LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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29 de abril de 2009

ADEUS AO MEU CONTRA-BAIXO

Hoje eu vendi meu contra-baixo. Um Eagle. Havia comprado-o em 2002, quando fiquei desempregado e comecei a fazer aulas de música para tocar na igreja aonde estava na ocasião.

Tanto tempo depois, o retrospecto: nunca toquei na igreja (nem naquela e nem em outra qualquer). Nunca toquei em uma banda. Toquei poucas vezes com mais alguma pessoal. Em tantos anos, acho que foram 2 vezes.

Perdi a motivação com ele há bastante tempo. E não há coisa mais chata do que tocar contra-baixo sozinho. Ele estava em casa, tomando pó, se deteriorando. Vendi para uma aluna de minha esposa, que toca na igreja dela, que toca em banda, que está super empolgada porque tocava com um baixo emprestado até hoje. Agora vai tocar com o dela. O baixo vai gostar, porque vai ser usado pra valer a partir de hoje.

Vendi tudo para ela, e diga-se de passagem, bem barato. Foi o baixo com correia, 2 cabos (um com pontas banhadas a ouro), um cubo amplificado para baixo (um AC/WORKS que ta bom pra começar a estudar), um suporte/pedestal para o baixo, uma capa e um afinador digital, tudo pelo preço de um baixo de marca simples novo. Mais todas as tablaturas e partituras que eu tinha, e os livros e métodos. Me livrei de tudo, e ela adquiriu um kit iniciante completíssimo.

Deu dó, é claro. Senti um aperto no coração. Mas eu preciso de dinheiro no momento, e já estava pensando em me desfazer do baixo faz anos. Era a hora. Na verdade percebi depois de algum tempo que havia comprado o baixo que tocar não é algo para o qual eu tenha muita aptidão, apesar de perceber que com prática eu tocaria até que bem. Acho que música em geral não é e nunca foi a minha praia. E para ser sincero ainda não sei qual é a minha praia. Continuo navegando em busca dela. Acho que realmente é escrever. Saberei nos próximos anos, já que continuo com este sonho maluco de escrever livros. Ainda estou trabalhando (e muito) no meu.

O contra-baixo foi mais um sonho frustrado dentre tantos que já tive. Mas é um sonho frustrado do qual me livrei da lembrança constante que tinha ao entrar em meu escritório. Acho que será uma coisa a menos para me lamentar e me culpar todos os dias.

28 de abril de 2009

O PARADOXO DO SUICÍDIO

Fico pensando sobre a questão do suicídio na Bíblia. Minha opinião a respeito de um certo número de assuntos vem mudando de acordo com o tempo, pois venho ficando mais experiente ao passar por situações e momentos novos. Este é um deles.

Eu ando deprimido há um bom tempo. Mais tempo do que eu gostaria de admitir. Pensando mais claramente, fazem, acho, alguns anos que venho descendo por uma espiral rumo ao ralo do colapso mental. Nos últimos meses as coisas tem entrado em um momento de convergência, aonde tudo parece que aconteceu ao mesmo tempo e minha mente simplesmente não agüentou mais a pressão e o dique arrebentou.

A verdade é que, na minha cabeça pelo menos, as coisas andam muito ruins. O Universo parece ser mal e pesado. Fazer as pequenas coisas diárias que eu faço desde há muito tempo, como levantar da cama para enfrentar um dia de trabalho, é penosamente insuportável. Até as coisas que antes me davam prazer parecem ter perdido o sabor, e hoje me chateiam. Não é a toa que comecei a fazer terapia.

Diante dessa depressão, desta apatia, o que meu cérebro tem feito é me instigar a não desejar a morte, mas sim a inexistência.

Viver, em certos momentos, é tão insuportável, machuca e desespera tanto que simplesmente quero não existir. Só que existo, e ai meu cérebro começa a divagar em busca de meios para se atingir a não existência. E devaneios de me atirar de cima de um prédio bem alto começaram a florescer em minha imaginação e parecer romanticamente aceitáveis.

Nestes momentos uso minha boa e velha mente racional para me dizer: isso é um problema emocional, e me matar ou fazer qualquer besteira dessas não resolve a questão em si. E ai eu continuo a viver. Triste, deprimido e cansado, mas continuo a viver. “Ainda estou vivo, seus bastardos”, como disse o personagem de Steve McQueen em Papillon.

Então, quando eu ouço pessoas falando que suicidas não tem Jesus no coração ou que são pessoas covardes, fracas e com pouca temperança ou pouca fé (ou seja, de caráter fraco) antes eu concordava, mas agora reflito sobre o drama que se passa dentro de cada mente, de cada coração.

Se a depressão é uma doença e esta doença é causada em sua maioria pela pressão social que temos e pela criação que a pessoa teve (que fez ela ser quem é, ou seja, faz parte das estruturas de seu ser que, se mudadas, podem fazer com que todo o prédio de sua personalidade desmoronem), e se a doença faz a pessoa se matar, ela realmente se matou ou foi assassinada pela causadora da doença? Uma pessoa desenvolve câncer no cérebro, e o tumor a leva a ter surtos aonde acaba se matando. Ela é culpada pelo próprio suicídio?

Viver é uma experiência única para cada pessoa. A realidade é percebida por cada um de maneiras diferentes, com nuances distintas. Daí tantas religiões, filosofias... Cada pessoa sente apenas suas dores, e só ela sabe o quanto aquilo dói para ela. Cada um tem seus limites. E se para uma pessoa um tipo de vida é vivida sem problemas, para outra aquele mesmo tipo de vida é insuportável a ponto de ela desejara morte.

Apesar de desejar em alguns momentos a minha não existência, sei que isso não é saudável, e por isso procurei ajuda. E se ainda não tive uma melhora, sei que ela demanda tempo.

Sei também que se estou agüentando até aqui é devido a criação que meus pais me deram e ao temor que tenho por Deus, que é a única real salvação desta situação. Porque ainda reconheço a vida como o maior dom que Deus pode dar a alguém, por pior que a pessoa ache que seja, afinal você não pode fazer NADA sem vida, não é mesmo?

Mas não se pode diminuir o fato de que doenças de cunho físico ou emocional levam as pessoas a tirar sua vidas. E nem por isso imagino que Deus vá condená-las ao inferno. Ai entra o paradoxo, pois a Bíblia é clara ao dizer que suicidas não entrarão no reino dos céus. Mas eu digo que uma pessoa inescrupulosa que renega a Deus durante toda a sua vida com seus atos é tão ou mais suicida quanto alguém que se joga de cima da ponte. Se matar pode ser um ato de desespero, mas renegar a Deus em uma longa vida é muito pior.

Podemos suportar aflições tremendas pedindo forças a Deus? Podemos! Mas até quando o desespero é tão imenso e cresce tanto em nossas mentes e corações a ponto de nada mais importar? Mesmo quando nossa capacidade de orar e de pensar em Deus está comprometida por uma situação emocional grave e descontrolada, como um desequilíbrio neuroquímico dos nossos neurotransmissores?

Deus não nos dá fardos maiores do que aqueles que podemos carregar, mesmo que tenhamos que nos ajoelhar e pedir a Ele capacitação para tal. Mas as vezes o peso é tão insuportável para nós que algo ocorre em nossas mentes, e como vidro, nos quebramos internamente em milhões de pedaços. Não é que não sejamos capazes de carregar o fardo, mas algo nos faz fracos ou nos faz acreditar que somos fracos.

Sei a resposta dos defensores da doutrina (e a palavra defensor aqui é usada de maneira bastante neutra). Se a pessoa se quebra, é porque não buscou a Deus antes, ou seja, é responsável por seus atos e conseqüências de seu pecado. Mas agora que estou passando por um momento como este, o qual Jesus tem me ajudado a enfrentar mas que nem por isso deixa de ser difícil, me pergunto até qual ponto um suicida pode ser condenado à morte eterna simplesmente por não ter suportado sua própria dor.

Não busco justificar o ato do suicídio. Ele causa, além da óbvia morte de quem o comete, muita dor a aqueles que amam tal pessoal. Não vejo, racionalmente falando (porque emocionalmente são outros 500 neste momento) nenhuma vantagem ou benefício no suicídio. Mas gostaria que as pessoas entendessem (e ajudassem) quem passa por momentos como este, por situações, dores e lutas como estas sem acusá-la de fraqueza, sem meter o dedo na sua cara e apontar defeitos, o que só piora a situação.

O mundo precisa urgentemente de humanos de verdade. O mundo precisa urgentemente de amor real. O mundo precisa ser mais mundo. O mundo precisa mudar. O mundo precisa de Deus. Deus de verdade, de mudanças reais na mente e coração das pessoas. De alteração da realidade, de mudança da natureza humana, se salvação. Por isso oro, por mais sobrenatural que possa ser.

23 de abril de 2009

CARTA ABERTA AOS JORNALISTAS BRASILEIROS

Carta aberta aos jornalistas brasileiros
por Arnaldo Jabor
Estadão de 21/04/2009


Prezados jornalistas,

Escrevo estas mal traçadas linhas porque não suporto mais ver vocês perdendo tempo ao criticar o Senado e a Câmara. Está na hora de alguém (no caso, eu) mostrar como vocês são ingênuos, esquemáticos e (por que não dizê-lo?) burros. Ficam reclamando nos jornais e TV que os parlamentares têm verbas sem fim, dezenas de assessores, notas fiscais falsas, aviões para as amantes, roubalheiras com empreiteiras e outras minúcias. Vocês, jornalistas, não entenderam ainda que o mundo de um deputado ou senador é diferente do mundo humano? Vocês não sabem o que é a mente de um deputado.

Nós somos escolhidos entre os mais espertos dentre os mais rombudos e boçais. A estupidez nos fornece uma estranha forma de inteligência, uma rara esperteza para golpes sujos e sacos puxados. Nós somos fabricados entre angus e feijoadas do interior, em favores de prefeituras, em pequenos furtos municipais, em conluios perdidos nos grandes sertões. Nós somos a covardia, a mentira, a ignorância. Nós somos a torta escultura feita de palha e barro, de gorjetas, de sobras de campanha, de canjica de aniversários e água benta de batismos.

Para nós, "interesse nacional" não existe.

Querem o quê? Que pensemos no interesse de um ?grande Outro? que não conhecemos? Ora, poupem-nos! Isso não existe dentro deste Congresso - só na imaginação de um ou outro parlamentar intelectual, que se sente aqui como donzela em puteiro. Estamos aqui para lucrar; se não, qual a vantagem da política? Somos uma frente natural contra o ?progresso?. Defendemos o atraso e a lentidão em todas as siglas, do DEM ao PT e, principalmente, no delicioso paraíso de pecados do PMDB, todos unidos contra o tal "interesse nacional".

Nós temos um tempo diferente do vosso. Sabemos que os brasileiros vivem angustiados, com sensação de urgência. Problema deles: apressadinhos comem cru. Este termo "urgência" quer nos transformar em servidores da sociedade civil. Ela é que nos serve.

Que nos interessa a pressa nacional? Nosso conceito de tempo é outro. É doce morar lentamente dentro dessas cúpulas redondas, não apenas para maracutaias tão "coisas nossas" - é um vago sentimento de poesia brasileira. Queremos saber se nosso curralzinho está satisfeito conosco. Temos o direito de viver nosso mandato com mansidão, pastoreando nossos eleitores, sentindo o frisson dos ternos novos, dos bigodes pintados, das amantes nos contracheques, das imunidades para humilhar garçons e policiais. Detestamos que nos obriguem a ?governar?. Não é preguiça - porque gastamos mil horas em comissões e conchavos -, é por amor ao fixo, ao eterno. E preciso confessá-lo: nós temos a fantasia sexual de ?sermos? a sociedade.

Será que vocês não entenderam ainda que nada nos dobrará? Que nós não combinamos bem com estas cúpulas futuristas do Niemeyer, pois só pensamos em preservar o passado? Futuro para nós é mais grana no bolso e mais "pudê", sempre. Será que vocês não sacaram ainda que nós não estamos na Câmara de Londres, nem na França ou USA? Nossa única ?democracia? é um vago amor pelos amigos, uma poética queda para a camaradagem, a troca de favores, sempre com gestos risonhos, abraçando-nos pela barriga, na doce pederastia de uma sociedade secreta. Vocês não imaginam a delícia de serem chamados de "canalhas", o prazer de sentir-se superior a xingamentos, superior à ridícula moralidade de classe média. Nossa única moralidade é vingar-nos de inimigos, cobrar lealdade dos corruptores ativos, exigir pagamentos de propina em dia. Vocês não conhecem a ventura de chegar em casa, com os filhinhos vendo TV, com a grana quentinha no bolso - uma propina gorda de empreiteira. Vocês não sabem o que é bom...

Me dá muito prazer também, escribazinhos de jornal e tagarelas da TV, me dá grande volúpia rir de vossos rostos retorcidos, no afinco de achar o adjetivo que poderia nos desmascarar... Nada nos atinge.

Vocês são uns rancorosos... Têm inveja de nossos privilégios e imunidades, têm inveja de nosso cinismo, de nossa invulnerabilidade.

Às vezes, até acho que fazemos um desafio proposital ao desejo golpista de muitos, para ver até onde os defensores de uma nova ditadura aguentarão nossa falta de vergonha. Por vezes, alguns fracotes têm uns "frissons" de responsabilidade, uns discursos mais acesos, mas tudo se dilui na molenga rotina dos quóruns, nas piadas dos saguões, nas coxas de uma secretária que passa.

O Lula já entendeu tudo... Ele é mais inteligente que vocês. Ele sacou que não adianta nos contestar. Por isso, ele nos usa gostosamente para seus fins pessoais... Grande Lula! Que bem que ele nos fez... Lula nos fez florescer como nunca antes neste país, desde Cabral...

Nós nos refazemos como rabo de lagarto; vejam o Renan, líder do PMDB, vejam Collor, Roriz, Lobões, Maluf, todos regidos pelo grande timoneiro do atraso, o eterno Sarney.

Ouso mesmo dizer que estamos até defendendo uma cultura! O país não se governa apenas por novos slogans da moda; um país são séculos de hábitos e cacoetes sagrados. Vocês sabem o que é a beleza do clientelismo? Sabem o que são séculos de formação ibérica, onde um amigo vale mais que a dura impessoalidade dos cruéis saxões? A amizade é mais importante que esta bobagem de interesse nacional! O que vocês chamam de irresponsabilidade e corrupção do Congresso é a resistência da originalidade brasileira, é a preservação generosa do imaginário nacional!

Há em nós a defesa de 400 anos de patrimonialismo!

E tem mais: tentem esculachar o Congresso... Cuidado!

Sereis chamados de "fascistas", de amigos da ditadura...

A democracia é para nós apenas um pretexto para a zorra absoluta.

Ha-ha-ha!!! Que ironia: nós somos o símbolo da liberdade! Ha-ha-ha.....!!!

Vocês me dão pena... Acham que podem nos atingir... somos eternos.

Desistam logo, idiotas...!

Cordialmente,

Fulano, Beltrano e Sicrano.

Diretor-geral do Atraso, o diretor do Departamento do Baixo Clero e o diretor-geral de Negócios Escusos...

22 de abril de 2009

FARDOS

Muita coisa aconteceu neste feriado. Um turbilhão de emoções, de medos, de alegrias, de constatações frustrantes sobre a vida e sonhos estranhos misturados com tremores e descargas de hormônios e situações de culpa, medo, vergonha, constatação de incapacidade, e sei lá mais o que.

A Bíblia diz que Deus não nos dá fardo maior do que nossa capacidade. Fato. Mas ele nos dá constantemente fardos mais pesados e não raramente insuportáveis. Ele sabe que não agüentamos eles. Mas nos dá assim mesmo. Porque com o peso nossas pernas perdem as forças e nossos joelhos se dobram.

Na dificuldade o ser humano SEMPRE se lembra de Deus e se arrepende.

9 de abril de 2009

SALMOS 55

Tenho vivido meses atribulados como nunca vivi antes. O Salmo 55 representa bem minhas lutas, minhas tristezas, minhas vontades figurativas e minha única esperança, que é minha fé em Deus. Os destaques em negrito são por minha conta:
  1. [Masquil de Davi para o músico-mor, sobre Neginote] Inclina, ó Deus, os teus ouvidos à minha oração, e não te escondas da minha súplica.
  2. Atende-me, e ouve-me; lamento na minha queixa, e faço ruído,
  3. Pelo clamor do inimigo e por causa da opressão do ímpio; pois lançam sobre mim a iniqüidade, e com furor me odeiam.
  4. O meu coração está dolorido dentro de mim, e terrores da morte caíram sobre mim.
  5. Temor e tremor vieram sobre mim; e o horror me cobriu.
  6. Assim eu disse: Oh! quem me dera asas como de pomba! Então voaria, e estaria em descanso.
  7. Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. (Selá.)
  8. Apressar-me-ia a escapar da fúria do vento e da tempestade.
  9. Despedaça, Senhor, e divide as suas línguas, pois tenho visto violência e contenda na cidade.
  10. De dia e de noite a cercam sobre os seus muros; iniqüidade e malícia estão no meio dela.
  11. Maldade há dentro dela; astúcia e engano não se apartam das suas ruas.
  12. Pois não era um inimigo que me afrontava; então eu o teria suportado; nem era o que me odiava que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido.
  13. Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo.
  14. Consultávamos juntos suavemente, e andávamos em companhia na casa de Deus.
  15. A morte os assalte, e vivos desçam ao inferno; porque há maldade nas suas habitações e no meio deles.
  16. Eu, porém, invocarei a Deus, e o SENHOR me salvará.
  17. De tarde e de manhã e ao meio dia orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.
  18. Livrou em paz a minha alma da peleja que havia contra mim; pois havia muitos comigo.
  19. Deus ouvirá, e os afligirá. Aquele que preside desde a antiguidade (Selá), porque não há neles nenhuma mudança, e portanto não temem a Deus.
  20. Tal homem pôs as suas mãos naqueles que têm paz com ele; quebrou a sua aliança.
  21. As palavras da sua boca eram mais macias do que a manteiga, mas havia guerra no seu coração: as suas palavras eram mais brandas do que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas.
  22. Lança o teu cuidado sobre o SENHOR, e ele te susterá; não permitirá jamais que o justo seja abalado.
  23. Mas tu, ó Deus, os farás descer ao poço da perdição; homens de sangue e de fraude não viverão metade dos seus dias; mas eu em ti confiarei.

8 de abril de 2009

CALL OF DUTY 4 - MODERN WARFARE


Faz algum tempo que eu andava namorando dois games para jogar: GTA IV e CALL OF DUTY 4. Este último peguei para jogar semana passada, e é um jogo que me pegou de jeito: jogá-lo é muito bom!

Já havia ouvido falar muito bem dele em sites especializados e de algumas pessoas que conheço. “Call of Duty 4: Modern Warfare” é atualmente o melhor game de guerra que existe. A série da qual este jogo faz parte era focada em batalhas da 2ª Guerra Mundial, mas esta edição se passa na atualidade, com armas e equipamentos de ponta que as tropas usam no Iraque hoje em dia naquele front e na luta contra o terrorismo.

Não tenho muito o que se falar a respeito do enredo, mas sim sobre a jogabilidade. Não é mais você sozinho contra o mundo. Você na verdade está sempre acompanhado de outros militares (capitães, sargentos, tenentes, etc) com os quais realiza as missões, que vão de batalhas abertas na invasão ao Iraque (na pele de militares norte-americanos) até operações especiais contra terroristas no leste europeu (na pele de oficiais ingleses).

O que mais me impressionou é que o jogo tem a capacidade de te transportar para dentro da ação quase como se você estivesse ali. A trilha sonora, os efeitos, a ação ininterrupta, a tensão da batalha, a velocidade... você se comporta como se estivesse mesmo naquela situação tamanha a qualidade do game. E o mais estranho é que, por mais idiota que uma guerra seja, por mais perigosa e insana que esta ação seja, de certa forma eu já sabia mais ou menos o que fazer, AS COISAS PARECIAM NATURAIS.

Não sei se é de tanto ver filme ou se isso realmente é algo inerente ao ser humano (mais precisamente aos homens), mas quando avançamos em um terreno, não preciso esperar que um dos personagens fale o que fazer ou como avançar por ali. Instintivamente já avanço pelos flancos com arma em punho e atenção redobrada. Intercalo o avanço com outros membros da equipe mantendo a retaguarda. Inspeciono o local. Aguardamos. Rastejamos. Estabelecemos perímetros. Em fogo cruzado já sei qual a melhor posição para atirar e me proteger. E por ai vai...

Sei que um soldado é treinado para se comportar desta forma e o faz infinitamente melhor do que eu faria, mesmo porque consegue pensar estando cansado (carregando quilos de equipamento, correndo, levando tiros e colocando sua vida em risco de verdade). Mas de certa forma existe uma naturalidade de ação nesta coisa que me deixou pensando: a guerra é realmente inerente ao ser humano? Somos preparados (por seleção natural ou não) para enfrentar este tipo de situação? Porque gostamos tanto de brincar, quando crianças, de guerrinha (perdi a conta de quantas vezes brinquei disso no quintal da minha casa), ou quando adultos, de paint-ball?

A guerra pode ser idiota, desnecessária, violenta e injustificável. Mas uma coisa ela é: genuína. Não existe diplomacia na guerra, só a real intensão, a verdade nua e crua. Um pais quer uma coisa de outro país, vai lá e a toma pela força, sem políticas, sem arbitragens. É a manifestação mais bruta e real do ser humano, aonde ele pode se comportar como o que realmente é, sem máscaras de civilização ou regras de conduta social. É a vida e a morte no sentido mais básico que conhecemos.

Eu acho que o homem sente falta de coisas básicas em sua vida, pois hoje em dia exigem que tenhamos sofisticação, que vivamos em diversas camadas de máscaras, que engulamos nossos sentimentos mais primais e sejamos praticamente o que não somos. Seria bom que buscássemos coisas básicas que não a guerra. Mas como pode-se ganhar muito dinheiro com elas (inclusive com games), sua cultura não cessará.

1 de abril de 2009

MENTIR É DA NATUREZA HUMANA

Quanto maior o contato social, maior a necessidade de mentir
Da Redação (www.uol.com.br)

Você já mentiu hoje? Segundo inúmeros estudos científicos, contar uma cascata de vez em quando faz parte da natureza humana. Mesmo quem evita mentir acaba omitindo a verdade não apenas uma, mas várias vezes ao dia, segundo pesquisadores.

O motivo pode variar a cada mentira lançada. Sentir-se melhor com a própria imagem, poupar o outro de um fato doloroso, obter alguma vantagem são algumas justificativas. Quanto maior o contato social, maior a necessidade de mentir, é o que indicam estudos.

Veja algumas conclusões de estudos realizados sobre a mentira recentemente:

1) O ato de mentir ou omitir a verdade desencadeia o envio de sangue para o córtex pré-frontal (localizado logo acima das cavidades oculares), que controla vários processos psicológicos, incluindo aquele que ocorre quando uma pessoa inventa uma resposta. É o que descobriu o cientista Sean Spence, professor de psiquiatria adulta geral na University of Sheffield, na Inglaterra, com ajuda de testes com equipamento de ressonância magnética.

Ele sugere que monitorar o fluxo sanguíneo de certas áreas cerebrais pode funcionar melhor que os atuais testes de polígrafo. Mas ele adverte que mais pesquisas são necessárias antes que os fMRIs possam ser utilizados com precisão para determinar a culpa ou inocência de alguém em um caso criminal.

2) O ser humano mente tanto, e com tanta facilidade, simplesmente porque isso funciona. É o que afirma David Livingstone Smith, diretor fundador do New England Institute for Cognitive Science and Evolutionary Psychology e autor do livro "Why we lie: the evolutionary roots of deception and the unconscious mind" (sem tradução no Brasil).

"Como humanos, devemos nos enquadrar em um sistema social fechado para sermos bem-sucedidos, ainda que nosso alvo principal seja nos colocarmos acima de todos os demais. Mentir ajuda. E mentir para nós mesmos - um talento desenvolvido por nosso cérebro - ajuda-nos a aceitar nosso comportamento fraudulento."

3) A mentira considerada patológica pode ter origem em um desequilíbrio raro da substância cerebral, segundo cientistas da Universidade do Sul da Califórnia. A equipe coordenada por Yaling Yang escaneou o cérebro de 12 mentirosos confessos e de outros voluntários que não tinham histórico de mentir compulsivamente. Yang ficou surpresa ao descobrir que o cérebro dos mentirosos tinha 22% a mais de substância branca nas regiões pré-frontais, relacionadas à tomada de decisão e ao discernimento. A substância branca liga os neurônios entre si - que, em conjunto, são chamados de substância cinzenta.

4) Todo mundo mente, sem exceção. Segundo experimento realizado em 1997, pelo psicólogo Gerald Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia, Estados Unidos, até quem se considera sincero diz uma mentirinha a cada oito minutos. Os maiores mentirosos revelados pela pesquisa de Jellison são pessoas com maior número de contatos sociais: vendedores, auxiliares de consultórios médicos, advogados, psicólogos e jornalistas.

Na opinião do psicólogo, a origem de tanta lorota é o fato de que procuramos constantemente desculpas para comportamentos que outros poderiam julgar inadequados. Por isso criamos uma justificativa para o atraso de um trabalho, por exemplo.