LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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2 de novembro de 2012

"VÍRUS DO PEN-DRIVE" - PASTAS DO HD EXTERNO VIRAM ATALHOS

Um amigo meu até que tem razão: "Windows é um lixo".

Tenho tido um problema recorrente com meus pen-drives e HD's externos. Alguma espécie de vírus (não consegui identificar qual, mas na Internet chamam-no apenas de "vírus de pen-drive") muda as propriedades de todas as pastas no raiz do dispositivo tornando-os ocultos, criando atalhos para as pastas. Acabo acessando os arquivos da mesma forma, mas é chato assim mesmo.

A solução costuma ser executar o attrib na linha de comando (DOS) com os seguintes parâmetros (sendo o F: a letra mapeada para o pen-drive/hd externo.

attrib -h -r -s /s /d F:\*.*



Comigo funcionou, e logo em seguida apaguei os atalhos e rodei um anti-virus no dispositivo e no meu notebook. Nada é encontrado. Ainda não entendi porque isso ocorre.

O Recicle-bin costuma ser uma pasta legítima do sistema operacional, apenas as ocultei novamente porque o comando attrib as torna visíveis. Mas não custa nada passar anti-vírus em tudo de novo.

17 de outubro de 2012

SER HOMEM

Depois de assumir diante de uma pessoa meus erros e pedir perdão, a resposta que me veio foi para que eu virasse homem.

O primeiro sentimento foi de mágoa, depois de abandono (ninguém ficou do meu lado), mas depois veio a reflexão. O que é ser um homem afinal de contas? Quando digo homem, é ser masculino mesmo, excluo desta reflexão portanto as mulheres. Não sou mulher, nunca saberei o que é ser uma e nunca me atreverei a fazer qualquer comentário sobre isso. Assim como uma mulher nunca saberá o que é ser um homem e também deveria se abster de comentários a respeito.

Sejamos francos, nos dispamos da arrogância de nossa suposta sabedoria infalível, nos livremos de nossos pré-conceitos, de nossas "certezas", de nossa espiritualidade, de nosso egoísmo de achar que o que achamos é o certo e o que os outros acham é errado - o contrário também se aplica.

Isso inclui a todos os que dizem "não sou eu quem acha, é Deus, olhe o que diz a Bíblia". Meu amigo, pare. É claro que é o que você acha. Você interpretou o que está escrito na Bíblia com base nos seus conceitos pessoais, apenas isso, não fosse assim haveria apenas uma só igreja cristã no mundo e todos os cristãos pensariam da mesma forma.  O que você quer é ter o prazer pecaminoso de julgar. Todo mundo quer julgar a todos, o tempo todo. O mundo é pura loucura e se agarrar a pequenas certezas é tentar por ordem no caos e não pirar de vez. O que é melhor do que você ditar as regras?

Muitos dizem que um homem é um macho responsável, heterossexual, forte, firme, inabalável, justo, cortes, temente a Deus e crente fiel, santificado, honesto, amoroso, bondoso, másculo, perspicaz, equilibrado, participativo, que toma a iniciativa e é maduro em seus pensamentos e atitudes. Além disso é bonito, divertido, trabalhador, socialmente estimulante, cheio de amigos, influente, não tem vícios, nem problemas emocionais ou psicológicos, sabe liderar, é esforçado, higiênico e estudioso. Os adjetivos positivos podem ser complementados por você mesmo, leitor.

Ou seja: só é homem quem é perfeito.

Mas perfeito aos olhos do avaliador. Cada avaliador tem seus conceitos. Ser um homem para uma pessoa não é o mesmo que ser um homem para a pessoa ao lado. Portanto, o conceito de homem é absolutamente relativo.

Mas o que é ser um homem aos olhos de Deus? Alguém que não peca? Difícil isso heim? Todos somos pecadores. Como disse, só Deus julga. Quem é você para achar que entendeu o suficiente sequer para se sentir seguro que está praticando o que é certo aos olhos de Deus, quanto mais para dizer aos outros o que é correto aos olhos Dele? Diga logo que é aos seus próprios olhos, assuma que é humano arrogante de uma vez! "O que eu acho que é certo é o que é certo, o resto é besteira".

Cada vez mais fica a minha sensação pessoal e particular (e eu nem sequer afirmo que isso é uma certeza minha) de que "ser homem" é caminhar sozinho em meio a multidão e não se sentir um coitado por isso. É viver apenas consigo mesmo depois de entender que ninguém sabe como é ser você além de Deus (se é que você crê em Deus). Nem seus pais, nem sua mulher, nem seus amigos, nem sua terapeuta, nem seu pastor. Muitas vezes nem nós mesmos sabemos bem, mas ainda assim somos os que mais sabem.

Um amigo me falou algo semelhante e eu concordei porque penso atualmente de forma semelhante. Amanhã estarei pensando assim? Não sei. Simplesmente me dou o direito a esta liberdade, de pensar nas coisas sem a prisão de considerá-las mais absolutas.

Homem que é homem caminha sozinho em meio a multidão que o cerca. Não se isola, mas se mistura. Sem esperar que o entendam, veste uma máscara para não mostrar quem na verdade é (afinal isso não interessa a ninguém mesmo), e a cada pessoa que aparece na sua frente, coloca uma máscara nova, adequada a aquela pessoa.

Não é falsidade, veja bem. Não é agir de forma leviana, nem interpretar. É simplesmente se modular para aquilo que as pessoas querem que você seja, porque sendo quem você é, nunca estará bom para os outros, sempre tentarão te transformar para aquilo que elas anseiam. As pessoas não querem saber quem você é na verdade. Elas não querem saber do que você precisa, de suas necessidades, de sua dor. Elas apenas querem que você as ouça, que você dê a elas o que elas querem, que você concorde com elas e se comporte como acham que é certo. Pode ser um sorriso. Um "bom dia". Dinheiro. Compreensão. Um ouvido amigo. Falar algo tranquilizador e agradável. Ter uma atitude qualquer. Qualquer coisa! Mas elas não querem saber de você na verdade. Esta é a solidão do homem. Este é seu "caminhar sozinho".

Você se torna um doador. Se você não tiver nada para doar, você não é homem. Se estiver triste, você não é homem. Se estiver irritado, deprimido, se não concordar com a pessoa, você não é homem.

Homem, portanto, nada mais é do que um excelente ator. Ou não. Depende do que você achar.

1 de outubro de 2012

PEDRAS DA CONSTRUÇÃO


E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Mateus 16:13-19

Quando reconhecemos Jesus como quem Ele é - o Cristo, filho de Deus, Salvador da humanidade - nos tornamos salvos ao nos entregarmos, submetermos e nos deixar transformar cotidianamente por esta verdade. A salvação, como está escrito em Romanos 6:23, é gratuita: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. E este dom gratuito, como escrito em João 3:16, é fruto do amor que Deus tem para conosco, mesmo pecadores: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. E mesmo aprisionados pelos nossos pecados, o conhecimento da Verdade (com "V" maiúsculo mesmo) nos liberta, como está escrito em João 8:31-32: Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 

Contra esta graça o inferno nunca prevalecerá. Nossa salvação que provêm do Senhor é eterna e intransferível. Quando nos entregamos a Jesus nos tornamos igreja de Cristo, e como Pedro, nos tornamos pedras da construção espiritual chamada Corpo de Cristo. Como corpo, temos as chaves do reino dos céus, ou seja, podemos ser instrumento de salvação ao vivermos e promovermos o evangelho de Jesus Cristo diante das pessoas no mundo. Amando como Ele amou e buscando a justiça e a paz. E permitindo assim que elas entrem e façam parte do reino dos céus, tornando-se semelhantemente mais pedras para a construção e portadores das chaves.

O que eu espero para mim é simplesmente me tornar mais parecido com Jesus a cada dia, me deixar transformar por seu amor e seus ensinamentos, viver o evangelho - cuja profundidade do significado é muito mais poderosa do que a maioria pensa - e assim ser instrumento na obra de Deus na Terra. Mesmo sendo tão falho quanto sou hoje.

20 de setembro de 2012

SANTUÁRIO DE DEUS



Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.
1 Coríntios 3:16-17

Um santuário segundo o Dicionário Web é:


  1. A parte secreta do templo judaico de Jerusalém.
  2. Parte da igreja onde está o altar-mor.
  3. Edifício consagrado às cerimônias de uma religião.
  4. Capela onde são guardadas e veneradas relíquias de vários santos.
  5. Fig. Asilo sagrado e inviolável; sede de nobres sentimentos; o que há de mais íntimo: o santuário da sua alma.m.
  6. Lugar reservado e consagrado pela religião. O lugar mais sagrado do templo de Jerusalém, onde estava a Arca da Aliança. Templo, capela. Sacrário; relicário. (Fig.) A parte mais íntima (do peito, do coração, da alma).
De uma forma geral um santuário costuma ser um lugar físico separado para adoração e reflexão. Expressa fisicamente e comporta dentro de si idéias e manifestações espirituais, caracterizando-se como um lugar de cura em suas mais diversas formas e oração. A Bíblia nos diz que somos santuários de Deus. Nos diz que somos especiais e particulares.

Mas eu me comporto assim? Demonstro que Deus habita em mim, ou demonstro que monstros com enormes tentáculos verdes é que estão habitando abaixo da minha pele?

Da mesma forma que um templo comporta pessoas, aquele quem eu sou (e não apenas meu corpo físico) comportam o Espírito Santo a partir do momento que convidei-o a me habitar. Daí é importante refletir: este templo que eu sou é confortável e funcional para o Espírito? Ele consegue usar este templo para operar sua obra? Sua arquitetura e decoração expressam Deus dentro de minha cultura? Meus atos e comportamentos são condizentes com Jesus?

Com certeza tenho muito o que melhorar.

O que me resta é procurar, todos os dias, pouco a pouco, me adequar cada vez mais ao Deus que amo e que me amou primeiro, que me vinga quando é justo e o glorifica, e que cuida e zela por mim mesmo eu não merecendo.

Não é apenas uma questão estética e acho que isso está bastante claro a todos. Muitas pessoas gostam de citar esta passagem para complementar sua opinião de que tatuagem, piercing ou cortes de cabelo e acessórios que não aprovam sejam condenáveis, e não é sobre isso apenas que Paulo falava neste texto (mesmo porque isso é cultural).

É no contexto global. É sobre significado, comportamento, motivação e resultado. Uma pessoa pode ir a igreja e se "fantasiar" se crente sendo uma pessoa com atitudes e comportamento geral perversos, mas pode ter um visual diferenciado e em seu coração ser totalmente entregue e obediente a Deus, tendo atitudes e comportamento adequados com Jesus.


13 de setembro de 2012

PROCESSO DE MUDANÇA (OU SANTIFICAÇÃO)

É duro quando se percebe que nossos avanços pessoais simplesmente não são reais, mas sim frutos de uma falsa percepção particular, falta de foco e típica miopia autoanalítica.

Eu estava indo muito bem nas últimas semanas, achando que havia superado algumas coisas em mim, mudado alguns procedimentos da minha vida, até que em uma simples e calma conversa com uma pessoa, com uma única frase, me dei conta de que na verdade não mudei nada, e que continuo a ter as mesmas respostas aos mesmos estímulos. Como o Cão de Pavlov eu continuo a salivar ao ouvir a campainha, mesmo que não exista comida. Há ai um condicionamento.

Isso é da natureza humana afinal de contas, não? Culpa, arrependimento, desejo por mudança (salvo os psicopatas). Existem diversas coisas na vida de nós, pessoas, que uma hora ou outra nos leva a uma resolução por mudança. “Preciso mudar isso e aquilo em minha vida” pensamos nós. E então buscamos algo que nos ajude a mudar. Algumas vezes buscamos em nosso interior, muitas outras, no exterior.

Eis o sucesso de livros e palestras de autoajuda, da religião desenfreada de promessas fáceis, da própria psicanálise, das terapias diversas, da mitologia de uma forma geral, e porque não do álcool e das drogas lícitas ou ilícitas.

Na maioria das vezes buscamos tecnologias farmacológicas ou psicológicas que nos auxiliam - muitas vezes sem que percebamos isso - a alcançar tal mudança. Alguns de nós mudamos, outros não. Dos que mudam, muitos mudam temporariamente de forma artificial, voltando à condição inicial após algum tempo ou após alguma crise onde suas novas convicções demonstram-se frágeis como cristal. Poucos de nós conseguem realmente mudar. E assim a vida segue, e vamos nos resignando com uma frustração constante, com a culpa que nos corrói, com a falta de esperança de se ver livre daquilo que nos aflige.

Mas e Jesus?

Sempre ouvi nas igrejas que Jesus muda a vida do crente. Vou ser sincero: eu nunca senti isso de forma intensa e febril.

Eu não tinha uma vida louca antes de minha conversão, sabe? Na verdade as mudanças que eu buscava e busco são de atitude e resposta emocional. Não quero ficar magoado com certas coisas que continuam a me magoar mesmo que eu racionalize que não devo ficar assim (já que o evangelho as explica e eu concordo serem erradas). Não quero ficar irritado com certas pessoas ou situações que racionalmente sei que não deviam despertar em mim tal resposta emocional ou comportamental negativas. Quero deixar de agir de forma a magoar ou fazer mal a outras pessoas. Quero começar a agir e fazer certas coisas que sei que são certas, mas simplesmente não as faço.

Onde Jesus se encontra nessas horas? Por que não consigo sair do mesmo lugar?

Revelo que eu pensava até pouco tempo atrás que a mudança que Jesus nos dava era, até certo ponto, sobrenatural. Bastaria eu crer e a mudança viria de forma mágica e imediata , claro, com algum esforço da minha parte, mas nada muito pesado.

Mas ela nunca veio, pelo menos não para mim.

O que veio em seu lugar foi uma crise de fé. “Será que na verdade nunca cri? Será que me engano e não sou cristão porcaria nenhuma? Será que no juízo final Jesus vai se virar para mim e dizer que não me conhece?”. Já pensei que sim, mas hoje penso que não. A crença está aqui, forte e madura. Não fosse assim, porque a situação me incomodaria tanto e a autoanálise seria tão recorrente? Ela é fruto da maior preocupação que ronda minha mente e alma: estou sendo como Deus espera que eu seja? Estou deixando-o feliz com quem sou? Estou glorificando-o?

Assim sendo, o que está dando errado então? Onde eu estou errando?

Foi ai que eu pensei: espera aí... será que eu estou mesmo errando?

A fé não é para pessoas fracas como muitas pessoas (ateus principalmente) gostam de alegar. A conversão a Cristo é dolorosa e continua, e qualquer pessoa sã fugiria de tamanho tormento (Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente – I Corinthios 2:14).

Assim, desconfio de pessoas que se “convertem” rapidamente porque estou entendendo que mudanças de comportamento não ocorrem sobrenaturalmente. São fruto de trabalho extenuante e cotidiano, que exige de nós grande esforço moral - ou seja, escolhas conscientes sobre o que é certo e errado de ser feito de acordo com um modelo inicial - sendo portanto Jesus meu modelo.

Quem toma as decisões de como responder a um dado estímulo somos nós mesmos afinal de contas, e não Deus. Isso é livre arbítrio.

Quando oramos e pedimos que Deus leve uma pessoa a conversão por exemplo eu tenho certeza que Deus não vai enfiar essa decisão goela abaixo da pessoa, mas sim colocar situações na vida dela onde tal pessoa se veja forçada a refletir sobre coisas que podem levá-la a uma decisão de conversão ou não. Mas a conversão em si depende obviamente da pessoa, e apenas dela.

O mesmo se aplica a mim.

Quando eu oro pedindo a Deus que me de forças para ser cada vez mais como Jesus, que me mude a superar meus erros e tendências pecaminosas, Ele não vai fazer isso de forma sobrenatural. Arrisco em dizer que Deus não pode fazer isso, já que fazê-lo seria interferir com meu livre arbítrio - e se Ele fizesse isso, estaria ferindo e contradizendo sua própria palavra.

Assim fosse eu não teria escolha a não ser plenamente seguidor e imitador de Cristo, e nem ninguém, e todos seriamos santos, e não haveria pecado pois todos seriamos salvos, e Jesus não teria que ter feito seu sacrifício, e o pecado original não teria sido cometido.

Não. As coisas são como elas são.

Mas Deus não é limitado. Ele apenas trabalha da forma que estabeleceu desde o início dos tempos porque assim Ele desejou. A escolha está conosco, e é do fruto desta escolha que podemos glorificá-lo - não porque somos obrigados mas sim porque somos criaturas conscientes e com vontade própria que escolheram submeter-se a Deus.

O que Deus faz é nos colocar em situações que muitas vezes não percebemos. Nos faz passar por momentos que são oportunidades de aprendizado e exercimento de novos comportamentos mais alinhados com Cristo.

Daí que o falhar é, na verdade, natural. Precisamos errar muito até acertar. Caímos muito antes de aprender a andar. Falamos muito errado até dominarmos um idioma. E pecamos muito até atingirmos a santidade.

É frustrante? Sim... demais. Frustrante, desestimulante, depressivo, triste, desesperador... mas eis ai o lado sobrenatural da coisa toda, a evidência do Espírito Santo de Deus habitando em mim: Deus me dá forças para continuar a luta contra mim mesmo. Porque Jesus se doou na cruz para que eu pudesse carregar essas dificuldades - minha própria cruz - e com elas crescer, já que este foi o exemplo que Cristo nos deixou. E mesmo que pareça que não saio do lugar, o que Deus vê não é o quanto arrastei minha cruz, mas sim que eu não desisti de arrastá-la até que o fim venha, e a convicção de que mesmo que eu perceba que a arrastei pouco, dei o meu melhor amando-o genuinamente.

Eu sei que vou morrer carregando pecados. Todos nós vamos. Não fosse assim, o maior dom de Deus não seria necessário: o dom gratuito da salvação mediante a fé em Jesus Cristo. Nada além disso é capaz de me conceder a salvação que busco. Nem mesmo carregar minha cruz em volta do planeta inteiro.

Veja, eu não defendo que podemos mudar a nós mesmos. A mudança vem obviamente de Deus, mas as decisões de mudança partem de nossa decisão e de nossas escolhas. Somos responsáveis por isso. E está na hora de voltarmos a assumir tal responsabilidade.

22 de agosto de 2012

DEUS, PECADO, SEPARAÇÃO E SENTIMENTO DE REJEIÇÃO

Já ouvi muitas pessoas falando algo do tipo “Eu vou pro inferno mesmo, porque devo me preocupar com Deus?”. Fiquei me perguntando porque elas pensam assim, e cheguei a conclusão de que é isso o que chamamos de consequência do pecado: a separação entre nós e Deus.

As pessoas se veem destituídas de uma suposta santidade - na cabeça delas pré-requisito para poder se relacionar com Deus - e preferem se distanciar, esquecer que Ele existe, resignar-se com um destino terrível fazendo pouco caso (a maioria acha que o Inferno não é tão ruim assim). Muitos preferem negá-lo totalmente, ou escolher uma religião que lhe dê mais conforto, que na visão dela comporte melhor seus defeitos, que seja mais flexível ou adequada a filosofia e conceitos de certo e errado dos humanos. Não entendem bem a mensagem de Jesus. Elas deviam dar uma (nova) chance a Ele e estudar a palavra com afinco e isenção, principalmente os evangelhos. Entenderiam que Deus quer a todos independente de seus pecados. TODOS. Isso inclui você. Mas nem todos o querem.

É mais palpável pensar na consequência do pecado - a separação entre nós e Deus - em termos práticos do que  metafísicos. O pecado faz com que nos sintamos inaptos para uma relação com Deus porque colocamos nele expectativas nossas; nos mantermos afastados de Deus por achar que Ele não nos quer por perto e que nos odeia por sermos tão falhos.

As pessoas tem um conceito geral, observado inclusive no antigo testamento, de que Deus é algo 100% puro e santo, o que é verdade. E que nós, com nossos pecados, somos indignos sequer de nos aproximar dele, de querer nos relacionar com Ele, e inclusive de sermos amados por Ele.

Este é o poder do pecado. Ele nos distancia de Deus pela transgressão que caracteriza, mas também nos fazendo pensar que este pecado nos torna persona non grata diante de Deus indefinidamente.

Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam. Vens ajudar aqueles que praticam a justiça com alegria, que se lembram de ti e dos teus caminhos. Mas, prosseguindo nós em nossos pecados, tu te iraste. Como, então, seremos salvos? Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqüidades nos levam para longe. Não há ninguém que clame pelo teu nome, que se anime a apegar-se a ti, pois escondeste de nós o teu rosto e nos deixaste perecer por causa das nossas iniqüidades. Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos.
Isaías 64:4-8

O último versículo deste trecho e várias outras passagens na Bíblia demonstram de que nosso afastamento devido ao pecado não é eterno. O trecho acima deixa claro no entanto que nossas capacidades próprias são insuficientes para nos apresentarmos puros e santos perante Deus, que não é responsável por nossos desvios mas ao mesmo tempo não desiste de nós, tendo dado seu filho para nossa salvação. É exatamente como a parábola do filho pródigo:

Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. "Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. "Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’. A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. "O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. "Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar. "Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança. Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’. "O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele. Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’ "Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ ". 
Lucas 15:11-32

No Antigo Testamento os sacrifícios feitos no Templo serviam para a expiação dos pecados e purificação das pessoas perante o Senhor, mas o sacrifício supremo foi realizado com a vinda, crucificação e ressurreição de Jesus. Basta a pessoa entender, aceitar e se entregar a esta verdade para estar purificada diante de Deus, ter seus pecados lavados, e restabelecer sua comunhão com o Pai.

O final de tudo é que Jesus nos salva se nos entregarmos a Ele, se o imitarmos, se buscarmos ser como Ele foi.

Deus de fato quer de nós um estado santo e sem pecados, mas não temos como nos tornar santos para depois nos aproximarmos de Deus porque esta santificação provêm dEle. Ou seja, sujos e pecadores devemos buscá-lo em primeiro lugar através de Jesus, e por meio do Espírito Santo Ele operará em nossa vida, cotidianamente e por meio de inúmeras experiências e situações, pequenas transformações que nos tornarão mais e mais parecidos com Cristo, mais e mais próximos de quem Deus sabe que podemos ser.

Jesus disse em Marcos 2:17 "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores".

A santificação vem portanto de dentro para fora. Você não se comporta de forma santa para conquistar a salvação, mas é salvo por Jesus e depois disso passa a experimentar a transformação que lhe leva a um comportamento santo.

Continuaremos a pecar? Infelizmente sim. Mas vamos nos arrepender e lutar contra estes pecados. Essa é nossa cruz. Essa é  vida cristã. Uma luta que termina com nossa morte física dando início a nossa vida eterna ao lado de Deus.

Por fim alguns trechos relevantes a este mesmo assunto:

No dia seguinte João (Batista) viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 
João 1:29

Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. 
Filipenses 3:7-15

Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo. 
1 Coríntios 11:1

2 de agosto de 2012

ENTREGA

"Obrigado pelo pensamento mas nós não podemos aceitar
bilhetes de loteria"


Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. E disse: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver". 
Lucas 21:1-4

Deus olha o coração e contextualiza as ações de pessoa para pessoa, pois se somos todos iguais perante Ele, ao mesmo tempo somos diferentes em nossas capacidades, personalidades, qualidades e deficiências. O que é muito para um é pouco para outro e vice-versa. Deus quer entrega e confiança nEle no que nos é difícil e caro principalmente, assim como a viúva demonstrou. Afinal o que nos é fácil, é fácil. Deus não quer restos, mas sim a primazia de nossa vida como um todo, porque Ele nos criou, Ele nos resgatou, e portanto, é o que ele merece.

O trecho das escrituras que levou a esta reflexão é muito usado para falar de dízimo nas igrejas, mas o contexto do qual Jesus falava ali, gosto de pensar, era muito mais amplo do que apenas dinheiro. Aliás a questão toda do dízimo é mais ampla do que apenas dinheiro. Possui a simbologia do sacrifício de vida a Deus quando o dízimo era feito no templo, com os holocaustos de gado e demais animais. Ou seja, entrega e anulação de si mesmo em prol de Deus. O dízimo supremo, quem pagou, foi Jesus Cristo na cruz.

O dinheiro é algo importante para a maioria absoluta das pessoas mesmo que elas digam que não. O dinheiro limita algumas coisas de ordem prática que eu posso ou não fazer, e a maioria esmagadora das pessoas sempre o tem em quantidades menores do que deseja, e não necessariamente em quantidades menores do que deveria ter. Muitos de nós acabamos gastando com coisas desnecessárias e erradas e não sabemos administrá-lo bem.

De forma prática o dinheiro me possibilita fazer algumas coisas (não todas, muitas dependem apenas de minha própria vontade e disposição)  ou adquirir coisas que me permitirão fazer algo. Desta forma ele é um meio e nunca um fim em si mesmo.


Assim sendo, Deus não precisa do meu dinheiro meramente. Isso é fato e qualquer outra pessoa que afirmar que Deus precisa, mente. Há várias igrejas por ai que falam isso, o que é muito errado. O que Deus quer não é meu dinheiro, mas sim minha vida dedicada a Ele, mortificada e restaurada pelo amor em Jesus. É o significado da simbologia de entrega.

Igrejas por outro lado precisam do meu dinheiro.

As desonestas, para fazer todo tipo de coisa. De comprar canais de TV (e não usá-la corretamente para promover o evangelho) e jatinhos particulares a construir templos faraônicos para massificar seu doutrinamento biblicamente equivocado em muitos casos, passando por enriquecimento ilícito e alimentação de uma máquina religiosa que engana milhões de pessoas e trabalha contra o Reino de Deus, ridicularizando-o e desacreditando-o como a própria palavra fala que seria no final dos tempos.

As honestas, para pagar suas contas básicas, para sustentar honestamente e sem pujanças seus ministros e obreiros, e principalmente para promover o evangelho, seja pelo seu serviço religioso cotidiano, seja por meio de eventos evangelísticos, projetos sociais e culturais, divulgação em geral, etc.

Deus estabeleceu a entrega de dízimos por causa disso: para que sua representação material no mundo através da Igreja tenha um sustento igualmente material naquilo que materialmente ela precisa realizar para alcançar alvos finais espirituais. 

Ao mesmo tempo Deus proporcionou, para as pessoas que O amam, um canal pelo qual podem contribuir materialmente para atingir estes alvos espirituais, não para benefício de Deus, nem da Igreja em si, mas sim dela mesma (vendo-se participante e cumpridora do plano do Deus que ama) e das demais que serão alcançadas por meio das ações possibilitadas por seu gesto. Porque a Igreja de Jesus somos nós, e o alvo dEle é nossas vidas.

A viúva, ao ser pobre e proporcionalmente entregar mais dinheiro do que todos ali (Jesus diz que ela entregou na verdade TODO o dinheiro que possuía para viver), está materialmente sustentando a Igreja, mas ao mesmo tempo (e o foco deve ser nisso e não no simples dinheiro) está entregando suas possibilidades de vida a Deus. Ela está entregando tudo o que poderia ter feito com aquele dinheiro, como viagens, eletrônicos, diversão e alimentação. Não só os possíveis luxos e supérfluos, mas sim as próprias necessidades.

Isso é muito difícil! Ela está pondo a causa de Deus em primeiro lugar de uma forma bem radical! Não que viagens e diversão sejam errados, são coisas necessárias ao ser humano e Deus sabe disso porque Ele assim nos fez. Mas é uma questão de estabelecer prioridades. A viúva não se preocupou sequer com o que haveria de comer. As escrituras não citam nada a este respeito, mas o que Jesus disse sobre ela entregar tudo o que ela possuía para viver me leva a entender isso.

Me sinto péssimo agora ao pensar nas ofertas que costumo fazer em minha igreja. Quando as ofertas estão sendo recolhidas eu abro a carteira e o que estiver me sobrando ali eu dou. Mas olhe só o que eu falei: "o que estiver sobrando". Para a igreja e sua necessidade material de pagar contas e sustentar-se, tanto faz se eu dei o que sobrou ou não. Mas e quanto a meu coração e meu envolvimento com Deus? Estou me preocupando em primeiro lugar com Ele, com sua causa ao sustentar a igreja e me envolver com ela e deixar que ela propague o evangelho? Ou estou apenas me enganando e colocando a causa de Deus longe do topo que lhe pertence?

Deus não precisa do seu dinheiro. As igrejas podem até precisar dela para se sustentar. Mas o principal aqui é que Deus me ama, e uma vez entendendo seu evangelho e o amando pela salvação que Ele me deu em Jesus Cristo, entendo que a melhor forma de demonstrar isso é me doando e colocando-o como prioridade máxima. E não necessariamente com dinheiro, mas sim cumprindo com a vontade de Deus, amando ao próximo, ajudando pessoas, dando testemunho de Cristo, e (também) sustentando e servindo na igreja. Ou seja, vivendo Jesus, o que leva a contribuições em dinheiro ou não, dependendo do caso.

O que eu espero é que eu consiga dar primazia às coisas de Deus, com meu tempo, pensamento, dedicação e recursos. Primazia para promover o Reino de Deus, divulgar seu evangelho e ser instrumento do Espírito Santo para a salvação do maior número possível de pessoas.

FAZENDO O QUE TODO MUNDO FAZ


Ouça diversas opiniões e idéias para expandir as suas próprias, mas aprenda a pensar por si mesmo e a ser equilibrado e ponderado de acordo com suas convicções. Não tenha vergonha de acreditar no que você acredita. Não tenha vergonha de Jesus e do evangelho.

Seja amigo das pessoas e tenha integração com elas no dia-a-dia, mas não siga o rebanho só para se sentir parte de grupo e usufruir do conforto emocional e psicológico que isso lhe proporciona. Se integrar é importante, mas você não pode se amoldar a coisas que vão contra o que Deus nos declarou em sua palavra. Seja maduro.

Não seja uma pessoa intransigente, eternamente do contra e aniquiladora de opiniões, mas não seja um maria-vai-com-as-outras e concorde com tudo. Viva de acordo com quem você é. Seja equilibrado com sua fé.

Promova relacionamentos bons de amizade e camaradagem, mas não faça algo (apenas) para atender as expectativas alheias. Considerar as pessoas em seus relacionamentos é importante, mas não ao ponto de você se anular. Submissão total, só a Deus. Você é quem você é.

Minha mãe me dizia o seguinte quando eu era menor e falava que queria fazer algo porque todo mundo também estava fazendo: "Então, se todo mundo começar a comer merda, você vai comer merda também?". Ou seja: não é porque todo mundo faz algo que aquilo é bom. A maioria simplesmente nem se pergunta isso, apenas faz.

Você se pergunta se o que você faz é o certo?

26 de julho de 2012

OBSTÁCULOS DA VIDA


E Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. 
Mateus 17:20

Nada é impossível para Deus, nem aquilo que nossa razão e ciência dizem sê-lo. Jesus nos diz em Mateus 21:22 que "Tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis". Em Mateus 17 Ele diz que o que nos limita ou impede de ter tais bençãos e maravilhas, de superar os obstáculos que julgamos intransponíveis são portanto a falta de fé que temos em Deus.

Isso significa que tudo, tudo mesmo o que pedirmos a Deus, tendo fé, receberemos?

É claro que não. Deus não mentiu ao afirmar que nos dará tudo se tivermos fé, mas quem tem fé obviamente não pede qualquer coisa. Sabe pedir de acordo com o coração de Deus.

A finalidade do pedido e da correta identificação do "obstáculo" são naturais aos que realmente amam ao Senhor e que convivem com Ele, que o buscam e que com Ele tem intimidade. Nem tudo o que julgamos ser uma montanha a ser removida em nossas vidas na verdade é, e muitas coisas das quais queremos nos livrar ou que queremos obter são simplesmente fruto de nosso ego. 

É preciso ter uma consciência de fato cristã quando pedimos algo. Nossos pedidos tem que ser adequados a nossa condição de filhos de Deus, e devem ser feitos com responsabilidade e serenidade, além de um entendimento amplo do propósito do que pedimos ou, muitas vezes, deixamos de pedir. Jesus demonstra isso em Mateus 4, no período da tentação no deserto após seu batismo:

Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Mateus 4:5-7

Muitas coisas que julgamos serem ruins em nossa vida possuem propósitos que não entendemos de imediato. E isso inclui muitas vezes o sofrimento. Jesus sofreu como nenhuma pessoa na história, e passou por tentações imensas, superando-as todas. Ele podia ter pedido o que Satanás lhe falou para pedir, e Deus o atenderia porque ninguém teve mais fé do que Jesus. Mas o plano de Deus não se manifestaria se ele pedisse aquilo.

Ele teve o discernimento de que havia um propósito para o seu sofrimento, que era a salvação de todos os que aceitassem seu sacrifício e passassem a tê-lo em seus corações, buscando comportar-se como Ele se comportou, seguindo seus ensinamentos e sua conduta.

Da mesma forma, há um propósito para os sofrimentos que cada um de nós enfrentamos, e consequentemente, o mundo passa: manifestar a glória de Deus, além de exercitar nossa fé e nosso amor.

Podemos exercitar nosso amor quando vemos uma pessoa em dificuldades e a ajudamos, não apenas falando de Jesus para ela, mas também a ajudando de formas reais, com companhia, amizade, atenção, auxílio matéria, ajuda médica e financeira, educacional, etc. Este é um chamado social que Jesus cumpriu e que nos chama a imitá-lo.

Podemos exercitar nossa fé ao nos comportarmos de forma humilde e confiante perante as dificuldades e montanhas da vida, e mesmo diante do suposto silêncio de Deus diante de nossos pedidos. É quando temos a oportunidade de não nos revoltar, mas sim nos render diante do Senhor e aceitar sua decisão, que é perfeita. Aquele que realmente entende e ama ao senhor pede as coisas como Jesus pediu, aflito, para ser livre do que teria de passar, logo antes da crucificação:

E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. 
Mateus 26:39

Por fim, o sofrimento ou desejo que temos manifesta a glória de Deus sendo cumprido ou não o pedido que fazemos. Sendo atendido, a glória se manifesta pelo atendimento, ao reconhecermos que aquilo partiu do Senhor. Não sendo atendido, manifesta a glória pelo resultado benéfico que o não atendimento gera posteriormente, seja evitando que a pessoa se prejudique o que prejudique a outros com aquilo que pediu, seja educando-a quanto a algo (humildade, submissão, etc), seja preparando o terreno para algo melhor mais adiante.

O que eu quero para mim é aprender a confiar cada dia mais no Senhor, aprendendo a pedir e esperar pelo que é certo, sempre colocando a vontade de Deus acima da minha em tudo. Porque hoje eu reconheço que sou falho nisso também, mas desejo mudar e melhorar.

17 de julho de 2012

MIL PERGUNTAS



Se Deus existe, se Ele é puro amor e bondade, se Ele é capaz de todas as coisas, se Ele se fez carne em Jesus Cristo para morrer por nós e nos salvar... por que há tantas desgraças no mundo? Por que há tanta dor, miséria, guerra, violência?

Assista ao vídeo. A resposta é surpreendente e como não podia deixar de ser, profunda e simples. E nos leva a uma reflexão sobre quem somos e o que devemos fazer com nossas vidas.

16 de julho de 2012

OS PLANOS DE DEUS

Imagem do Livro de Gênesis Ilustrado por Robert Crumb
acerca do trecho abaixo


A essa altura, José já não podia mais conter-se diante de todos os que ali estavam, e gritou: "Façam sair a todos! " Assim, ninguém mais estava presente quando José se revelou a seus irmãos. E ele se pôs a chorar tão alto que os egípcios o ouviram, e a notícia chegou ao palácio do faraó. Então disse José a seus irmãos: "Eu sou José! Meu pai ainda está vivo? " Mas os seus irmãos ficaram tão pasmados diante dele que não conseguiam responder-lhe. "Cheguem mais perto", disse José a seus irmãos. Quando eles se aproximaram, disse-lhes: "Eu sou José, seu irmão, aquele que vocês venderam ao Egito! Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês. Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita. Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento. "Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito. 
Gênesis 45:1-8

A história de José é uma das mais marcantes da Bíblia. Pelo menos para mim. Ela ensina como Deus é grande e bondoso, e como ele trabalha conosco mesmo no que julgamos ser momentos difíceis e ruins.

O resumo da história de José é que ele foi vendido por seus irmãos (os patriarcas das 12 tribos de Israel) por inveja e ciúmes, acabou indo parar no Egito como escravo, passou por dificuldades diversas e perigo de morte por lá mas acabou sendo levado a posição de segundo homem mais poderoso do Egito, abaixo apenas do faraó, tudo devido a seu amor por Deus, a sua obediência, retidão e competência e excelência obtidos fundamentalmente devido a sua condição espiritual ensinada por seu pai, Jacó.

José não era perfeito mas havia encontrado graça diante de Deus, e estava, sem saber, sendo usado por Ele para o cumprimento dos planos do Senhor.

Os planos de Deus transcendem a lógica de causa e consequência que os humanos tem. O que é um mal aos olhos dos homens tem sempre um significado, um motivo dentro dos planos de Deus, que levam a um bem imensurável em sua conclusão. O ditado "Deus escreve certo por linhas tortas" refere-se a isso. Bençãos são tiradas do que nós imaginamos ser desgraças e perceber isso depende de nossa fé e maturidade espiritual.

Devo me lembrar sempre de que Deus é perfeito assim como tudo o que Ele faz. Assim devo aprender a confiar e descansar na certeza de que Deus está no controle de tudo e de todas as coisas, e de que tudo ocorre de acordo com seus perfeitos planos, cabendo a mim a honra de fazer parte deles, vendo as oportunidades que Ele me dá e me doando a elas, como José o fez humildemente, reconhecendo que a grandeza ali não cabia a ele mas sim ao Senhor, que tudo aquilo havia realizado.

Se José não tivesse sido vendido pelos irmãos ele não seria capaz de salvá-los, eles não gerariam como descendência o povo de Israel, Jesus não surgiria e a humanidade continuaria perdida sob o julgo da Lei. Obvio que Deus encontraria outras formas de realizar seus planos, mas a história seria no mínimo diferente, se bem que com o mesmo resultado, disso tenho certeza.

11 de julho de 2012

IGUALDADE


Então, a lei opõe-se às promessas de Deus? De maneira nenhuma! Pois, se tivesse sido dada uma lei que pudesse conceder vida, certamente a justiça viria da lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, a fim de que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que crêem. Antes que viesse esta fé, estávamos sob a custódia da lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada. Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor. Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. 
Gálatas 3:21-28

Deus olha o coração. Ele não observa apenas o que fazemos, mas principalmente o porque o fazemos. Ele não olha as aparências de nossos atos, ele os vê realmente como são.

Desta forma seguir sistematicamente "a lei", ou seja, obedecer a todos os mandamentos e normas e doutrinas da Bíblia presentes no antigo e novo testamentos (porque as que a igreja inventou são mero aparelhamento cultural) não é exigido, mesmo porque é impossível para o ser humano cumpri-las todas (apenas o messias as cumpriu). Ser um "super crente" não vale de nada se seu coração está podre e você cumpre aqueles atos apenas para se promover ou se satisfazer consigo mesmo.

Assim, uma pessoa que não tem "cara de crente" não necessariamente é um perdido. Uma pessoa que você poderia julgar marginalizada pode muito bem ser filha de Deus sem que você saiba. O que lhe importa é buscar ao Senhor de todo coração, e se ela o faz, está salva por seu amor e pelo amor de Deus. O "seguir a lei", ou seja, as boas obras, o bom comportamento, surge espontaneamente devido a este amor. E não necessariamente estas obras e atitudes se manifestarão da forma que você espera. As aparências, afinal de contas, enganam. E os costumes culturais acabam gerando muito preconceito e desentendimento.

No Sermão do Monte em Mateus 7, Jesus ainda fala:

Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram. Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?

Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!
Nem todo aquele que me diz: "Senhor, Senhor", entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?". Então eu lhes direi claramente: "Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!".

"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda". 

Mateus 7:14-27
A lei é importante e devemos buscar segui-la, mas não é pelo cumprimento dela que somos salvos de nossa morte espiritual. É pela fé em Jesus, é pela entrega a Ele, é pela transformação que Ele nos dá e que muda o foco de nossas ações. Isso não significa que seremos bons e perfeitos o tempo todo, mas que passaremos a perseguir essa perfeição e, nos lampejos que atingirmos desta bondade e amor de Deus, nossos frutos, entenderemos que o que nos motivou a tal foi nada mais que retribuição pelo amor que Deus nos dedicou, uma ação de graças e glorificação a Ele e apenas a Ele.

5 de julho de 2012

CORINTHIANS - CAMPEÃO DA LIBERTADORES 2012



Obviamente o futebol é alienante e não representa de fato algo importante. Há muitas outras coisas mais nobres para se preocupar e pensar, como a divulgação do evangelho de Jesus e o trabalho para a instauração do reino de Deus; amar e ser amado, lutar pela justiça, combater as desigualdades, agir contra a corrupção política e moral que assola o nosso país e o mundo, ajudar os necessitados, promover o bem.

Mas sendo corinthiano, não há como não falar sobre a noite de 04 de junho de 2012. Especialmente porque em minha postagem de 05 de maio de 2006 escrevi sobre a queda na libertadores do Corinthians diante do River Plate por 3x1. Finalmente aquela noite foi superada. O Corinthians finalmente ganhou a Libertadores!

O que ocorreu nestes 6 anos foi o que eu falava já naquela época: o clube teve que atingir o fundo do poço (com a queda para a segunda divisão em 2007) para mudar sua ideologia. O problema era a administração do clube, com Dualib, que havia ganho muita coisa mas nos últimos anos tinha perdido a mão e só pensava em roubar e abusar do Corinthians. As coisas estavam todas erradas e o clube deixou de ser um time para ser uma plataforma financeira de negociatas e transações.

Não que o André Sanches e o atual Mario Gobbi sejam perfeitos. Mas eles mudaram a mentalidade da administração, que se espelhou dentro de campo: continuidade do trabalho com Mano Menezes e depois com o Tite mesmo após a queda diante do Tolima em 2011. Esqueçamos a rápida e pífia passagem do Adilson Batista. Ele foi tapa-buracos de fato e sua rápida remoção foi benéfica para todos e demonstração do reconhecimento da necessidade de correção de rumo.

Finalmente o clube entendeu que precisava montar um time e não apenas contratar jogadores de nome para fazer notícia. E times campeões são feitos assim: com união e doação. O time deu o sangue o tempo todo. E se não jogou bonito em muitas partidas, jogou com raça, que para o corinthiano é o que mais importa. Cada um honrou a camisa e espelhou o que de mais corinthiano há: lutar até o fim.

Foi um time de operários, onde cada um contribuiu igualmente para a conquista. Emerson fez os dois gols da vitória, mas ele não teria feito isso se os demais jogadores não tivessem feito o que fizeram neste e nos jogos anteriores. Paulinho, Castan, Romarinho, Cássio, André Santos, Chicão, Jorge Henrique, Alex, Ralf, Danilo... todos foram fundamentais em momentos importantes. E é claro, Tite, que montou a equipe e conseguiu fazer deles, de fato, um time: unido, amigo, comprometido, rotativo, guerreiro. A vitória foi literalmente do time.

Finalmente as piadas cessarão (pelo menos hoje, amanhã já não sei).

Resta torcer para que a administração do clube não se esqueça jamais do que fez o clube ganhar essa competição, da simplicidade e doação, da continuidade do trabalho, da paciência e perseverança, da humildade em reconhecer os erros e da coragem de corrigí-los. Da união e doação. Da formação de um grupo.

Vejamos agora no mundial de clubes. Torcida é o que não faltará!

VAI CORINTHIANS!!!

28 de junho de 2012

DANDO IMPORTÂNCIA AO QUE É IMPORTANTE

"POR FAVOR USE UM SILENCIADOR
NA BIBLIOTECA, SR."
Os fariseus e alguns dos mestres da lei, vindos de Jerusalém, reuniram-se a Jesus e viram alguns dos seus discípulos comerem com as mãos "impuras", isto é, por lavar. ( Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar as mãos cerimonialmente, apegando-se, assim, à tradição dos líderes religiosos. Quando chegam da rua, não comem sem antes se lavarem. E observam muitas outras tradições, tais como o lavar de copos, jarros e vasilhas de metal. )

Então os fariseus e os mestres da lei perguntaram a Jesus: "Por que os seus discípulos não vivem de acordo com a tradição dos líderes religiosos, em vez de comerem o alimento com as mãos ‘impuras’? "

Ele respondeu: "Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’. Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens".

E disse-lhes: "Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira para pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecer às suas tradições!
Marcos 7:1-9

O ser humano gosta de se prender a coisas pequenas que ele mesmo inventa, acreditando que elas são grandiosas. O desejo de Deus e a mensagem de Jesus são de uma simplicidade incríveis, mas gostamos de criar adendos e enfeites. É dar importância justamente ao que não é importante. Como já disse antes, o ser humano só sabe dar valor ao que é complexo. A simplicidade é sistematicamente desvalorizada em praticamente todas as esferas porque a simplicidade promove o entendimento e não é interesse de muitos que haja entendimento. As pessoas querem ser desafiadas intelectualmente, mas não entendem que Deus, ao mesmo tempo que é o grande mistério do Universo, é também sua solução, e que Ele não deseja nos desafiar, mas sim nos amar e salvar de nós mesmos.

Deus não quer de nossa parte nenhuma religiosidade. Não espera e nem deseja que adotemos atitudes ritualísticas com Ele. Dogmas, tradições e rituais dos mais diversos são invenções humanas, não divinas. Tentativas de compreensão e principalmente de controle de uma situação (ou pessoas). Obviamente desnecessárias já que o relacionamento que Deus deseja ter conosco é, como disse antes, simples demais. Sem intermediários. É amor, comportamento, motivação. É se importar. É aquilo que nos leva a fazer o que fazemos. É a centelha que nos impulsiona adiante e o que da significado a tudo. É desprendimento e doação. É Jesus.

A força cultural do ser humano é uma coisa natural, uma manifestação de nossa criatividade natural dada por Deus e impulsionada por necessidades psicológicas naturais do ego, junto a necessidade de realização de inúmeras tarefas na vida, como comunicar-se, comer, dormir, trabalhar, estudar, se divertir. Vivenciá-las não é portanto errado. Mas dar a elas características divinas e dotá-las com autoridade religiosas é.

No trecho citado no início desta reflexão, os fariseus acham que o fato das pessoas não lavarem as mãos antes de comer fazem delas menores do que eles próprios perante Deus, já que não obsevam uma regra que eles inventaram. É um exemplo bastante simplista que pode ser expandido a muitas outras situações onde uma pessoa julga a outra com seu peso e medida particulares. Coisa que Jesus condena.

Lavar as mãos naquele caso não era algo errado (pelo contrário, é higiênico e faz bem a saúde) mas o fato de lavá-la ou não não possui absolutamente nenhuma relevância para Deus quanto ao nosso relacionamento pessoal com Ele.

O que Jesus condena com veemência é essa troca de valores: darmos mais importância para essas besteiras que inventamos do que ao núcleo simples de ensinamentos e práticas Ele mesmo nos dá, o que é obviamente loucura, pois o que somos e podemos fazer que sequer chegue perto deas coisas que Deus nos provê?

Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera. Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça e dos que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; neles há eternidade, para que sejamos salvos? Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam. E já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas iniqüidades.
Isaías 64:4-7


Buscar cada vez mais separar a doutrina dos homens da doutrina de Jesus é minha meta. Me importar, seguir e viver esta doutrina de Cristo o melhor que eu puder, minha oração e desejo concientes.

27 de junho de 2012

INERRÂNCIA BÍBLICA


O texto a seguir é um trecho da Declaração de Chicago sobre a Inerrância Bíblica de 1978, cuja integra encontrei no site Monergismo (http://www.monergismo.com/textos/credos/declaracao_chicago.htm), onde por sua vez possui as devidas citações da fonte da declaração e seu propósito.

Todos os destaques aqui presentes foram adicionados por mim nos trechos que achei mais relevantes. Recomendo a leitura completa e que você tire suas próprias conclusões.

Artigo II.

Afirmamos que as Sagradas Escrituras são a suprema norma escrita, pela qual Deus compele a consciência, e que a autoridade da Igreja está subordinada à das Escrituras.

Negamos que os credos, concílios ou declarações doutrinárias da Igreja tenham uma autoridade igual ou maior do que a autoridade da Bíblia.


Criação, Revelação e Inspiração

O Deus Triúno, que formou todas as coisas por Sues proferimentos criadores e que a tudo governa pela Palavra de Sua vontade, criou a humanidade à Sua própria imagem para uma vida de comunhão consigo mesmo, tendo por modelo a eterna comunhão da comunicação dentro da Divindade. Como portador da imagem de Deus, o homem deve ouvir a Palavra de Deus dirigida a ele e reagir com a alegria de uma obediência em adoração. Além da auto-revelação de Deus na ordem criada e na seqüência de acontecimentos dentro dessa ordem, desde Adão os seres humanos têm recebido mensagens verbais dEle, quer diretamente, conforme declarado nas Escrituras, quer indiretamente na forma de parte ou totalidade das próprias Escrituras.

Quando Adão caiu, o Criador não abandonou a humanidade ao juízo final, mas prometeu salvação e começou a revelar-Se como Redentor numa seqüência de acontecimentos históricos centralizados na família de Abraão e que culminam com a vida, morte, ressurreição, atual ministério celestial e a prometida volta de Jesus Cristo. Dentro desse arcabouço, de tempos em tempos Deus tem proferido palavras específicas de juízo e misericórdia, promessa e mandamento, a seres humanos pecaminosos, de modo a conduzi-los a um relacionamento, uma aliança, de compromisso mútuo entre as duas partes, mediante o qual Ele os abençoa com dons da graça, e eles O bendizem numa reação de adoração. Moisés, que Deus usou como mediador para transmitir Suas palavras a Seu povo à época do êxodo, está no início de uma longa linhagem de profetas em cujas bocas e escritos Deus colocou Suas palavras para serem entregues a Israel. O propósito de Deus nesta sucessão de mensagens era manter Sua aliança ao fazer com que Seu povo conhecesse Seu Nome, isto é, Sua natureza, e tantos preceitos quanto os propósitos de Sua vontade, quer para o presente, que para o futuro. Essa linhagem de porta-vozes proféticos da parte de Deus culminou em Jesus Cristo, a Palavra encarnada de Deus, sendo Ele um profeta (mais do que um profeta, mas não menos do que isso), e nos apóstolos e profetas da primeira geração de cristãos. Quando a mensagem final e culminante de Deus, Sua palavra ao mundo a respeito de Jesus Cristo, foi proferida e esclarecida por aqueles que pertenciam ao círculo apostólico, cessou a seqüência de mensagens reveladas. Daí por diante, a Igreja devia viver e conhecer a Deus através daquilo que Ele já havia dito, e dito para todas as épocas.

No Sinai, Deus escreveu os termos de Sua aliança em tábuas de pedra, como Seu testemunho duradouro e para ser permanentemente acessível, e ao longo do período de revelação profética e apostólica levantou homens para escreverem as mensagens dadas a eles e através deles, junto com os registros que celebravam Seu envolvimento com Seu povo, além de reflexões éticas sobre a vida em aliança e de formas de louvor e oração em que se pede a misericórdia da aliança. A realidade teológica da inspiração na elaboração de documentos bíblicos corresponde à das profecias faladas: embora as personalidades dos escritores humanos se manifestassem naquilo que escreveram, as palavras foram divinamente dadas. Assim, aquilo que as Escrituras dizem, Deus diz; a autoridade das Escrituras é a autoridade de Deus, pois Ele é seu derradeiro Autor, tendo entregue as Escrituras através das mentes e palavras dos homens escolhidos e preparados, os quais, livre e fielmente, "falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21). Deve-se reconhecer as Escrituras Sagradas como a Palavra de Deus em virtude de sua origem divina.


Autoridade: Cristo e a Bíblia

Jesus Cristo, o Filho de Deus, que é a Palavra (Verbo) feita carne, nosso Profeta, Sacerdote e Rei, é o Mediador último da comunicação de Deus ao homem, como também o é de todos os dons da graça de Deus. A revelação dada por Ele foi mais do que verbal; Ele também revelou o Pai mediante Sua presença e Seus atos. Suas palavras, no entanto, foram de importância crucial, pois Ele era Deus, Ele falou da parte do Pai, e Suas palavras julgarão ao todos os homens no último dia.

Na qualidade de Messias prometido, Jesus Cristo é o tema central das Escrituras. O Antigo Testamento olhava para Ele no futuro; o Novo Testamento olha para trás, ao vê-lo em Sua primeira vinda, e para frente em Sua segunda vinda. As Escrituras canônicas são o testemunho divinamente inspirado e, portanto, normativo, a respeito de Cristo. Deste modo, não é aceitável alguma hermenêutica em que Cristo não seja o ponto central. Deve-se tratar as Escrituras Sagradas como aquilo que são em essência: o testemunho do Pai a respeito do Filho encarnado.

Parece que o cânon do Antigo Testamento já estava estabelecido à época de Jesus. Semelhantemente, o cânon do Novo Testamento está encerrado na medida em que nenhuma nova testemunha apostólica do Cristo histórico pode nascer agora. Nenhuma nova revelação (distinta da compreensão que o Espírito dá acerca da revelação existente) será dada até que Cristo volte. O cânon foi criado no princípio por inspiração divina. A parte da Igreja foi discernir o cânon que Deus havia criado, não elaborar o seu próprio cânon. Os critérios relevantes foram e são: autoria (ou Sua confirmação), conteúdo e o testemunho confirmador do Espírito Santo.

A palavra cânon, que significa regra ou padrão, é um indicador de autoridade, o que significa o direito de governar e controlar. No cristianismo a autoridade pertence a Deus em Sua revelação, o que significa, de um lado, Jesus Cristo, a Palavra viva, e, de outro, as Sagradas Escrituras, a Palavra escrita. Mas a autoridade de Cristo e das Escrituras são uma só. Como nosso Profeta, Cristo deu testemunho de que as Escrituras não podem falhar. Como nosso Sacerdote e Rei, Ele dedicou Sua vida terrena a cumprir a lei e os profetas, até ao ponto de morrer em obediência às palavras da profecia messiânica. Desta forma, assim como Ele via as Escrituras testemunhando dEle e de Sua autoridade, de igual modo, por Sua própria submissão às Escrituras, Ele testemunhou da autoridade delas. Assim como Ele se curvou diante da instrução de Seu Pai dada em Sua Bíblia (nosso Antigo Testamento), de igual maneira Ele requer que Seus discípulos assim o façam, todavia não isoladamente, mas em conjunto com o testemunho apostólico acerca dEle, testemunho que ele passou a inspirar mediante a Sua dádiva do Espírito Santo. Desta maneira, os cristãos revelam-se servos fiéis de seu Senhor, por se curvarem diante da instrução divina dada nos escritos proféticos e apostólicos que, juntos, constituem nossa Bíblia.

Ao confirmarem a autoridade um do outro, Cristo e as Escrituras fundem-se numa única fonte de autoridade. O Cristo biblicamente interpretado e a Bíblia centralizada em Cristo e que O proclama são, desse ponto de vista, uma só coisa. Assim como a partir do fato da inspiração inferimos que aquilo que as Escrituras dizem, Deus diz, assim também a partir do relacionamento revelado entre Jesus Cristo e as Escrituras podemos igualmente declarar que aquilo que as Escrituras dizem, Cristo diz.


Infalibilidade, Inerrância, Interpretação

As Escrituras Sagradas, na qualidade de Palavra inspirada de Deus que dá testemunho oficial acerca de Jesus Cristo, podem ser adequadamente chamadas de infalíveis e inerrantes. Estes termos negativos possuem especial valor, pois salvaguardam explicitamente verdades positivas.

Infalível significa a qualidade de não desorientar nem ser desorientado e, dessa forma, salvaguarda em termos categóricos a verdade de que as Santas Escrituras são uma regra e um guia certos, seguros e confiáveis em todas as questões.

Semelhantemente, inerrante significa a qualidade de estar livre de toda falsidade ou engano e, dessa forma, salvaguarda a verdade de que as Santas Escrituras são totalmente verídicas e fidedignas em todas as suas afirmações.

Afirmamos que as Escrituras canônicas sempre devem ser interpretadas com base no fato de que são infalíveis e inerrantes. No entanto, ao determinar o que o escritor ensinado por Deus está afirmando em cada passagem, temos de dedicar a mais cuidadosa atenção às afirmações e ao caráter do texto como sendo uma produção humana. Na inspiração Deus utilizou a cultura e os costumes do ambiente de seus escritores, um ambiente que Deus controla em Sua soberana providência; é interpretação errônea imaginar algo diferente.

Assim, deve-se tratar história como história, poesia como poesia, e hipérbole e metáfora como hipérbole e metáfora, generalização e aproximações como aquilo que são, e assim por diante. Também se deve observar diferenças de práticas literárias entre os períodos bíblicos e o nosso: visto que, por exemplo, naqueles dias, narrativas são cronológicas e citações imprecisas eram habituais e aceitáveis e não violavam quaisquer expectativas, não devemos considerar tais coisas como falhas, quando as encontramos nos autores bíblicos. Quando não se esperava nem se buscava algum tipo específico de precisão absoluta, não constitui erro o fato de ela existir. As Escrituras são inerrantes não no sentido de serem totalmente precisas de acordo com os padrões atuais, mas no sentido de que validam suas afirmações e atingem a medida de verdade que seus autores buscaram alcançar.

A veracidade das Escrituras não é negada pela aparição, no texto, de irregularidades gramaticais ou ortográficas, de descrições fenomenológicas da natureza, de relatos de afirmações falsas (por exemplo, as mentiras de Satanás), ou as aparentes discrepâncias entre uma passagem e outra. Não é certo jogar os chamados fenômenos das Escrituras contra o ensino da Escritura sobre si mesma. Não se devem ignorar aparentes incoerências. A solução delas, o­nde se possa convincentemente alcança-las, estimulará nossa fé, e, o­nde no momento não houver uma solução convincente disponível, significativamente daremos honra a Deus, por confiar em Sua garantia de que Sua Palavra é verdadeira, apesar das aparências em contrário, e por manter a confiança de que um dia se verá que elas eram enganos.

Na medida em que toda a Escritura é o produto de uma só mente divina, a interpretação tem de permanecer dentro dos limites da analogia das Escrituras e abster-se de hipóteses que visam corrigir uma passagem bíblica por meio de outra, seja em nome da revelação progressiva ou do entendimento imperfeito por parte do escritor inspirado.

Embora as Sagradas Escrituras em lugar algum estejam limitadas pela cultura, no sentido de que seus ensinos carecem de validade universal, algumas vezes estão culturalmente condicionadas pelos hábitos e pelas idéias aceitas de um período em particular, de modo que a aplicação de seus princípios, hoje em dia, requer um tipo diferente de ação (por exemplo, na questão do corte de cabelo e do penteado das mulheres, cf. 1 Co 11).


Ceticismo e Crítica

Desde a Renascença, e mais especificamente desde o Iluminismo, têm-se desenvolvido filosofias que envolvem o ceticismo diante das crenças cristãs básicas. É o caso do agnosticismo, que nega que Deus seja cognoscível; do racionalismo, que nega que Ele seja incompreensível; do idealismo, que nega que Ele seja transcendente; e do existencialismo, que nega a racionalidade de Seus relacionamentos conosco. Quanto esses princípios não bíblicos e antibíblicos infiltram-se nas teologias do homem a nível das pressuposições, como freqüentemente acontecem hoje em dia, a fiel interpretação das Sagradas Escrituras torna-se impossível.


Transmissão e Tradução

Uma vez que em nenhum lugar Deus prometeu uma transmissão inerrante da Escritura, é necessário afirmar que somente o texto autográfico dos documentos originais foi inspirado e manter a necessidade da crítica textual como meio de detectar quaisquer desvios que possam ter se infiltrado no texto durante o processo de sua transmissão. O veredicto dessa ciência é, entretanto, que os textos hebraicos e grego parecem estar surpreendentemente bem preservados, de modo que temos amplo apoio para afirmar, junto com a Confissão de Westminster, uma providência especial de Deus nessa questão e em declarar que de modo algum a autoridade das Escrituras corre perigo devido ao fato de que as cópias que possuímos não estão totalmente livres de erros.

Semelhantemente, tradução alguma é perfeita, nem pode sê-;p, e todas as traduções são um passo adicional de distanciamento dos autographa. Porém, o veredicto da lingüística é que pelo menos os cristãos de língua inglesa estão muitíssimo bem servidos na atualidade com uma infinidade de traduções excelentes e não têm motivo para hesitar em concluir que a Palavra verdadeira de Deus está ao seu alcance. Aliás, em vista da freqüente repetição, nas Escrituras, dos principais assuntos de que elas tratam e também em vista do constante testemunho do Espírito Santo a respeito da Palavra e através dela, nenhuma tradução séria das Santas Escrituras chegará a de tal forma destruir seu sentido, a ponto de tornar inviável que elas façam o seu leitor "sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2 Tm 3.15).


Inerrância e Autoridade

Ao confiarmos que a autoridade das Escrituras envolve a verdade total da Bíblia, estamos conscientemente nos posicionando ao lado de Cristo e de Seus apóstolos, aliás, ao lado da Bíblia inteira e da principal vertente da história da igreja, desde os primeiros dias até bem recentemente. Estamos preocupados com a maneira casual, inadvertida e aparentemente impensada como uma crença de importância e alcance tão vastos foi por tantas pessoas abandonada em nossos dias.

Também estamos cônscios de que uma grande e grave confusão é resultado de parar de afirmar a total veracidade da Bíblia, cuja autoridade as pessoas professam conhecer. O resultado de dar esse passo é que a Bíblia que Deus entregou perde sua autoridade e, no lugar disso, o que tem autoridade é uma Bíblia com o conteúdo reduzido de acordo com as exigências do raciocínio crítico das pessoas, sendo que, a partir do momento em que a pessoa deu início a essa redução, esse conteúdo pode em princípio ser reduzido mais e mais. Isto significa que, no fundo, a razão independente possui atualmente a autoridade, em oposição ao ensino das Escrituras. Se isso não é visto e se, por enquanto, ainda são sustentadas as doutrinas evangélicas fundamentais, as pessoas que negam a total veracidade das Escrituras podem reivindicar uma identidade com os evangélicos, ao mesmo tempo em que, metodologicamente, se afastaram da posição evangélica acerca do conhecimento para um subjetivismo instável, e não acharão difícil ir ainda mais longe.