros lugares onde a contaminação por toque é um problema.

Shinoda também afirmou que a tecnologia pode ser usada para substituir outros objetos físicos, o que a torna econômica e ambientalmente amigável.

15 de setembro de 2009

SÍNDROME DE BURNOUT

Por Isabelle Lindote
Fonte: Revista Uma/ Edição 104
Fonte:UOL


Lidar com as pressões cotidianas, em qualquer que seja a profissão, muitas vezes pode nos levar ao limite do nosso desgaste. Quando o estresse se reflete em cansaço no fim do dia, mas uma boa noite de sono se encarrega de renovar as energias, é sinal de que você pode precisar de férias, algo completamente normal em determinadas fases do trabalho. O problema é quando a situação de desgaste é tanta, que afeta a memória, a disposição física e impede o indivíduo de seguir com o resto de suas atividades.

Um alerta importante para todos que trabalham demais ou acham que podem administrar várias coisas ao mesmo tempo: Cuidado! Ou você para, ou seu corpo para por você!

A estafa ou o esgotamento profissional é resultado de um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho. De acordo com uma estimativa divulgada em 2008 pelo Isma Brasil, que desenvolve trabalhos para controlar o estresse, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros são afetados pelo mal.

“A Síndrome da Estafa Profissional, ou Síndrome de Burnout, descrita em 1974, é uma doença psicológica caracterizada por um sentimento de fracasso, exaustão emocional, redução da realização pessoal e insensibilidade do indivíduo em relação ao seu trabalho e todos aqueles envolvidos no exercício de sua profissão”, explica a psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Alexandrina Meleiro.

Sabe a máxima que diz que quando não ouvimos nosso corpo, ele para por nós? É exatamente por aí. “A Síndrome da Estafa Crônica pode ser identificada quando os sintomas não desaparecem mesmo após um período de descanso ou afastamento”, afirma a especialista.

Dor de cabeça, insônia e problemas gastrointestinais são alguns dos sintomas físicos que podem aparecer em conjunto com o cansaço excessivo e aparentemente não justificado.



Parando para não parar

Conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout é resultado de um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho.

De acordo com a psicóloga Malu Rossi, do Centro Psicológico de Controle do Estresse, a doença afeta especialmente os profissionais obrigados a manter contato próximo com outras pessoas, como médicos, enfermeiros, bombeiros, policiais, professores e psicólogos.

“Os funcionários de companhias aéreas, devido aos acidentes e transtornos que têm atingido atualmente a Aviação Brasileira, também estão no grupo de alto risco para desenvolver a síndrome”, informa a psicóloga.

Segundo o livro "Burnout: Quando o Trabalho Ameaça o Bem-Estar do Trabalhador", da psicóloga Ana Maria Benevides Pereira, publicado em 2002, boa parte dos sintomas também é comum em casos de estresse convencional.



A necessidade do acompanhamento médico

A diferença é que o profissional com estafa crônica passa a tratar mal os colegas de trabalho, amigos, familiares e até mesmo as pessoas de quem deveria cuidar. Uma das principais causas da síndrome é a baixa realização profissional, com longas jornadas de trabalho, sobrecarga de tarefas e salário abaixo do esperado ou merecido.

O termo Síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), ou seja, quando a pessoa está física e emocionalmente abalada, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.

Como o tratamento da síndrome é feito por meio de acompanhamento psiquiátrico e psicoterápico, muitas vezes é necessário o uso de medicamentos, como analgésicos, ansiolíticos ou antidepressivos, por isso é essencial procurar perceber os sintomas e buscar ajuda antes que seja necessário gastar tempo e dinheiro cuidando do problema.

A principal diferença da estafa para a depressão é que na primeira a irritabilidade é muito maior do que a tristeza, que caracteriza o quadro depressivo. Logo, se você está sentindo seus nervos à flor da pele sem nenhuma chance de controle ou melhora a curto prazo, vale a pena rever seus conceitos: será que não há como mudar sua realidade profissional? Ou ao menos buscar formas de tornar sua vida fora do trabalho mais saudável e divertida?

“As vítimas da síndrome podem desenvolver dores musculares, enxaqueca, gastrite, síndrome do intestino irritável, insônia e, até mesmo, doenças graves, como hipertensão, diabetes, alcoolismo, dependências de outras drogas e depressão. Muitos acabam precisando se afastar do emprego. Desses, apenas um terço consegue retornar”, alerta a psiquiatra Alexandrina Meleiro, da USP.

Então, antes que seu corpo trave e seja preciso tomar uma atitude mais drástica, procure desde já colocar mais positividade em seu dia a dia.

Praticar exercícios, ter horários regulares de sono (mesmo que você trabalhe à noite e seja preciso dormir de dia) e buscar mais qualidade de vida, mesmo que isso signifique uma queda nos ganhos mensais, sua saúde agradecerá. Sim, é isso mesmo: o ideal é mudar de vida, senão as consequências podem ser muito mais graves.

Primeiro, é necessário identificar as causas do estresse para aprender as melhores formas de se adaptar. Para tanto, a psicoterapia é um dos métodos mais eficientes.

“Desenvolver uma atividade social ou voluntária, por exemplo, também ajuda o paciente a dar uma nova dimensão para sua vida. Recomenda-se ainda adotar uma alimentação saudável, evitar o cigarro e as bebidas alcoolicas, dormir bem e praticar uma atividade física prazerosa”, afirma Alexandrina.

A doença pode afetar de executivos a donas de casa. Em comum, pessoas propensas à síndrome costumam ser críticas, muito exigentes consigo mesmas e com os demais, e possuem maior dificuldade em lidar com situações. “A pessoa é carreirista, ambiciosa e se excede nas horas de trabalho, imaginando-se insubstituível”, explica a psicóloga.

Só que os hospitais e consultórios médicos estão cheios de pessoas insubstituíveis que são forçadas a parar de trabalhar pelas mais diversas doenças.




As 5 fases da síndrome

1- IDEALIZAÇÃO: acredita que vai mudar tudo, que fará um trabalho impecável. É a fase inicial na qual o indivíduo demonstra enorme empenho.

2- FRUSTRAÇÃO: depara-se com as restrições de pessoas e do local de trabalho, em face das mudanças que imaginava promover.

3- INDIFERENÇA: passa a executar as tarefas mecanicamente e torna-se gradualmente frio e muito crítico, falando mal da empresa e dos colegas.

4- ADOECIMENTO: aparecem sintomas psicossomáticos (ansiedade, depressão) e distúrbios físicos, determinando muitas vezes o afastamento.

5- RESSURGIMENTO: os estudos mostram que 30% dos pacientes conseguem transformar o próprio trabalho, outros 30% adoecem e são afastados definitivamente, enquanto os demais mudam de ramo.




Causas, sintomas e tratamentos

CAUSAS:

* Tempo insuficiente de descanso e de férias
* Envolvimento excessivo com o trabalho
* Sensação de incapacidade e incompetência
* Alta expectativa com relação ao trabalho e consigo mesmo
* Frustração ao se deparar com a realidade
* Raiva
* Inadequação pessoal
* Problemas financeiros
* Falta de estrutura emocional para lidar adequadamente com perdas e frustrações




SINTOMAS GERAIS:

* Irritabilidade
* Pessimismo
* Baixa autoestima
* Frustração
* Falta de energia
*Despersonalização: vítima passa a tratar os outros de forma fria, como se fossem objetos
* Distanciamento emocional e social
* Desmotivação
* Afastamento dos familiares e dos amigos




SINTOMAS FÍSICOS:

* Alcoolismo
* Compulsão por comida
* Depressão
* Dor de cabeça
* Dores musculares
* Dor na coluna
* Gastrite
* Hipertensão arterial
* Insônia




TRATAMENTOS:

* Psicoterapia
* Afastamento do trabalho
* Realização de atividades físicas com regularidade
* Envolvimento com trabalhos voluntários ou sociais
* Bom sono
* Cultivar e manter interesses diversos fora da área profissional
* Manter equilíbrio entre a vida profissional e a familiar
* Fazer relaxamento ou meditação
* Alimentação balanceada e em horários regrados

14 de setembro de 2009

DESCOBERTA SINAGOGA DOS TEMPOS DE JESUS





Arqueólogos encontram em Israel sinagoga da época de Jesus Cristo
fonte: UOL/BBC BRASIL

Arqueólogos israelenses descobriram no domingo as ruínas do que eles acreditam ser uma das mais antigas sinagogas do mundo.

Segundo a arqueóloga Dina Avshalom-Gorni, as ruínas descobertas no norte de Israel são da época do Segundo Grande Templo de Jerusalém, entre os anos 50 antes de Cristo e 100 depois de Cristo.

O local das escavações, a praia de Migdal, na costa do Mar da Galileia, é citado tanto em escrituras judaicas quanto cristãs.


Menorá

Durante os trabalhos, os arqueólogos encontraram uma pedra gravada com uma imagem de uma menorá, o candelabro de sete velas utilizado em cerimônias religiosas judaicas.

A menorá é um símbolo do judaísmo de mais de 3 mil anos e também o emblema nacional de Israel. A imagem gravada na pedra encontrada nas escavações aparece em cima de um pedestal e ladeada por ânforas.

Segundo os arqueólogos, esta é a primeira vez que uma imagem de uma menorá é encontrada em uma escavação fora de Jerusalém.


Maria Madalena
A cidade de Migdal, sob o nome aramaico de Magdala, é citada nas escrituras cristãs como o local de nascimento de Maria Madalena, uma das mulheres que acompanharam Jesus Cristo e que depois foi tornada santa.

Segundo Avshalom-Gorni , é possível supor que a comunidade que seguiu Jesus na Galileia frequentava a sinagoga descoberta.

PREDOMINÂNCIA ISLÃMICA



Disclose.tv Muslim Demographics Must see ! Video


Eu já sabia a respeito deste crescimento. Ele é real. Obviamente a revolução pacífica é melhor do que a revolução armada, mas é fato de que precisamos nos preocupar com nossa cultura, e principalmente, com nossa fé. Creio que tempos muito difíceis virão para os cristãos do mundo em pouco tempo e para a civilização ocidental.

Não vejo problemas das pessoas serem muçulmanas, mesmo porque o verdadeiro Islã prega a paz, a sabedoria, o respeito e a aceitação de opiniões e crenças diferentes. Mas sabe-se que muitas correntes desta religião são radicais e intolerantes. Muitos países são mergulhados na ignorância de líderes radicais, como foi o caso do Talibã no Afeganistão. Da mesma forma com que o cristianismo pode criar aberrações como o ex-presidente Bush.

Imaginem os EUA, cuja fundação foi baseada nos 10 mandamentos, se tornando um país muçulmano. Imagine o Brasil, a maior nação católica do mundo, sendo convertida em uma nação islâmica. Imagine a igreja de Aparecida e os maiores templos evangélicos sendo demolidos para a construção de mesquitas.

Não entra da minha parte nenhuma questão xenofóbica ou de intolerância. Da mesma forma que eles querem que sua religião cresça (por acreditarem nela) nós cristãos desejamos o mesmo para o cristianismo. Alá é Deus. Adoramos ao mesmo Deus, mas sob óticas, valores e conceitos diferentes. Seriam eles antagônicos? Não sei. Mas temo por esta mudança, porque as coisas mudarão muito, e toda mudança causa desconforto.

Como crente em Jesus, não posso ver esta mudança como algo benéfico. Da mesma forma que um muçulmano não veria com bons olhos sua nação antes islâmica se tornar majoritariamente cristã. O conjunto de valores da sociedade muda. Os valores que tenho por meu relacionamento com Jesus e pela leitura da Bíblia seriam diferentes daqueles defendidos pelos leitores do Corão e adoradores de Alá.

Me pergunto no que acontece conosco, povo de Deus, que parece apático, frio, cansado, envergonhado, distante de Cristo. Aonde está a diferença que devíamos fazer? Aonde está o ardor de nossa salvação? Aonde está a divulgação do evangelho, o retorno de nosso redentor, o final dos tempos? Seria este em 2012?

Por muito tempo venho me culpando pelo ostracismo que apresento em minha capacidade e desempenho espiritual. Mas olho para minha direita e vejo irmãos da mesma forma. Olho para a esquerda e vejo mais iguais a mim. Eu os tornei assim ou eles me tornaram desta forma? Não sei. Mas sei que precisamos mudar. Termos orgulho do que somos, não nos envergonhar de Cristo, porque Ele sim tinha todo o direito de se envergonhar de nós, mas não se envergonha, pelo contrário, nutre por nós um amor imenso e humanamente indescritível.

Ore pela revitalização dos verdadeiros crentes em Jesus, não importa se é católico, protestante ou evangélico.

As vezes as dificuldades surgem para que passemos a dar mais valor ao que realmente importa, e para despertar de sonos profundos os gigantes adormecidos.

4 de setembro de 2009

SONHO SIMBÓLICO

Esta noite tive um sonho que imagino ser bastante simbólico.


Estava em uma cidade muito, muito grande. Não parecia, mas sabia que era São Paulo. Eu estava fazendo alguma coisa lá que não me lembro bem o que era. Sabia que tinha que retornar para Campinas, mas resolvi ir para a rodoviária a pé.


Comecei a andar por lugares estranhos e com prédios muito altos, e eu não conseguia nem ver a luz do sol direito por causa disso. Me perdi. Caminhei por pontes e andei no meio do trânsito até anoitecer. Marginais e moradores de rua tentavam me fazer mal, me roubar e me matar. Eu corria a noite toda fugindo deles.


Em certo momento passei a aceitar o fato de que eu nunca mais ia conseguir voltar para casa. Passei a ser um marginal e a cometer crimes dos quais não me lembro bem. Virei o líder daqueles que antes me perseguiam.


Em um dado momento eu estava incomodando algumas mulheres em um local perto de uma pequena árvore quando peguei um vidro de álcool e joguei na árvore, incendiando-a. Sai correndo e joguei o pote de álcool nas labaredas. O pote explodiu e vôo na minha cara. Me queimei e fiquei com enormes e horríveis cicatrizes de queimado.


Neste momento o Xaveco começou a latir para os trovões da forte chuva que estava caindo de madrugada e eu acordei assustado. Voltei a dormir quase imediatamente, e tive meu segundo sonho: sonhei que minha esposa estava tomando banho com uma criança no banheiro de casa, quase um bebê. Lembro de ver a bunda do bebê e achar engraçado e bonito, e nada mais. Será que foi uma premonição do futuro? Será que vi meu filho/filha?


Quanto ao primeiro sonho tive algumas impressões quando acordei hoje de manhã. A cidade em que eu estava perdido era minha própria mente ou a minha própria vida. Estar perdido dentro ela pode ser uma simbologia para este sentimento que tenho de estar sem rumo ou estar tentando deixar de ser quem eu era, vagando por um universo todo novo e por isso assustador para mim. Vagar pela cidade significaria vagar por diversas possibilidades e caminhos que posso seguir sem saber para onde ir ou sem conseguir me decidir por qual tomar.


Ser perseguido por pessoas é meu complexo neurótico de achar que todos estão me observando e avaliando o tempo todo. Me tornar o líder dessas pessoas eu já não sei o que significaria. Será que significa que eu não preciso mais me preocupar com a observação das outras pessoas, com estas avaliações? Ou significa a possibilidade de me tornar como as pessoas pelas quais me sinto observado e julgado?


Se for isso, o fato de eu me ferir e ficar com cicatrizes de queimado significaria que este caminho não é bem o certo para mim, e que eu posso me arrepender de segui-lo, me ferindo e carregando marcas disso pelo esto da vida, ficando deformado.


Da mesma forma continuar a a vagar perdido pela cidade, fugindo, era cansativo demais, e não me levava a lugar algum. O melhor seria voltar para Campinas. Mas o que voltar para Campinas significaria? Seria voltar para um lugar que conheço, um lugar que por pior que seja eu sei como funciona. Significa, portanto, segurança do que é conhecido.


Não tenho dúvidas: isso está acontecendo por causa da minha terapia.

2 de setembro de 2009

DEPRESSÃO A CAMINHO DO TOPO

Depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, diz OMS

Segundo OMS, pobres sofrem mais com problema que ricos
fonte: BBC Brasil

Dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.

Segundo a OMS, a depressão será também a doença que mais gerará custos econômicos e sociais para os governos, devido aos gastos com tratamento para a população e às perdas de produção.

De acordo com o órgão, os países pobres são os que mais devem sofrer com o problema, já que são registrados mais casos de depressão nestes lugares do que em países desenvolvidos.

Atualmente, mais de 450 milhões de pessoas são afetadas diretamente por transtornos mentais, a maioria delas nos países em desenvolvimento, segundo a OMS. As informações foram divulgadas durante a primeira Cúpula Global de Saúde Mental, realizada em Atenas, na Grécia.

"Os números da OMS mostram claramente que o peso da depressão (em termos de perdas para as pessoas afetadas) vai provavelmente aumentar, de modo que, em 2030, ela será sozinha a maior causa de perdas (para a população) entre todos os problemas de saúde", afirmou à BBC o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS.

Ainda segundo Saxena, a depressão é mais comum do que outras doenças que são mais temidas pela população, como a Aids ou o câncer.

"Nós poderíamos chamar isso de uma epidemia silenciosa, porque a depressão está sendo cada vez mais diagnosticada, está em toda parte e deve aumentar em termos de proporção, enquanto a (ocorrência) de outras doenças está diminuindo."

Pobres

Segundo o médico, os custos da depressão serão sentidos de maneira mais aguda nos países em desenvolvimento, já que eles registram mais casos da doença e têm menos recursos para tratar de transtornos mentais.

"Nós temos dados que apontam que os países mais pobres têm (mais casos de) depressão do que os países ricos. Além disso, até mesmo as pessoas pobres que vivem em países ricos têm maior incidência de depressão do que as pessoas ricas destes mesmos países", afirma Saxena.

"A depressão tem diversas causas, algumas delas biológicas, mas parte dessas causas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais estresse em seu dia-a-dia do que as pessoas ricas, e não é surpreendente que elas tenham mais depressão."

Segundo o médico, o aumento nos casos de depressão e os custos econômicos e sociais da doença tornam mais urgentes uma mudança de atitude em relação ao problema.

"A depressão é uma doença como qualquer outra doença física, e as pessoas têm o direito de ser aconselhadas e receber o mesmo cuidado médico que é dado no caso de qualquer outra doença."




Isso me preocupa, pois tenho depressão e sei como é difícil lidar com ela. É difícil tratar, e quando descobre-se o melhor meio disso, descobre-se que o remédio é caro, tem efeitos colaterais e que a psicanálise não é coberta pelo plano de saúde.

A melhor maneira de combater a depressão é não tê-la. Mas como a própria OMS declara, é difícil evitá-la se ela surge em decorrência principalmente do modo de vida estressante com que a humanidade tem vivido. O estresse só tende a ficar mais acentuado conforme o mundo "avança". O que haverá então no futuro?

Só posso imaginar um bando de gente pobre como eu, que antes só dependia de seu trabalho para sobreviver e que agora nem isso vai conseguir fazer porque vai estar deprimido demais para agir, não vai ter como trabalhar e vai acabar morrendo de inanição, ou cometendo suicídio.

Será que é assim que os Iluminatti planejam exterminar boa parte da população no mundo? os pobres? por meio da depressão?