LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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28 de abril de 2008

UM INVESTIMENTO NADA ORTODOXO


Minha esposa gosta de tatuagens. Quanto a mim, minha vontade se extinguiu depois dos 20 anos, ao perceber que eu podia viver sem isso e que ainda por cima podia usar o dinheiro que gastaria com coisas mais divertidas, como DVD´s, eletrônicos, cerveja... mas tem gente que não acha isso e prefere a tatuagem.


Infelizmente ainda impera em parte considerável da sociedade um grande preconceito quanto a este tipo de arte. Sim, arte. Algo que é feito e aperfeiçoado pelas mais diversas culturas do mundo a milhares de anos (das mais primitivas às mais avançadas), com técnicas e padrões distintos só pode ser arte. Não quero ficar defendendo nada e nem ninguém, tão pouco falar que tatuagem é uma coisa correta de se fazer. Mas com certeza também não é uma coisa errada. Preconceitos tolos como este já deviam ter sido extirpados do consciente coletivo há muito tempo.


Um dos maiores motivos do porque eu não ostento nenhuma tatuagem em meu corpo é por medo do preconceito em alguma empresa aonde eu por ventura deseje trabalhar algum dia. Ainda bem que eu não tinha dinheiro na época que queria fazer uma, acho que hoje eu me arrependeria, mas sinto que deixei de fazê-la pelos motivos errados e não pelos motivos certos. Deixei de fazer por medo de represálias (dos pais, da sociedade) e não por vontade própria. Neste caso não sei se os fins justificam os meios, mas como disse, ainda bem que eu não a fiz na época.


Se na sociedade a tatuagem é discriminada, no meio cristão é muito mais, e no meio evangélico então as coisas ficam mais complicadas. Minha esposa tem hoje 3 tatuagens, tatuagens estas que de certa forma trouxeram desconforto a ela na igreja e com seus pais. São tatuagens bonitas e delicadas, nada agressivo: um peixe, uma Sailor Moon e um desenho grande que ela mesma fez e que hoje ocupa todo o seu ombro esquerdo. Imagine como as pessoas olhavam para ela na igreja...


Bom, o fato é que minha esposa está descontente em dar aulas no Estado. Ela é artista plástica e dá aula de artes. No Estado as coisas vão de mal a pior, e ela tem tido crises nervosas de tempos em tempos devido a alunos totalmente sem noção, a falta de estrutura, a inversão de valores da administração, etc. Combinamos de que ela ficaria só mais este ano no Estado, quando ela poderá pegar licença sem vencimentos de até 2 anos. E o que fazer neste período? Ficar em casa sem fazer nada é que não, seja pelo lado econômico, seja pelo lado psicológico dela, que como hiperativa, ficaria louca estando parada.


De manhã ela já dá aulas e um SESI na cidade de Valinhos (que ela ama de paixão), e isso eu sei que ela nunca vai querer deixar de fazer. Ficando a parte da tarde livre, ela poderia tentar voltar a dar aulas de inglês (sim, ela é multi-tarefa, fala inglês fluente também), mas isso ia render a ela no máximo 600 pilas por mês. Ai ela me veio com a idéia de fazer aulas de dança do ventre estilo tribal (é, ela é mais muti-tarefa ainda, faz uns 5 anos que ela faz dança do ventre) para se aperfeiçoar e passar a dar aulas. Mas isso também não ia render muito dinheiro e demoraria para recuperar o “investimento”.


Então eu pesquisei algo que ela me disse há algum tempo que gostaria de fazer, mas que morreu ali devido ao custo (e á minha preocupação com a reação de um punhado de pessoas): um curso de tatuador.

Em vista da situação atual, comecei a ver a coisa pelo lado empreendedor e simplesmente deixei de lado a preocupação pela reação das pessoas. O fato é que o curso que eu encontrei para ela é um curso muito bom, on-line (faz em casa) extremamente completo, com teoria e prática, passando por assepsia, fisiologia, psicologia, manutenção de equipamentos e toda a sorte de técnicas de tatuagem em si, dentre várias outras coisas ligadas direta ou indiretamente à tatuagem e às formas de realizá-la de maneira correta e segura. Mandam um kit com todos os equipamentos, máquina de tatuar, agulhas, tintas, etc. Faz avaliações, emite certificados, etc... ou seja, é o mais profissional que encontrei. O valor é de R$900,00, a vista.


O investimento é alto. Não tão alto assim, mas em vista de nossa situação de recém-casados, é alto. Mas pensando em termos empreendedores, notei uma séria de vantagens que, se as coisas derem certo, permitiriam recuperar o investimento em menos de 3 meses depois do curso concluído. O que eu vejo é:


  • Muitos tatuadores não sabem desenhar/Minha esposa desenha bem a beça há anos

  • A maioria absoluta dos tatuadores não tem nenhuma formação artística além da tatuagem/Minha esposa é artista plástica pela Unicamp

  • Quase não existem mulheres tatuadoras/Minha esposa é mulher (ainda bem, se não eu teria levado um susto na lua-de-mel)

  • Uma tatuagem, pequena que seja, sai por pelo menos R$200,00, e eu estimo que o custo para o tatuador deve ser de, no máximo do máximo, 50% deste valor, o que dá uma margem de lucro muito boa com a justificativa totalmente válida de ser um trabalho artesanal, artístico e de forte apelo sentimental


Ela conhece muitas pessoas que gostam de tatuagens, então uma clientela potencial para começar ela teria, se fosse aplicado um preço adequado. Locais (estúdios) para tatuar ela até conseguiria para começar, afinal ela já conhece algumas pessoas por ter começado a desenhar séries de tatuagens uns tempos atrás e ter percorrido muitos estúdios em Campinas para tentar vendê-las.


Ela tem diferencial, potencial, habilidade e o mais importante: paixão pela coisa. Em termos de empreendedorismo, é o que tem mais potencial no momento, e creio que ela se dará muito bem.


Agora, sobre o fato de que muitas pessoas na igreja dizem que a Bíblia fala que tatuagens são pecado... bem, que reflitam sobre o assunto assim como eu e minha esposa temos refletido. Chegamos à conclusão de que não é pecado. Como qualquer coisa na vida, o que importa é o propósito. Dentro desta ótica, para minha esposa, fazer tatuagem é tão pecado quanto passar batom ou delinear os olhos. Com a diferença de que não sai mais. Então maquiagem definitiva deveria ser pecado também, assim como a circuncisão dos judeus, que aliás, seguiam aquela lei a qual muitos se referem na hora de dizer que tatuagem é pecado.

Muitas pessoas demonizam aquilo que não gostam ou que simplesmente não acham correto. Muitas pessoas preferem dizer que a atitude x ou y é pecado porque não gostam dela, ou porque não puderam fazê-la quando queriam porque teve alguém que lhes disse que era pecado, como eles mesmos o fazem agora, sem que eles estudassem, refletissem e ponderassem de maneira imparcial.


Não moldo a realidade do pecado para que se adéqüe à minha vontade. Sei bem quais são os meus pecados, deles me lamento e contra eles travo minha luta. Mas não é porque não tive a oportunidade de fazer uma tatuagem que eu vou alegar que ela é pecado. Porque eu não acho que seja. Se afirmam que nosso corpo é templo de Deus (e eu creio nisso), acho que ai está mais um motivo pára se fazer tatuagens.


Falam que o templo de Deus não precisa de nossa intervenção para ser completo pois Deus o fez completo (e nisso eu creio também), mas se você não fizer exercícios e comer adequadamente e dormir o necessário, este mesmo corpo vai se deteriorar rapidinho. Temos que ser pró-ativos no cuidado com o corpo. Fosse assim, se Deus não quisesse que nós agíssemos em nossos corpos, seriamos todos como o Wolverine, com fator de cura que não permitiria que ficássemos doentes ou que precisássemos de transplantes, vacinas e coisas do tipo.


Não julgo que Deus ache ruins enfeitarmos este templo. Se falam que por mais simples e delicada que seja a tatuagem ela sempre carrega um significado ritualístico, deviam olhar para suas missas, ou até mesmo para nossos cultos. Dizem que o culto não é ritualístico, mas fique sem ir na igreja por três domingos seguidos para ver o que acontece.


Normalmente o “ritual” a que sempre se referem ligado à tatuagem é desenhar na pele algo que tenha um significado na vida da pessoa, uma lembrança ou um acontecimento marcante. Não tem nada a ver com pecado. Se algumas culturas e religiões usavam tatuagens para fins ocultistas ou religiosos, isso não torna a tatuagem má ou errada por si mesma. Fosse assim, a própria escrita seria pecaminosa. Afinal, as mesmas letras e palavras não podem ser usadas para promover coisas erradas como prostituição, adoração a demônios, mortes, guerras e toda sorte de coisas ruins?


Da mesma forma, elas podem e são usadas para falar de Cristo, de coisas boas, de poesia, de beleza e paz e felicidade segundo a vontade de Deus. Não se pode portanto atribuir a uma manifestação artística e/ou cultural ser boa ou maligna. Tudo neste mundo pode ser usado para o bem ou para o mal. Em qual deles, depende de você e de sua fé.



Não defendo e nem incentivo que as pessoas façam tatuagem. Mas quem quer fazer, devia antes refletir o porque, e então, depois de pensar bastante sobre o assunto, fazer ou não.

25 de abril de 2008

OS GRANDES OLHOS NEGROS

Uma informação quase constante a respeito de supostos seres alienígenas são seus olhos grandes e negros, além de seu aspecto humanóide baixo e com uma cabeça desproporcionalmente grande.


Vi um vídeo sobre crianças na África do Sul (cerca de 65, dentre brancas e negras) que estavam em um acampamento e viram, todas ao mesmo tempo, um ovni pousar diante delas e criaturas com estas características saírem do veículo, se aproximando delas e as observando. Os relatos de todas elas eram consistentes e se complementavam, e todas disseram que ficaram com muito medo, principalmente “de seus olhos, eram aterrorizantes”.


O fato de que estes supostos seres dão a entender que não tem pálpebras é estranho, mesmo que muitos animais na Terra também não as tenham (insetos, peixes e algumas espécies de lagartos e anfíbios). Se eles tem olhos tão grandes e negros assim, e não piscam, isso incomoda muito.


Você já ficou diante de alguém que olha para você sem piscar? É incômodo demais! Dá medo e traduzimos como uma afronta ou um aviso de perigo e violência iminentes! Agora, um ser que não pisca e que tem olhos grandes e negros na verdade não transmite nenhuma emoção.


O ser humano se adaptou a “ler” as expressões corporais uns dos outros e até de diversos tipos de animais (todos sabem o que significa um cachorro abanar o rabo ou qual é a posição característica de uma cobra armando o bote).


O ser humano ainda consegue captar, dentre seus semelhantes, informações emocionais ou comportamentais a partir de frágeis nuances a respeito dos olhos. Com seus olhos, os cegos “incomodam” a quem enxerga, já que os olhos cegos se comportam ou se apresentam de uma forma que não pode ser lida muito bem: ou as retinas são brancas ou os olhos movem-se de maneira descontrolada, daí muitos cegos usarem óculos escuros.


Os japoneses desenham figuras humanas ou animais com os olhos maiores, pois é nos olhos que habita boa parte da expressão emocional de um ser vivo (pelo menos nos evoluídos). Um cão pode apresentar um olhar assassino assim como uma pessoa, que se olha para um dado canto dá a entender que e está utilizando-se de imaginação para falar algo (e daí, dá a dica que ou está mentindo ou não sabe do que está falando).


Como diz a sabedoria popular, os olhos são o espelho da alma (isso não vale para os cegos, muitos deles são pessoas maravilhosas). Os olhos são a expressão física de nosso eu etéreo que mais rapidamente se expressa (afinal nos expressamos espiritualmente por meio de atos, palavras e ações também). São também o meio mais difícil de controlar a ponto de ocultar de outras pessoas suas reais intenções, afinal os olhos entregam a maior parte das pessoas, seja um mentiroso que evita olhar para aquele a quem mente, seja o de um apaixonado olhando para quem lhe instiga o amor.


O que se deve esperar quando se vê na sua frente uma criatura com olhos totalmente negros e grandes, fixos em você? O medo é instintivo, afinal não podemos “ler” o que eles são por dentro. E isso assusta, porque o pouco que conseguimos ler naqueles grandes olhos negros é o vazio. Um vazio sentimental, espiritual e emocional. E se eles forem vazios, o que esperar deles? Nem compaixão, nem amizade, nem respeito, nem ódio, nem sadismo, nem nada. Isso assusta demais.


Porque muitas pessoas tem medo destes seres? Devemos fazer uma “mea culpa”... nós aprendemos a conviver bem com outras pessoas menores do que nós, portadores de nanismos? Não muito bem, dado ao preconceito estúpido que à luz da razão humana, deve ser abolido. Conseguimos conviver com detentores de deficiências físicas, como cegos, mudos ou paraplégicos? Conseguimos conviver com portadores de doenças graves como AIDS, hidrocefalia, câncer ou deformidades? E com os que sofrem de distúrbios como síndrome do pânico, ansiedade, transtorno bipolar e neuroses? Negros, asiáticos, índios e brancos conseguem conviver em harmonia e de forma pacífica?


O ser humano é muito, muito estúpido. Não estamos preparados nem para os nossos próprios “diferentes”, quanto mais destes seres tão diferentes assim. Os olhos negros me inspiram pavor e medo, assim como à grande maioria da humanidade. Alguém se julga capaz de lidar bem com este assunto? Eu não.


Como li em uma matéria tempos atrás, qualquer pessoa que tenha um mínimo de inteligência faria todo o possível para passar sua vida sem nunca chegar perto de um ovni ou de um contato imediato. Eu estou neste time. Não sei o que querem e o pouco que consigo “ler” não é nada bom. Se querem que as pessoas não tenham medo, deviam se expressar de tal forma que pudéssemos compreendê-los. Mas isso não vai ocorrer, pelo menos não até 2012, como muitos dizem...

22 de abril de 2008

NINJA URBANO CRISTÃO E ESTRESSADO

Por que “ninja urbano”, você deve se perguntar ao ver o banner que uso atualmente neste blog. O que viria a ser um ninja urbano? “Cristão” e “estressado” você sabe o que é, assim como o que é um ninja. Porém, um ninja urbano...?


Ano passado criei este termo para me auto-denominar em uma história auto-biográfica com toques de insanidade e no-sense. Um sujeito que se esgueirava à sombra das coisas deste mundo, oculto, silencioso, que nunca chama a atenção para si, que passa desapercebido, quase invisível, por onde quer que vá.


Um ninja urbano, então, é alguém como eu. Uma pessoa que vive na cidade, que tem fobia de insetos, aracnídeos, cobras e outros animais peçonhentos, que detesta fazer exercícios cujo único propósito é manter a saúde (daí sua relação de amor e ódio com as artes marciais), e que abomina a luz do Sol, porque a mesma é quente demais para ele.


É alguém silencioso, que não gosta de falar muito, que aprecia o silêncio e a paz, que se oculta na selva de pedra das cidades em busca daquilo que todo ninja urbano procura: uma vida tranqüila e uma morte digna (de preferência, dormindo).


Vida tranqüila na cidade é uma dicotomia. Não é possível viver em paz morando em condomínios com paredes finas, ou com vizinhos barulhentos. A própria cidade tem seu ruído constante, e seu agito impede o ninja urbano de atingir seus objetivos. Ele então fica estressado, e se torna um ninja urbano estressado.


Sua conversão ao cristianismo ocorreu durante a busca por seus objetivos. Em termos práticos o cristianismo não subtraiu nada (ou quase), apenas agregou valores para continuar sua missão com mais afinco. Ele se tornou um ninja urbano cristão e estressado.


Hoje o ninja só preserva sua natural habilidade para a arte das sombras, que é se locomover quase que invisível por onde quer que vá, revelando-se apenas a quem quer e quando quer. O ninja não é chato ou metido, é apenas seletivo e capaz de uma grande auto-avaliação, determinando quem gostaria de vê-lo ou não.


Ele continua em sua missão, mas já não chuta tão alto, nem é tão rápido, e sua barriga é grande devido à cerveja e à comida que utiliza para controlar seu estresse. Sua luta agora é na arena dos pensamentos e nas selvas espirituais. Nestes locais não há como se esconder nas sombras. Neste lugar, o ninja tem que se expor totalmente, quer queira ou não.

18 de abril de 2008

50ª POSTAGEM

Este é o 50º post desta versão do 4UGOD. Para comemorar, uma análise: as tendências dos visitantes deste blog são interessantes tanto na questão tecnológica quanto qualitativa referente ao conteúdo, assim como no ajuste de meta-tags:

S.O./O.S.......: Windows XP (91,11%)
Browser........: Internet Explorer (49,24%) e Firefox (47,52%)
Suporte a Java.: 99,57%
Suporte a Flash: 98,92%
Tempo médio....: 02m58s
Linguagem......: PT-BR (65,87%), EN (24,19%)
Assuntos.......: MRV (17,50%), Kidults (4,97%), andorinha (4,75%), zeitgeist (3,24%)
Origem.........: Google (43,20%), Blogger (22,89%), direto (19,65%), "veja" (3,24%)

Os dados são coletados pelo Google Analytics, uma ferramenta do Google que tem recursos estatísticos e de rastreabilidade muito bons, com diversas opções de relatórios. Recomendo.

17 de abril de 2008

MODISMO AS VEZES É (MUITO) LEGAL

Já faz algum tempo que a Amy Winehouse é bem comentada na mídia. Mais por seus escândalos envolvendo descontrole pessoal e uso de heroína, infelizmente.

Depois que ela ganhou vários prêmios Grammy no ano passado (quando teve aquele problema dela não poder pisar em solo americano), ela me chamou a atenção, mas nem ouvir uma música dela eu havia.

Ela não saiu da mídia, e devo confessar que o visual dela me deixou fascinado, com aquele cabelo doido e aquelas roupas sexy. Imaginava que ela cantava algo como rock´n roll daqueles estilo anos 70, ou algo mais comercial. E foi então que eu a vi cantando na MTV algumas semanas atrás, e me embasbaquei.

Você deve achar que eu sou um eremita por não saber quem ela era até pouco tempo atrás, mas eu não escuto rádio, e definitivamente o cinema sempre me chamou mais a atenção do que a música, sem no entanto que eu dê mais ou menos importância para uma ou para outra.

Amy está na moda, é drogada (infelizmente) e é desequilibrada, mas eu já entendi a muito tempo que os gênios sempre são assim: para despontar em algo, tem que se afundar em outras áreas da vida, por isso que pessoas equilibradas (como eu me considero) são totalmente invisíveis diante da sociedade.

Pelo pouco que eu entendo de música, ela canta Soul misturado com R´n B em um estilo totalmente "vintage". É maravilhosa! Parece babaquice minha, mas eu tremi por dentro quando a ouvi cantando. Sua voz é forte, levemente rouca, mas macia. É como uma pluma de ferro. É como uma daquelas cantoras das décadas de 40 e 50 cantando nos dias de hoje, com uma certa fúria e loucura sob uma fina camada de pele extremamente branca (e tatuada, como a da minha esposa).

Amy Winehouse me ganhou como fã na primeira frase que a ouvi cantando. Uma pena que os gênios (especialmente os da música) tenham esta tendência quase suicida de se atirar a aquelas coisas que são totalmente contrárias à beleza do que são capazes de fazer.

Eu era fã do Nirvana. Mesmo moleque, eu sabia que Kurdt Cobain não iria durar muito, estava escrito na cara dele que, deixado por conta, daria no que deu. Vejo a mesma coisa escrita na cara de Amy Winehouse, infelizmente. Ela vai se matar se ninguém fizer algo. Mesmo que este alguém seja ela mesma.

Que Deus olhe por ela. Porque como eu falei, a voz que sai daquela boca é maravilhosa.

14 de abril de 2008

MAS SERÁ O ABSINTO?

Ontem a noite vi no Discorvery Channel o especial “Impacto Final”, que demonstra com seqüências dramáticas os prováveis desdobramentos e eventos que decorrerão do impacto da Terra com um cometa/asteróide, basicamente feito de gelo e com 13Km de diâmetro, para efeitos de análise. Não se tratava portanto de Eros, o asteróide de 442Km² que é monitorado de (bem) perto pela sonda NEAR e que já se sabe ser de uma rocha duríssima. Este, pelos cálculos atuais, só vai bater na Terra entre 1,5 e 5 milhões de anos. Se fosse ele, os eventos mostrados no especial seriam fichinha...


Eu tinha alguma noção sobre o que provavelmente aconteceria, mas alguns eventos muito dramáticos eu nem sequer imaginava. Imagine que uma área de 800Km² em torno do ponto de impacto seriam totalmente devastadas, e que independente de onde fosse a queda, um tsunami global ocorreria, devastando todas as cidades costeiras.


Um pulso eletro-magnético inutilizaria permanentemente todos os componentes eletrônicos do mundo, de avançados computadores até as injeções eletrônicas dos carros. E então começaria a chuva. Uma chuva radioativa, tóxica e ácida devido à quantidade de detritos que o impacto teria arremessado na atmosfera.


Ai começaram a ocorrer as coisas que eu não sabia. Toda forma de vida que não tivesse encontrado um abrigo subterrâneo simplesmente morreria queimada. O que ocorreu é que, devido à grande quantidade de detritos arremessados pelo impacto na atmosfera, eles começaram a cair de volta no planeta. Mas a quantidade de detritos estava bem espalhada pelo globo (impedindo a passagem da luz do sol), e na queda, o material começou a queimar como qualquer outra coisa. Só que em uma escala dessas, esta queima elevará a temperatura da superfície da Terra a temperaturas extremas de até 300ºC, queimando todas as florestas e formas de vida desprotegidas no processo.


Quem tivesse sobrevivido a isso enfrentaria o inverso a partir de então. Depois do calor passar, a espessa nuvem de fuligem que cobriria todo o planeta impediria que a luz do sol entrasse, matando a pouca vegetação que teria sobrado dando lugar aos fungos, que cresceriam de maneiras nunca antes vistas, mas por pouco tempo. Sem aquecimento no planeta, uma nova era glacial se iniciaria, e seria muito mais intensa no centro das grandes massas de terra, ou seja: no interior dos continentes. Como a água retém temperatura, as regiões próximas ao mar (que haviam sido devastadas pelo tsunami) teriam temperaturas relativamente suportáveis, aonde os sobreviventes poderiam recomeçar a civilização.


As relações sociais seriam reestruturadas, levando a vantagem intelectual e técnica serem sobrepujadas pelas capacidades de sobrevivência básicas, como pesca, caça e força para proteger pessoas. A cooperação entre desconhecidos seria instintivamente vista como primordial, pois qualquer um compreenderia que sem cooperação não haveria sobrevivência.


O mais interessante é que, apesar de tudo isso, a humanidade teria uma grande base para não recomeçar do zero. As “ruínas” da civilização ainda teriam muito daquilo que é o bem mais precioso que se poderia preservar em uma situação como esta: conhecimento, seja em forma de livros, seja em mídia digital, cujos leitores, em um futuro não muito distante, poderiam ser arrumados ou re-fabricados.


O interessante é ver o que eu já imaginava: a humanidade entraria em pânico, e nenhum governo seria capaz de promover a retirada de toda uma nação, tão pouco seria capaz de dar a brigo adequado a todos. Como tentativas de retirada individuais tem uma probabilidade muito baixa de darem resultado, a maioria absoluta da humanidade sucumbiria. Mas assim como boa parte das formas de vida no mundo, não seria extinta. A natureza teria condições de se recuperar em um espaço de tempo muito menor do que o esperado, com um vigor inimaginável.



Para quem não sabe, Absinto é a "estrela" que o livro de Apocalipse diz que cairá na Terra no final dos tempos, após o toque da 3ª trombeta (seria a 3ª onda econômica que vivemos hoje?) tornando 1/3 das águas amargas (envenenamento radioativo/tóxico), matando aqueles que dela beberem.

10 de abril de 2008

INSUSTENTABILIDADE GLOBAL

Nos últimos dias fui destacado em meu serviço a fazer o levantamento de softwares de CRM (Customer Relation Management, ou Gerencia de relacionamento com o Cliente) para um grande projeto em minha empresa. A etapa inicial é prospectar no mercado as ferramentas existentes de acordo com indicações de grandes institutos de pesquisa de qualidade, como o Forrester e o Gartner.


Comecei a estudar um pouco mais do assunto, pois nunca fiz nada ligado a CRM, vendas ou marketing. O trabalho de um analista de sistemas é isso ai mesmo, absorver conhecimento e implementá-lo, escolhendo ferramentas ou então as desenvolvendo.


Bem, indo direto ao ponto... conheci algumas coisas bem interessantes, dentre elas o conceito de CRM 2.0, que é básicamente pegar os softwares de CRM e implementá-los com funcionalidades WEB 2.0. Assim, o software que antes tinha uma cara de sistemão mesmo, instalados em sua empresa exigindo uma infra-estrutura sua (de técnicos, administradores e analistas), agora passa a ter a cara de sites de relacionamento como o Orkut, com funcionalidades de comunicação instantânea como o MSN (permitindo interconectar celulares blackberry por exemplo) criando uma revolução na dinâmica de relacionamento com o cliente, gerando um ganho bem interessante.


O mais incrível ainda é que estes sistemas utilizam-se de um modelo de negócio bastante agressivo, que eu conheci há alguns anos atrás com o nome de ASP (Aplication Service Provider), mas que hoje tem o bonito nome de “On Demand”. Trata-se do fim do conceito de compra de software, e sim do aluguel. O sistema de CRM em questão (Oracle CRM on Demand ou o Salesforce.com) não fica mais instalado em sua empresa. Você não precisa mais ter uma infra-estrutura de TI em sua empresa para suportar esta aplicação (servidores, bancos de dados, analistas, técnicos) porque o seu service provider vai cuidar disso para você, por um valor fixo por mês para cada usuário contratado. Isso torna as coisas mais simples e mais baratas, porque o seu custo com infra-estrutura é diminuído, e os gastos com a ferramenta são diluídos por anos a fio de aluguel. Do ponto de vista empresarial, isso é simplesmente perfeito, e todos saem ganhando, certo?

Bem tanto. Entro aonde eu queria desde o começo: os técnicos e analistas desempregados ganharam algo? Alguém poderia falar que eles poderiam trabalhar no service provider, mas as coisas não funcionam assim, caso contrário seria meramente uma transferência de custos, o que não é vantajoso. O service provider tem uma equipe grande, que dá conta de centenas de clientes ao mesmo tempo. Se tiverem que contratar alguém, vão contratar uma ou duas pessoas no máximo, frente muitas outras que ficaram desempregadas por conta disso.


Estive pensando com um amigo meu e chegamos à “brilhante” conclusão de que o modelo atual de economia global não é sustentável. A população cresce a cada dia, e o crescimento da economia ocorre em escala menor. Entenda por crescimento da economia a criação de vagas de trabalho no mundo. As curvas vão se distanciando uma da outra, e o resultado é bastante óbvio, não? A cada ano, o mundo tem mais desempregados, seja proporcionalmente, seja quantitativamente. O que vai acontecer com este exército de desempregados? O que você acha que vaia acontecer, com milhões de pessoas sem emprego e sem renda? Pedir esmolas é que não vão. Vide o MST.


Para piorar, a curva de capacidade de alimentação do planeta também cai em relação à de crescimento populacional. Traduzindo: tem cada vez mais gente no mundo, e a capacidade de produção e alimentos não acompanha este crescimento. Ou seja: a cada ano, o mundo tem mais pessoas famintas, seja proporcionalmente, seja quantitativamente... o gráfico que eu montei a seguir demonstra isso (os dados de previsão futura são coletados da Internet e não são exatos, mas sim aproximados e estimados).

Se você era como eu e não tinha a noção do que significava crescimento sustentado, agora, como eu, sabe que isso não existe no mundo do jeito que ele se encontra. A culpa é das pessoas que tem filhos sem parar? Em parte sim, mas porque eles tem filhos sem parar? A causa deveria ser estudada.


Políticas públicas como a de se ter apenas um filho, já em prática em países como a China, podem resolver o problema populacional em poucas gerações, mas os frutos destas gerações, como se vê na China, não seria muito bons do ponto de vista humano e psicológico: crianças mimadas, que por sua vez se tornam adultos incapazes de exercer relacionamentos horizontais (com semelhantes). Seria triste de certa forma.


Nem sempre é possível unir o útil ao agradável. Mas não é de hoje que eu digo que o mundo está entrando em colapso, e é por isso que eu digo sim, quando me perguntam se acredito em Jesus Cristo e se eu sinto que o retorno dEle é iminente. Porque Ele mesmo disse que voltariam em dias de tribulação nunca antes vistos neste mundo, aonde a maldade seria praticada abertamente.


De alguma forma, o mundo está cometendo um lento e horripilante suicídio coletivo. Nem sei porque as pessoas se importam com o aquecimento global, se estão se matando por meio da economia insustentável a tanto tempo.


Se cataclismas globais ocorrerem antes de uma terceira guerra mundial, creio que seja o meio do planeta se auto-regular, de acordo com sua estrutura e funcionamento, que creio, são criação de Deus. De uma forma ou de outra, milhões morrerão e sofrerão, assim como já morrem e sofrem.


Eu já me cansei de perguntar o porque. Agora eu quero saber é o até quando...

8 de abril de 2008

É POSSÍVEL REPROGRAMAR A REDE NEURAL DE UMA PESSOA?

O cérebro é o órgão mais importante do corpo humano, e ao mesmo tempo, o menos conhecido. Sabe-se muita coisa sobre ele, e o mesmo tempo, pouca. O cérebro parece ser etéreo enquanto que o resto do corpo parece ser concreto. Mas ainda assim, sabe-se algumas coisas sobre ele.


Uma delas é que o cérebro define quem somos. Se ele é estruturado de forma a ser o reflexo físico de nossas almas eu não sei, mas sei que se tem um lugar do corpo aonde a alma habite fisicamente, é nele. Nossa consciência, ou seja, nosso eu verdadeiro, pode sobreviver sem braços, pernas e até mesmo órgãos importantes como o coração, fígado e rins, que podem ser transplantados. Mas não sem o cérebro. É dele que vem os impulsos que fazem o coração bater, e é nele que são interpretadas todas as informações que os 5 sentidos captam do ambiente. O corpo é meramente uma extensão do cérebro, é o modo que o orgão encontrou de perceber e interagir com o ambiente.


Mas como o cérebro se desenvolve a ponto de nos definir como somos? Se somos apenas alma, porque o corpo físico interfere tanto em nosso modo de ser? De certa forma eu sempre achei que o ser humano, ao nascer, é como um bloco de mármore, e a vida vai desbastando este bloco com o passar do tempo, até que ele começa a tomar uma forma. Ou seja: quem nós realmente somos é um processo, e não um fato. Não nascemos prontos, e nosso desenvolvimento é contínuo até um ponto de deterioração qualquer (doenças e acidentes).


Este processo vai sendo armazenado em nosso cérebro por meio de uma complexa cadeia de células, os neurônios. Os neurônios, por sua vez, comunicam-se com outros neurônios por meio de conexões químicas chamadas de sinapses. Então, de certa forma, nossos cérebros são como um gigantesco circuito de neurônios, que cria determinadas sinapses entre si de acordo com as experiências da pessoa, formando o que é conhecido como rede de neurônios, ou rede neural.


Na informática, dentro da disciplina de inteligência artificial, o assunto redes neurais é amplamente estudado e utilizado, permitindo criar sistemas computacionais que literalmente são capazes de aprender com o passar do tempo, sendo calibrados. Mas neles sempre existe a possibilidade de reprogramar a rede caso se perceba que uma dada conexão ou região da rede neural está equivocada ou incorreta. Mas e no cérebro real, isso é possível?


Imagine uma pessoa que é exposta em sua vida a uma quantidade quase infintas de variáveis que vão dos sutis, como ouvir uma canção, até os escancarados, como sofrer um abuso na infância ou presenciar um grande acontecimento ao vivo. Todos nós estamos expostos a variáveis como estas, em um verdadeiro Efeito Borboleta (se não viu o filme, assista ao primeiro, que é muito bom).


As variáveis alimentam nossa rede neural, criando sinapses com a finalidade de estruturar um comportamento específico, ou as bases dele. Cria-se assim um circuito de neurônios que, em ocasiões específicas (que aos olhos humanos podem ser aleatórias), além de armazenar e resgatar memórias, dispara um comportamento ou atitude.


Este comportamento pode ser de ter medo de algo, ou ódio, ou aversão. Pode ser uma pedofilia, uma psicose, uma tara, uma fobia ou uma ansiedade. Pode ser uma resposta violenta, uma submissão total, um questionamento crítico, um vício ou uma mania obsessiva. Pode ser um ato como estalar os dedos, ou uma habilidade como andar de bicicleta, falar ou escrever. Pode ser o carinho e amor pelo próximo, o respeito aos outros ou o bom comportamento. Ou seja: tudo.


É claro que nascemos pré-programados, com muitas funções básicas que chamamos de instintos, funções vitais e sentidos. É o nosso “firmware”, como costumo dizer. Nossa BIOS. E é claro que alguns de nós até podem vir com defeito de fábrica, alguns irrecuperáveis. Incapacidade de produzir serotonina em quantidade, deficiência no processamento de lítio, distúrbios de aprendizado, epilepsia, má formação de certas regiões do cérebro, etc. Mas tirando isso, todo o resto é determinado por nossas experiências, sejam elas boas ou não. Nossas vidas moldam o nosso ser.


Não julgo que exista a capacidade de se desfazer redes neurais, mudando um comportamento. O esfacelamento de redes neurais ocorre na natureza e tem um nome: mal de Alzheimer. É uma doença triste e séria. Os efeitos são terríveis, chegando a pessoas que não se lembram de nada, apenas eventos desconexos, produto de uma rede em frangalhos que detém informações pulverizadas. Tentar reproduzir isso de maneira terapêutica seria reproduzir este mal.


Mas ao mesmo tempo, julgo que algo como um desvio da rede neural de alguém possa ser feito, porém, exigindo um grande esforço e tempo. Condicionamento é um termo empregado mais no adestramento de cães ou nos exercícios físicos, mas creio que se possa aplicar ao que estou falando. Redes neurais são um processo involuntário. Não escolhemos produzi-las ou não, elas simplesmente acontecem.


Então, se a vida tratou de criar circuitos para uma reação negativa, a pessoa poderia, teoricamente, ser condicionada até a formação de uma rede neural auxiliar, que pegaria o resultado do primeiro circuito e o canalizaria para um desvio e resultados diferentes, mais positivos. Terapias fazem isso! Criam redes neurais auxiliares, que tem o objetivo de alterar os produtos de uma rede anterior, mudando o comportamento.


Criminosos poderiam ser recuperados? Psicóticos? Molestadores? Corruptos? Palmeirenses? Viciados? Não faço a menor idéia. É apenas a opinião de um completo leigo no assunto. Mas seria bom ter esta esperança, a de que todos temos a capacidade de mudar aqueles comportamentos que nos afligem e que machucam outras pessoas criando comportamentos que os anulem ou os transformem.


Jesus Cristo, por meio do Espírito Santo, habita dentro daqueles que o buscam e que se entregam a Ele. Creio que, se nossas mentes podem ser reflexo de quem somos, Cristo habitando em nós pode ter seu reflexo materializado na forma de uma rede neural auxiliar em nosso cérebro, que pode alterar se não todos, boa parte dos comportamentos ruins que alguém carrega e dos quais quer se livrar.

7 de abril de 2008

PARÁBOLA DO GUERREIRO SOLITÁRIO


As vezes você luta contra algo. Pode ser qualquer coisa, mas que envolva um conflito, uma disputa. Algo difícil que lhe carcome por dentro, pedaço a pedaço, deixando-o oco para que “algo” preencha o espaço. Algo que está em suas entranhas, que se agita em meio a suas vísceras fazendo seu sangue gelar dentro de suas veias.


A guerra se mostra mais difícil a cada combate. Você vê aquilo e percebe que a luta nunca terá fim, e que o oponente parece se fortalecer na mesma proporção em que você enfraquece e se cansa. Por fim, você está cansado demais para lutar, e se entrega. Uma torrente de sensações invade seu organismo e você se pergunta porque afinal lutou contra aquilo por tanto tempo. O prazer toma conta de todos os seus sentidos.


Os dias passam, assim como sua resistência. Cada vez mais submisso aos ataques, você é como um aldeão que ajuda saqueadores a queimar a própria vila. Não há beleza nisso, nem prazer, nem sentido ou propósito. É meramente loucura. Mas estar louco é tão bom, não é?! Porque afinal, todos estão loucos da mesma forma e seguir o fluxo sempre é mais fácil e confortável do que nadar contra a correnteza. Pode até ser que algumas pessoas o olhem e digam que você está louco demais, mas quem poderia lhe julgar?


Você percebe então que, após tanto tempo, está perdendo o controle. Controle que você percebe que nunca teve, e que seria melhor nem ter começado. O pior é se olhar no espelho, e perceber que agora você é capaz de cometer atos muito piores do que aqueles que seus antigos oponentes cometiam. Queimar e saquear já não basta, aquilo já não lhe fornece adrenalina, dopamina ou serotonina. Aquilo não lhe dá mais prazer algum. Você tem que descer mais um degrau rumo ao inferno para voltar a sentir-se vivo. Ir rumo a morte para perceber o quão vivo está. Ceder novamente para ganhar... e perder.


Mas então uma luz surge no meio da escuridão. Ilumina você, e lhe mostra o quão imundo você estava naquele breu, e o quão doente se encontrava. Lhe faz ter vontade de se limpar, colocar-se novamente sobre a luz do sol e voltar para aquela guerra que não tem fim. Mas você não tem amigos para desabafar. Não tem ninguém para contar o quão podre foram seus dias passados, e na vontade que tem de voltar para a escuridão, e uma vez mais ceder.


Você então luta uma vez mais, e derrota 1, 2, 10 adversários. Ninguém vê seu esforço, e você se cansa rapidamente, porque por mais limpo que esteja, e por mais que esteja sob a claridade do Sol, você ainda está doente e não consegue ficar de pé por muito tempo. O Sol começa a torrar seus ombros, e você quer se abrigar uma vez mais na escuridão. Não há companheiros para lhe segurar, nem mesmo para lhe gritar um apoio, uma palavra de coragem. Você está só contra um mundo inteiro, e para cada adversário que cai, 5 se levantam.


Você não quer mais ter que lutar. Lutar da trabalho, cansa, ocupa o tempo escasso, aborrece, entristece, machuca e maltrata. Lutar é doloroso demais para você. Olha para suas mãos e vê cicatrizes de tantas batalhas passadas, aonde derrotou tantos inimigos... e percebe no quão cansado e enfastiado está, e no quanto queria descansar e, despreocupadamente curtir a vida com tudo!


Mas não pode. Só sobre a pena de morrer por tal traição. Traição a quem, se está sozinho? A você mesmo e a aqueles propósitos que antes possuía. E ao Deus que jurou seguir. Nem mesmo descansar no seu Senhor você consegue. A paz lhe é negada, e você é condenado por algo incompreensível a vagar pelos desertos. A solidão é o pior e mais determinado inimigo, que insiste até derrubar as defesas. Não a solidão propriamente dita, mas o isolamento de certas partes de sua vida. Aquelas partes que não tem com quem falar, porque são tão obscuras que você teme afastar qualquer um se as expor, ou então ser punido por tais pensamentos e atos.


O isolamento de certas partes, o ato de compartimentalizar e trancar áreas de sua vida, tornado-as secretas, só serve para fazê-las crescer com mais velocidade, com mais violência, com mais descontrole. O guerreiro solitário no campo de batalha morre logo porque sua moral fica baixa, e ele desmorece e se entrega sem resistência.


Por isso que precisamos de irmãos. Por isso que precisamos de igrejas de verdade. Porque lutar sozinho é se tornar insensível a aquilo contra o que se luta. Lutar sozinho é perder antes de começar. Deus nunca nos deixa sós, de fato. Cristo vive com aqueles que entregam seu coração a Ele, mesmo estando no mais imoral dos pecados. Mas quem disse que você tem que estar só para que os planos do Senhor se realizem? Ele quer que criemos laços de dependência, mas não com o pecado e sim uns com os outros e de nós para com ele.


Não é fácil, e muitas vezes não é agradável. Mas é o certo. É a única maneira de aumentar nossas chances de agüentar de pé no campo de batalha, até o final. Pois o final virá, de uma forma ou de outra.

2 de abril de 2008

ANALFABETISMO E A PROGRESSÃO CONTINUADA

Rede estadual terá reforço de alfabetização para alunos da 5ª série

Por Maria Rehder - Agência Estado

São Paulo, 01 (AE) - A rede estadual de ensino de São Paulo terá, a partir deste mês, classes especiais de alfabetização para os alunos da 5ª série que não estiverem alfabetizados. A última edição do Saresp, avaliação feita pelo Estado, mostrou que apenas 35% dos alunos terminaram a 4ª série com nível considerado adequado em língua portuguesa. Essa é uma das novas políticas para a recuperação da aprendizagem criadas pela secretária estadual da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.


Como funcionarão as classes de alfabetização para 5ª série?


Alunos que não estiverem plenamente alfabetizados, além de poderem participar de um reforço paralelo, terão classe de aceleração de alfabetização. A idéia é que eles freqüentem as suas turmas regulares e tenham uma aceleração paralela. Cada escola vai organizar o jeito que for preciso para oferecer essas turmas, a escola vai ter de achar um espaço físico e adequar o horário. Os arranjos têm flexibilidade, depende da escola se o aluno vai estender uma hora após às aulas ou se vai para casa e volta à tarde. Cabe a escola ver a melhor solução com as famílias.


São os professores da própria turma que vão dar aulas?


Serão professores especialmente capacitados para essa alfabetização. Nós tomamos a decisão de criar essas turmas há 15 dias porque foi uma dificuldade que os professores relataram. Muitos alunos de 5ª série não conseguiram acompanhar a recuperação intensiva (dada nos primeiros 45 dias de aula) porque não estavam alfabetizados.


E o que muda a partir de hoje na rede estadual de ensino?


Hoje termina uma primeira etapa de recuperação intensiva. Nas três primeiras semanas demos uma recuperação integrada ao currículo da série em que aluno está matriculado. A ênfase foi em leitura e escrita e conceitos matemáticos. E hoje as escolas já começam a utilizar os guias curriculares que seguem a mesma orientação da proposta da recuperação intensiva inicial, organizados por disciplina. Cada série tem um guia bimestral que é do professor, também há um caderno do gestor para 5ª a 8ª série e outro para ensino médio. E há um documento geral das propostas curriculares para os professores. São vários materiais que dão um direcionamento do que os alunos têm de aprender em cada série, mas que permitem a autonomia do projeto pedagógico.


E ainda este mês todos os alunos farão avaliação?


No dia 15 de abril aplicaremos uma prova única para cada série para fazer um diagnóstico do desempenho. A partir daí os professores vão poder definir os alunos que participarão do reforço paralelo.

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O que me deixa totalmente revoltado é que esta secretária, assim como o Governo do Estado de São Paulo, ao ver uma situação destas, com 65% dos alunos na 5ª série analfabetos ou semi-analfabetos, não tem vergonha na cara de fazer a mais básica das perguntas: por que? Por que tem tanto aluno assim?


A resposta é: progressão continuada. O Governo continua insistindo nessa abominação que praticamente garante ao aluno que ele vai passar de ano, tirando notas ou não, sendo um bom aluno ou não. Basta ter presença. E muitos pais forçam os filhos a ir para a escola, mas não necessariamente os estimula a estudar. Afinal, seu Bolsa Família cobra apenas a matrícula e presença da criança na escola. Porque não exige desempenho? Porque não exige uma nota mínima? Porque imaginam que uma criança pobre não tem capacidade de estudar a sério e tirar boas notas? Não que devesse cobrar uma nota altíssima, mas sim um patamar mínimo como, por exemplo, passar de ano, que é o que toda criança deveria encarar não como “um algo a mais” mas sim como o que meus pais mesmo sempre me ensinaram: obrigação mínima. Pelo menos os pais passariam a se preocupar com o desempenho de seus filhos, vendo com eles se estão tendo dificuldades de alguma matéria, se estão fazendo a lição, os trabalhos, prestando atenção na aula, etc.


Voltando à progressão continuada... ela tem causado estragos enormes na população. Os alunos de hoje, adultos em idade produtiva amanhã, terão mais aptidão ao crime, à ilegalidade ou aos sub-empregos do que, por exemplo, aptidão a ingressar em uma faculdade e a desempenhar uma atividade mais bem remunerada.

Os alunos já estão cansados de saber que não precisam estudar, porque vão passar de ano de qualquer jeito. E sabendo disso, a maioria não estuda mesmo. Que ingenuidade a do Governo, não? “Vamos confiar às próprias crianças o estímulo por sua vida acadêmica!”. Faça-me o favor! Tirando alguns casos excepcionais que não representam nem 1% dos alunos hoje nas escolas públicas, se deixar por conta os alunos ficam em casa jogando vídeo-game, papeando no MSN ou no celular, indo a festinhas, clubes, dando “um rolê” com a galera, namorando "na mão-boba", jogando futebol, etc. Qualquer coisa menos estudar.


Não fossem meus pais pegando no meu pé e a escola pública da minha época ser maravilhosa em comparação com a atual (puxa, se eu não tirasse nota em uma matéria que fosse eu reprovava de ano, mesmo indo todo santo dia do ano letivo), eu creio que não teria nem terminado o ensino médio. Sou grato a eles por isso hoje, porque na época eu não tinha a capacidade de entender o quão importante e necessário é o estudo. Como disse, fora alguns casos extremamente raros, as crianças e os jovens não tem nenhuma noção do quão importante os estudos são nesta fase de suas vidas.


Não é uma questão de inteligência e nem de caráter. É uma questão de maturidade. Nenhuma criança e nenhum jovem é maduro, afinal, se o fossem, não seriam crianças e jovens! Por isso que eles precisam de cuidados de seus pais e do Estado, para que consigam passar por esta fase sem se meter em grandes problemas e com um mínimo de preparo formal, até que sejam maduros o bastante para tomarem conta deles mesmos. O Estado tem que impor regras que levem em conta não apenas a presença, mas também o desempenho do aluno: suas notas, empenho e comportamento.


O mundo exige desempenho das pessoas, seja no ambiente profissional, aonde o empregador espera um certo nível de comprometimento, empenho e capacitação, seja no ambiente pessoal, aonde nossos parentes, amigos, cônjuges e filhos esperam um comportamento no mínimo educado e amoroso de nossa parte. Até Deus exige nosso empenho e desempenho em procurar Sua vontade e buscar nossa santidade! Deve-se exigir então estas coisas, em escala e intensidade compatíveis, à crianças e jovens estudantes. Como diz o ditado “é de pequeno que se torce o pepino”.


Sinceramente eu espero que alguma alma inteligente e sábia, com poder para mudar a situação, acabe com a progressão continuada, que insisto em dizer a quem quer saber, na minha opinião está criando uma grande bomba-relógio social, que vai estourar nos próximos 5 ou 10 anos, quando estes alunos atingirem a idade adulta e tiverem que arrumar um emprego. Não haverá recursos para pagar Bolsa família a tanta gente. E eu já estou cansado de pagar impostos para alimentar corruptos e as famílias pobres que eles criaram e criam.


Criem vergonha na cara e acabem com a progressão continuada! Ela só faz mal, em todos os aspectos, e só serve para aumentar os índices de aprovação e diminuir os índices de evasão escolar. Tais índices eram metas que o FMI havia imposto ao país, mas hoje isso não ocorre mais! Pensem no futuro destas crianças e jovens, quando vocês estiverem idosos e dependerem deles para viver, direta ou indiretamente.


Dizer que a progressão continuada é instrumento de democratização do ensino é uma besteira sem tamanho! Então não exigir notas e nada mais dos alunos lhes dá acesso à escola? Claro que não! Da acesso a um clube, nada mais! Democratizar o ensino é construir mais escolas em localizações estratégicas. Melhorar o transporte público e o policiamento para que os alunos passam ir e voltar com tranqüilidade. Melhorar a distribuição de renda. Incrementar a geração de emprego para que as famílias não desmoronem em condições miseráveis e tirem a concentração e estímulo dos alunos, não os deixando passar fome e nem necessidades básicas como ter o que comer, o que beber, aonde dormir, o que vestir e calçar, aonde se tratar quando fica doente e remédios para se curar quando necessário. É equipar melhor as escolas, melhorar a formação dos professores, melhorar os salários do magistério, modernizar a administração das escolas... aumentar o número de vagas sem piorar a qualidade!


Neste aspecto, a progressão continuada se torna, me desculpem a franqueza, o caminho mais curto, mais imediatista, mais danoso e mais burro de todos para solucionar a "democratização" do ensino. Se para dar acesso a algo é preciso piorar a qualidade do "algo" substancialmente, eu acho de uma canalhice sem tamanho. Se antes tínhamos poucos alunos nas escolas com uma formação mediana e muita gente sem nenhuma formação, a democratização, do jeito que é feita com a progressão continuada, permite a todos o acesso à educação, mas com uma formação péssima. Bela democratização do ensino com a progressão continuada: "vamos nivelar a formação de todo o povo... mas por baixo!"


O que me deixa preocupado é: se estes alunos nem sabem ler nem escrever direito, assim como não tem conhecimento de matemática básica, como estarão no resto? Psicológica, cognitiva e emocionalmente eles estão dentro do esperado? Sinceramente tenho minhas dúvidas...

1 de abril de 2008

SÍNDROME DO ESTRESSE

Mudei do Google Translate para o Babel Fish, mas não do Altavista, e sim do Yahoo. O tradutor do Google não traduzia uma série de palavras, e isso é estranho. Significa que não foi só no Flickr que o Yahoo conseguiu ser melhor. É ótimo que haja concorrência.


Com relação ao dia de ontem, não estou 100% ainda, mas melhorando. Parece que terei uma viajem a trabalho nesta semana, e se ocorrer, será bom para que eu espaireça um pouco. No final das contas, preciso apenas espairecer. Tenho a nítida impressão de que a maioria dos meus problemas diários são fruto do meu estresse, e o estresse é fruto de minha ansiedade. Preciso encontrar a origem desta ansiedade, para controlá-la, melhorando minha qualidade de vida.