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15 de dezembro de 2023

ABANDONANDO OS PRAZÓIS PARTE 2

 



Em 2014 fiz uma postagem de uma tentativa que fiz de parar de usar pantoprazol que acabou dando muito errado. Desde aquela época foram ai quase 10 anos tomando "prazois" ininterruptamente.

Bem, passou-se o tempo, passou-se a pandemia, e alguns incidentes isolados de dores abdominais me acometiam 2x ou 3x ao ano (gases). Resolvi procurar então um novo gastroenterologista para fazer exames de rotina nestes casos (endoscopia), que me atendeu sem muita curiosidade e simplesmente acabou me receitando um prazól diferente depois de fazer alguns exames mais minuciosos que descartaram intolerância a lactose e outras coisas mais graves.

Passou-se mais um ano e agora em 2023, após as ocasiões de dores abdominais voltarem, fui em um novo gastroenterologista que se interessou um pouco mais pelo meu caso e após alguns exames, me deu um tratamento com uma medicação diferente associada a um novo prazól. Essa nova medicação (Peridal) não visava diminuir a acidez estomacal, mas sim aumentar a motilidade da comida em meu trato intestinal, o que em teoria deveria acelerar o esvaziamento do meu estômago e com isso evitar azia e principalmente o refluxo do qual também sofro bastante.

Eu já tinha conseguido convencer outros médicos em que vou a pedirem um exame de algumas vitaminas, que como eu desconfiava vieram baixas creio eu devido a todos os anos tomando prazóis (que alteram a acidez estomacal e com isso interferem na capacidade do organismo de absorção de nutrientes). Este médico, mais velho, teve uma abordagem mais interessante, olhando para as vitaminas mais ligadas ao meu sistema imune como a B12 e a D, depois de eu relatar a ele do meu temor em acabar desenvolvendo câncer no estômago ou intestino por conta de tantos anos com esse problema e da incidência de pólipos no estômago (que podem ou não estar associados ao uso ininterrupto dos prazóis).

Associado a estas medicações então ele me passou alguns suplementos vitamínicos, e um prazo de 3 meses para suspender o novo prazól da vez, que ele havia me passado. Além disso, ele me passou uma medicação em ampola pra usar em crises de azia (Sucrafilm) que parece bastante com o bom e velho leite de magnésia.

Comecei removendo o prazól aos poucos em um intervalo de 2 semanas (tipo "dia sim, dia não") e hoje estou na 2ª semana totalmente sem ele. Os primeiros dias foram tranquilos mas depois de cerca de 4 dias a azia voltou, alguns dias piores do que outros.

Obviamente que a alimentação influencia bastante: dias em que eu como algo mais leve como uma sopa leve não sinto nada, mas nos dias como hoje, onde no café da manhã comi muita coisa pesada como fritura e salgados, a azia surge forte (eu nem consegui almoçar por causa disso).

Enfim... eu já estou achando que não exista uma "cura" definitiva para a azia e refluxo. Tudo me parece ser temporário (até a cirurgia, que depois de alguns anos perde eficiência com o esfíncter entre o esôfago e o estômago laceando de novo). Boa parte do meu problema é ligado a estresse, depressão, ansiedade, sedentarismo e uma alimentação desregrada. Coisas onde meu controle deveria ser maior mas não são.

Devo refazer os exames de níveis de vitamina e zinco nos próximos dias e então fazer um ultimo retorno com este médico para uma avaliação final. Vamos ver se dessa vez consigo me librar dos prazóis de vez ou não. Mas estou pessimista.

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