LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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29 de dezembro de 2008

MAIS SOBRE A CRIAÇÃO DE UM NOVO MUNDO

Criar um mundo imaginário parece ser uma tarefa das mais desafiadoras. Recentemente falei, em outra postagem, que eu estava escrevendo um livro, ou mais propriamente, fazendo os estudos para escrevê-lo. Continuo nesta árdua tarefa, que se mostra mais complexa e interessante a cada dia.

Escrever uma história de fantasia é muito mais complicado do que escrever uma história que se passe, digamos, em nosso mundo. Conhecemos nosso mundo. Sabemos que se jogarmos um objeto para cima, ele cairá. Temos alguma noção, mesmo que instintiva, de como as coisas funcionam em nosso Universo. Escrever uma história que se passe nele é, portanto, mais fluido e natural.

Já em uma história fantástica as coisas podem se complicar. Como disse antes, quero escrever algo de boa qualidade, e não mais um texto mequetrefe desdes que eu tanto escrevi no passado. Li em vários lugares que o mais importante para um escritor iniciante é escrever histórias que se passem em lugares conhecidos, para que a trama não pareca artificial demais. Isso é impossível em uma história fantástica, pois tais lugares simplesmente não existem. Ou será que existem?

Pensei um pouco na questão e descobri, de maneira lógica, que tais mundos existem. Eles ficam DENTRO de nós. Visitamos estes lugares ao ler um livro. Digo “ler” porque em filmes estamos tendo uma noção pronta e imutável daquele lugar, sem espaços para co-criações. Considero o ato de ler uma co-criação, pois a pessoa é obrigada a imaginar as coisas, e a imaginação de duas pessoas podem criar mundos totalmente diferentes, mesmo que estes mundos sejam o mesmo descrito em um texto.

Podemos visitar da mesma forma lugares reais e alterá-los com o uso de nossa imaginação (Tolkien morava em uma região aonde haviam antigas chaminés que, dizem, o inspiraram na questão de haver na Terra Média Duas Torres de poder, Orthack de Sauron e Isengard de Saruman). Podemos neste caso visitar o lugar realmente por meio de uma viagem, voltando a ele quando bem entendermos por meio de novas viagens ou simplesmente por meio de nossas recordações. O importante é que, não falando apenas de locações mas sim de tudo, toda boa história que se preze deve ser original na maior quantidade de elementos possível.

Já li de alguns estudiosos em mitologia que existem apenas 4 ou 5 histórias realmente originais na cultura humana, e que todas as milhares de milhões de outras histórias ou são reinterpretações, releituras ou combinações destas primeiras. Assim, é impossível criar algo 100% original, pelo menos assim parece.

Com esta necessidade de originalidade em mente, soube que não podia me basear em um mundo já existente. Devia construir meu próprio mundo, mesmo que eu o construísse usando peças de diversos outros lugares. Posso construir uma casa criativa e inovadora por exemplo, mas ela é construída com tijolos iguais a aqueles usados em milhões de outras casas.

Assim decidi por criar um mundo particular, de tal forma que eu o conhecesse como a palma de minha mão e pudesse colocar meus personagens e minhas tramas neste espaço de maneira tão natural e encaixada quanto possível. E assim, transformar este mundo em um personagem ativo da história, da mesma forma com que Tolkien fez com sua Terra-Média, que está presente a todo instante com uma presença mágica, sutil mas absolutamente ambientalística e fundamental.

Criar um mundo do zero, com suas regras de funcionamento (físicas, políticas, religiosas, tecnológicas, etc), culturas, etnias, geografia, paisagens e territórios é trabalho árduo, mas estranhamente gratificante. É uma experiência que recomendo, como exercício criativo, e que sei de antemão que irá gerar um produto imperfeito: por mais que um pessoa se esforce, é improvável que ele consiga descrever um mundo tão complexo quanto o real, mesmo porque não deve ser este o objetivo final de uma história fantástica. O ideal é que este mundo não seja árido de detalhes, tão pouco inundado. É necessário equilíbrio, e o equilíbrio, como vi, é simetria perfeita, e portanto de difícil obtenção e instável manutenção.

Estou lendo muita coisa estranha ultimamente, de livros de física a história da arte, passando por história militar, geologia, astronomia, astrofísica e misticismo. E, obviamente, mitologia e simbologia. O mais engraçado: minha história não trata de nenhum destes assuntos... todos apenas me fornecem os tijolos para construir o mundo ande ela se desenrolará.

22 de dezembro de 2008

AUTO-ANÁLISE ANUAL 2008

Andei pesquisando meus posts antigos. Na verdade, TODOS os meus posts antigos, desde 2002 (ou seja: 6 anos). Mas precisamente os posts relativos ao mês de dezembro. Depois que você tem um histórico tão grande de anotações pessoais como eu tenho, você pode começar a usá-los para fazer uma auto-análise e chegar a algumas conclusões sobre quem você é. Acho que é uma ação muito útil e relevante, e para ser sincero, acho que é a única utilidade das coisas que eu escrevia e continuo a escrever.

Eu sou uma pessoa que “chora” muito, pele menos nos meus blogs. Mas notei uma distorção clara relativa aos meses de dezembro, quando eu estou notadamente muito mais propenso a ficar deprimido, irritado, magoado e chorão... ok, chorão eu sou o ano todo, mas o resto é claro para mim que se destaca no último mês do ano.

Não sei porque isso, mas agora, fazendo esta análise em cima de meus textos, percebo que é um evento cíclico. Como em um post meu de dezembro de 2003, aonde descrevo meu estado emocional como uma senóide, que hora está alta e hora está baixa. Sei que não sofro de transtorno bipolar porque neste as mudanças são infinitamente mais bruscas. No meu caso, as mudanças demoram a ocorrer, e as variações ocorrem com pelo menos algumas semanas de intervalo.

Do que eu desconfio? Do óbvio: cansaço. Este ano ainda por cima... se eu pensava que 2007 iria ser o ano mais corrido da minha vida, 2008 veio para me mostrar que as coisas podem sempre ser mais do que a gente espera. Já estou com ansiedade por 2009.

Mas pode ser também que seja algo ligado às festas. Minhas memórias de infância sempre me levam à grandes encontros familiares nesta época do ano, quando viajávamos para Santos ou para o Guarujá e nos reuníamos com toda a família. Era divertido, obviamente. Mas algumas coisas me magoaram muito naquela época. Eu era “o estranho”... e arrisco em dizer que nunca tive muita aptidão a me enturmar. Nunca fui popular, nem mesmo na minha própria família.

O “bulling” que sofria na escola até meados de meus 12 anos (depois disso eu cresci muito e emagreci, me tornando fisicamente indisponível a tal atitude) e o pequeno trauma que tive por apanhar de uma professora no primário podem estar relacionados a minha atrofia social, o que antes eu chamava de timidez e hoje chamo de maldição. Porque não fazia parte de mim: foi colocado em mim, e hoje faz parte do que sou, de forma que não posso mais removê-lo sob pena de derrubar toda minha estrutura interna. Infelizmente não somos computadores, pois neste caso bastaria desinstalar um módulo de software e instalar outro em eu lugar.

O fato é que minha memória é normal para as coisas normais, mas parece ser muito boa para as coisas ruins que me ocorreram no passado. Lembro-me de cada fora que tomei, de cada besteira que fiz na vida e de cada magoa ou ação que eu tenha feito que tenha desencadeado mágoa em alguém. Me lembro de quando magoei e foi magoado, e em ambos os casos, sinto a mesma dor de vergonha, incapacidade e imaturidade.

No final do ano, tudo isso parece invadir a minha mente, e eu me pergunto o porque. A resposta deve ser “porque você quer”. Mas eu não sei como controlar este querer, e se de fato for isso, ele é totalmente involuntário, ou fruto de outras ações minhas que desconheço.

16 de dezembro de 2008

MENTIRAS VERDADEIRAS



Há dias que tenho vontade de morrer. Hoje é um destes dias. Sinto-me triste, cansado, arruinado, desmotivado, desacreditado. Absurdamente enfastiado desta coisa que viver, de ser alguém legal, de ser alguém responsável, forte, altruísta, calmo e centrado.

Sinto-me um coadjuvante em tudo. Estou com muito sono, estou com muita raiva, estou com muitos sentimentos, pensamentos e vontades sufocadas dentro de mim. E principalmente, estou de saco cheio de mim mesmo e queria simplesmente dar um fim a isso. Não digo me matar. Mas simplesmente dar um fim nisso, de alguma forma.

Eu me sinto só. Mais só do que nunca me senti em toda a minha vida. Porque qualquer um com quem eu tento me abrir, das duas uma: ou me esculacha e faz pouco caso (quando não me critica, jogando mais lenha na fogueira), ou chora e não faz nada para resolver porque não quer ou não pode.

A vida é dura, e você está sozinho nela, não importa o que te digam. A maior demagogia que tem é essa ideologia que as igrejas, as empresas e a sociedade te empurram, dizendo que sozinho você não consegue fazer nada, que somos “animais sociais”, que podemos e devemos contar uns com os outros e nos ajudar mutuamente.

Eu entrego os pontos. Eu admito a verdade oculta: estamos sós, e só podemos contar com nós mesmos e com Deus. Não importa se é pai, mãe, esposa, esposo, filho, amigo... você está sozinho, e as coisas nunca vão cair do céu. Ninguém vai fazer nada por você na hora do aperto. Ninguém se importa de verdade com suas necessidades. O ser humano está se lixando com os outros, mas não admite isso. Porque então eu tenho que me lixar?

Sindo que sou absurdamente inocente. Acreditei em tudo que me ensinaram. Só que agora eu descubro que o que aprendi é fátuo, sutil, e intangível. A vida humana é baseada na mentira e no engano. Vejo isso no próprio Natal. Vi uma reportagem hoje sobre famílias que fazem enfeites de natal fenomenais em suas casas, que emocionam as pessoas que passam nas ruas com aquele monte de enas, papais-noéis e outras coisas típicas. A dona de uma das casas teve a pachorra de falar que “aquele era o verdadeiro espírito de natal”.

Ateus deviam se meter debaixo das cobertas no natal e não fazer nada. Porque comemorar o aniversário de Jesus se nem se lembram dele no seu dia a dia? Apelas pelo oba-oba.

10 de dezembro de 2008

LOCOMOTIVA VELHA

Não havia me dado conta do quanto os objetivos são importantes. Aquela velha história sobre a felicidade estar no caminho e não no destino me parecem cada vez mais claras conforme o tempo passa. A busca é mais importante do que aquilo pelo que buscamos? Seria o objeto de busca útil apenas para isso: fazer com que nos movamos?

A vida parece ultimamente um monte de coisas chatas. A cada hora uma surpresa (na maior parte das vezes desagradável). A cada dia algo que me chateia. Dizem que a felicidade é relativa, e que diante de toda situação temos duas opções: vê-la pelo lado positivo ou pelo lado negativo. Mas eu ando cansado de sempre me forçar a ver o lado positivo de tudo, de sempre engolir sapos, de sempre arcar com os prejuízos decorrentes de erros e falhas alheias (e minhas também, é claro).

Não sou nenhum super-herói. Gostaria muito de ser, mas não sou. Mas as vezes devo ser megalomaníaco, pois sinto-me vítima, sinto-me explorado, sinto-me o centro das atenções, porém, de atenções ruins e desesperadas. Sinto-me como uma locomotiva velha e cansada que carrega vagões cada vez mais pesados, e a cada estação adicionam mais um em minha carreira.

Cristo nos diz para carregarmos nossas cruzes e irmos após ele. Será esta a minha cruz? Será este o meu fardo, que julgo ser pesado demais mas na verdade não é? Ou estarei carregando pesos que não são meus, desgastando-me a toa?

Todos os meus últimos dias parecem fátuos. Todas as minhas horas desperto me são como ouro gasto com bobagens. Vivo de maneira errada porque meu coração se inquieta e minha mente se turva. Mas esta vida não me dá perspectivas de mudança. Mudar é complicado e não depende de nós mesmos. E sem a possibilidade de mudar sua própria vida, o ser humano deixa de ser livre. Somos todos escravos, e acorrentados a alelos invisíveis de etiqueta, comportamento social e responsabilidade ditada, esperamos encontrar a felicidade que nunca virá. Porque felizes são os que são livres.

Cristo falou que veio para libertar os cativos. Que veio para curar os enfermos. Porque aqueles que são livres e que não são doentes não precisam dele. Jesus fala abertamente que todos nós somos presos e doentes, mas alguns gostam de bater no peito e dizer que não o são. Já comigo é o contrário. Admito todos os dias que sou o mais doente e o mais cativo de todos. E que preciso desta cura e desta liberdade, pois quero mudar, mas não sei como.

8 de dezembro de 2008

MAIS TIRAS

Realmente este negócio de gerar tirinhas é muito show. Mais algumas que eu fiz:

Xaveco, o Cão do Apocalipse

Ninja Urbano Estressado

Ninja Urbano Estressado

7 de dezembro de 2008

TIRAS

Agora tenho tirinhas do "www.stripgenerator.com". Ai está uma das primeiras.


Ninja Urbano Estressado

1 de dezembro de 2008

CRIANDO O UNIVERSO

Como escritor, sou frustrado quanto a minha própria obra. Não sei quantos escritores amadores como eu tem este problema de começar diversas histórias, desenvolver personagens e tramas mas, de uma hora para outra, abandoná-la e nunca terminá-la.

Perdi a conta de quantas histórias iniciadas e nunca terminadas já escrevi. É mais fácil contar aquelas que eu terminei: uma! E já se vão bem mais de 10 desde então.

Contos curtos não podem ser computados. Nem poemas, que eu não escrevo já há bastante tempo. Nem mesmo roteiros. Estou falando de uma história longa, encorpada, com no mínimo 300 páginas, com tanta coisa acontecendo que por mais que a história seja boa a maioria dos leitores nunca conseguirá ler de uma tacada só (não que eu seja um prodígio da literatura, mas você entendeu o que eu quis dizer, não?).

Faz algum tempo que tive a idéia de escrever uma história que classifico como “meu projeto definitivo”, pois estou determinado a maturá-la durante todos os anos que forem necessários. Não se trata portanto de uma história rasa, mas sim de uma história com a maior profundidade que eu possa imprimir. Que terá tantos personagens, locais, situações e tramas que deixaria de ser uma história comum para se tornar uma novela (não de TV, pelo amor de Deus). Na verdade não uma novela, mas sim algo cujo termo me dá calafrios, por julgar-me incompetente para escrever algo que seja digno de tal alcunha: um épico.

A vantagem de minha incapacidade em terminar histórias é que tudo o que eu escrevi e nunca concluí vai ser reciclado nesta nova (e se Deus quiser definitiva) história. Como falei, tenho dúzias de personagens que carecem apenas de algumas adaptações para se encaixar no Universo que estou criando. Universo este, aliás, que vem me tomando um tempo bastante longo nos últimos meses, mas que poderá render muitos frutos.

Percebi lendo “O Senhor dos Anéis” (que para mim é uma obra-prima da literatura mundial) que mais importante do que os personagens e suas aventuras e ações é o mundo no qual eles se inserem. Este Universo tem um peso e importância fundamentais para a qualidade e fluidez da trama.

A Terra Média era muito verossímil porque tinha algo que a maioria absoluta das localidades literárias não tem: história, mitologia, lendas, passado. Não meramente algo como “criado por um deus X”, mas sim um detalhamento muito grande (dentro do humanamente possível) de tudo o que ocorreu desde a criação até o início da história a ser contada de fato. Tal como nosso próprio mundo. Vide “O Silmarilion”, que é o livro que escancara a mitologia, a história antiga e as lendas da Terra Média, tornando-a tão real que quase pode ser tocada com nossa mente.

Já trabalho na criação desde Universo há muito mais tempo do que me dava conta. O que fiz foi desenvolvê-lo e agregar a ele todas as idéias inacabadas que já tive, e que hoje percebo na verdade terem sido guardadas para esta ocasião.

O mais interessante de tudo é que após trabalhar muito no computador em editores de texto, estou finalizando o regimento desde universo em um velho e bom caderno, aonde posso colocar desenhos que eu mesmo desenho, mesmo não sendo lá um grande desenhista. Mas para o que planejo, até que estão ficando bons. Não tenho como descrever a sensação que me dá ao escrever manualmente novamente, mas percebo que a área em meu cérebro que que trabalha a escrita tem compartimentos para ambas as formas, e que a que cuida da escrita a mão é bem mais lenta do que esta que estou usando agora. Mas é prazeroso apesar de tudo.

Se será uma história que ficará em meu armário pelo resto da vida ou se algum dia eu a publicarei, isso eu não sei. Só sei que quero terminá-la, não por obrigação, mas por puro divertimento e exercício da minha habilidade com a escrita.

Sobre o que fala a história? Isso é um segredo que revelei apenas a duas pessoas, e se tudo der certo, até o final dela, assim continuará. Não sou idiota a ponto de contar algo sobre ela na Internet, aonde pessoas prospectam novas oportunidades de conseguir o que de mais valioso há para se negociar na rede hoje em dia: conteúdo.

Se acha que eu estou escrevendo em um caderno apenas por romantismo, você se engana. Sou mais paranóico do que gosto de admitir, e a desconfiança tem uma pequena parte em minha decisão.