LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

Pesquisar

21 de outubro de 2008

KILL´N ALL


Desde meu aniversário venho jogando o jogo SPORE, e pelo que vejo, não vou enjoar tão cedo. Dentro desde jogo, como já falei antes, você faz muitas coisas. Dentre elas, você recolhe relíquias de civilizações alienígenas, que podem ser pedras preciosas, estátuas, vasos, livros ou pergaminhos, dentre outras coisas das quais não me lembro.

Alguns destes pergaminhos são relativos à religião do SPODE. A adoração ao deus Spode é a religião mais comum na galáxia dentre as diversas raças alienígenas, e a maioria de seus adoradores se comporta de maneira totalmente radical e extremista. Terminei de travar uma guerra contra eles em meu setor aonde eu tive que sistematicamente exterminá-los para poder ficar em paz, pois eles atacavam minhas colônias o tempo todo e não aceitavam minhas tentativas de obter trégua. O resultado foram umas 4 raças a menos no Universo e mais umas 30 colônias paro o meu império.

Antes deste evento, eu havia achado um pergaminho SPODE que explicava como a religião deles lidava com outras religiões e ideologias. E percebo que os criadores do jogo viram isso em boa parte das religiões no mundo hoje, algumas mais, outra menos explícitas. Mas a idéia é semelhante em todas.

Vou descrever com minhas próprias palavras o que o pergaminho dizia: “Os adoradores do Spode devem ser vigilantes com relação a toda e qualquer doutrina ou ideologia que possa por em dúvida sua crença. Quando uma pessoa fica em dúvida sobre o que crê, sua felicidade termina, pois é impossível para alguém viver sem uma base que o sustente. É por isso que é obrigação de todo adorador do Spode exterminar e eliminar toda e qualquer religião ou ideologia que leve dúvidas à fé no Spode”.

Eu me sinto contaminado pela dúvida há algum tempo. E em certos momentos, triste, pois me pergunto se estou agindo da maneira correta. Mas este é o preço pelo livre pensamento. O que me importa é seguir aquilo que sinto e acredito. Não podemos nos deixar levar pelas palavras de homens.

Muitas religiões, se não todas, tentam vender esta idéia para você, a de que você não pode ter dúvidas, não pode pensar a respeito, não pode ouvir opiniões divergentes de cabeça aberta. Isso pode mesmo levar a dúvida. Mas a dúvida não precisa ser ruim, como descobri. A dúvida lhe dá a oportunidade de uma visão em alto nível. Sem esta dúvida, você é um guerreiro no meio de uma batalha sangrenta, que olha para os lados e vê infinitos inimigos, ficando desanimado, ou que vê poucos inimigos, e se sente vitorioso.

Com a dúvida, você pode se sentir mal por não estar lutando ao lado daqueles valentes guerreiros, mas ao ficar mais distante, e um pouco acima do terreno da batalha, você consegue ver que na verdade as linhas inimigas estão extremamente enfraquecidas, e que só mais alguns poucos deles restam de pé, e que vocês podem ganhar a guerra. Ou ver que eles estão muito mais fortes do que os guerreiros no campo de batalha podem imaginar, e préviamente pensar em alguma estratégia.

A dúvida pode lhe deixar tão cético que você fica preso a um modelo de pensamento aonde nada pode ser verdade, este é o perigo (e eu já conheci muita gente assim). Isso é capaz de matar alguém aos poucos. Mas a dúvida pode na verdade lhe dar a oportunidade de ver por entre brumas de malícia, e distinguir e discernir dentre o que é certo e errado, bom e mal.

Existem pessoas que usam sua fé como muleta, como sustentáculo para os vazios de sua vida, e que se mantém propositadamente presos a isso por uma série de motivos. Tornam-se fanáticas. E da mesma forma, há aqueles que eu classifico como céticos fanáticos, que só se contentam em desmentir tudo o tempo todo, desdenhar e questionar.

Nem um e nem o outro estão certos. O que falta ao ser humano, nesta e em quase todas as outras questões, é equilíbrio. Este talento, que julgo ser uma capacidade fundamental o progresso, infelizmente anda cada vez mais raro dentre os homens.

Religiões e correntes de pensamento, culturas e filosofias, todas parecem se digladiar em uma batalha sem fim. Uma tentando matar as outras, em busca da hegemonia. No que isso nos levará? Não consigo deixar de pensar no que ocorreu na Irlanda nos anos anteriores aos de 1990, e em todos os conflitos de cunho religioso (entre católicos e protestantes,) e nacionalistas ( entre republicanos e monarquistas).

Será que a próxima grande guerra não está sendo formada, pouco a pouco, discussão a discussão, nas esquinas, escritórios, escolas, clubes e(em boa parte) na Internet?

13 de outubro de 2008

SÓ RINDO

Vez ou outra acontecem coisas que me fazem rir, sendo que para a maioria das pessoas seria um aborrecimento. O que devia me enfraquecer, no final das contas, fortalece.

Na verdade estas coisas me fazem rir porque eu já sabia que aconteceriam e que vão continuar a acontecer, e que eu estaria sujeito a elas assumindo minha edeologia abertamente, seja para o bem, seja para o mal.

Mas cá entre nós: já passei da idade de me aborrecer com besteiras e tolices. Com as quais já me aborreci muito muitos anos atrás. Hoje eu escolho simplesmente balançar a cabeça e concordar, como a gente faz com uma pessoa muito chata da qual quer se ver livre logo. "Ta bom, ta bom, é isso ai mesmo".

Nestas horas as palavras de Jesus fazem mais sentido do que nunca.

"E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." - Mateus 5-1:13

10 de outubro de 2008

FAZENDO MEU PRÓPRIO TIPO DE MÚSICA

Existem filmes e músicas que me fazem sentir mais aceito e menos estranho, porque me lembram que, no mundo, ainda existem pessoas que, de certa forma, pensam como eu. Esta é uma delas.

Make Your Own Kind Of Music

Cass Elliot

Nobody can tell ya;
There's only one song worth singin'.
They may try and sell ya,
'cause it hangs them up
to see somone like you.

But you've gotta make your own kind of music
sing your own special song,
make your own kind of music even if nobody
else sing along.

So if you cannot take my hand,
and if you must be goin',
I will understand.

You're gonna be knowing
the loneliest kind of lonely.
It may be rough goin',
just to do your thing's
the hardest thing to do.

But you've gotta make your own kind of music
sing your own special song,
make your own kind of music even if nobody
else sings along.

So if you cannot take my hand,
and if you must be goin',
I will understand.

You gotta make your own kind of music
sing your own special song,
make your own kind of music even if nobody
else sings along.

9 de outubro de 2008

ESCRAVIDÃO ILUSIONISTA




A imagem clássica que todos fazemos de um escravo é a de uma pessoa cabisbaixa, presa a grilhões, chicoteada e aprisionada fazendo tudo o que lhe mandam. A escravidão é ruim para a pessoa, e a faz sofrer, lhe dá angústia, e lhe faz muitas vezes desejar a própria morte.
Dizer que a escravidão acabou é demagogia. Existem lugares aonde ela ainda impera declaradamente. Aonde pessoas se vêem contra sua vontade, obrigadas a fazer o que não querem em condições insalubres de trabalho forçado. Mas isso é apenas um chamariz. Digo que a verdadeira escravidão é muito mais diabólica.

Quando “MATRIX” saiu, me lembro de que José Wilker disse que não via nada demais naquela história, que era um filme bobo de ação amarrada por um monte de besteiras. É o pensamento da maioria das pessoas.

Matrix explicou com uma parábola o que acontece com o mundo de verdade. Somos todos escravos. Como Chaplin disse no final de “O Grande Ditador”, do qual falei no post passado, ditadores se fortalecem fazendo escravos. E se a escravidão for algo oculto? Algo que foi implantado sistematicamente como um conjunto de valores tradicionais?

Pense bem: você vive da maneira que quer ou vive da maneira que dá? Você se sente livre no mundo em que vivemos ou se sente oprimido diante das regras do mercado de trabalho, da economia, da sociedade moderna?

A escravidão atual é simples, e a ela foi dado um novo nome: lei de mercado. Você é um escravo, porque “se não fizer o que te mandam você perde seu emprego e então estará perdido”. Dinheiro. Poder. Controle. As mesmas coisas de sempre. Nem na criatividade os déspotas tem alguma virtude. Anseiam pelas mesmas coisas sempre.

Ando cansado demais. Já disse esta mesma frase antes, mas hoje, mais do que em qualquer outra época de minha vida, mais do que na adolescência, me sinto farto destes dias tristes que insistem em dizer que são felizes. Felicidade aonde?

Vi hoje de manhã que no império Maia construíram prédios, cidades e estradas apenas com materiais encontrados na selva próxima, e estas obras duram até hoje, mais de 2.000 anos após sua construção! E hoje, quando constroem uma rua pavimentada em nossas ditas cidades modernas, elas duram poucos anos, e nunca ficam boas por muito tempo. Como pode? Não desenvolvemos tecnologias tão avançadas e evoluímos na ciência? Porque não somos mais capazes de construir uma rua que dure tanto?

A resposta é que podemos construir, mas não construímos por causa da economia e de um sistema que sistematicamente nos enclausura em uma prisão social, emocional e ideológica. Se a estrada durar 1000 anos, não precisará de manutenção. Sem manutenção, não haverá empreiteiras e contratos, nem promessas de campanha para se arrumar a estrada, e nem planos para construir-se novas estradas a fim de desafogar aquela, e nem um problema menor (a estrada esburacada) que desvie a atenção do povo para problemas realmente mais graves e importantes.

Manter-nos ocupados, com a mente focada em questões pequenas, nos prendendo com grilhões econômicos, matando no ser humano sua humanidade e destruindo a natureza do homem é o que se faz para diminuir-nos a uma mera peça na grande máquina de produção que chamamos de sociedade. Se a peça quebra, basta trocá-la, e a quebrada, joga-se no lixo.

É uma escravidão ilusionista. O que fazem os ilusionistas? Ilusão! Não é mágica, mas sim um truque que é usado em escala global. Um ilusionista lhe mostra algo que prende sua atenção, que lhe confunde. Neste momento, ele faz algo que você não vê, e que tem um resultado óbvio, mas que você não pode entender porque ocorreu já que estava prestando atenção em outra coisa. Vivemos uma escravidão ilusionista. Nos fazem acreditar em algo, em um sistema, que é mera distração. Sem que vejamos, fazem coisas obscuras.

A crise econômica global está nas manchetes a mais de 2 semanas. Não se fala de outra coisa. É o chamariz. Não sei o que estão fazendo, mas em algum lugar, algo terrível está ocorrendo. Algo que não podemos ver porque estamos distraídos com essa crise.

Não sei o que é nem o que pode ser. Mas quando o resultado desta coisa oculta estourar, todos nós vamos achar que é mágica. E vamos aplaudir, presos a nossos grilhões invisíveis.

Deus é amor, e amar é cumprir todos os desejos e mandamentos que Deus nos direciona. Portanto, o amor é, além de tudo, liberdade. O mundo tenta matar o amor. E é por isso que o mundo jaz no maligno.

8 de outubro de 2008

MUNDO TORTO

Quando eu era criança, não gostava de filmes antigos. Achava-os massantes, tristes até. Me lembro de que eu detestava os filmes do Chaplin principalmente, pois havia assistido a aquele "A Criança e o Vagabundo" e o achei tão depressivo que desisti de ver qualquer coisa em preto e branco. Mas eu cresci, e passei a apreciar e entender o que antes me era enfadonho.

Por uma necessidade de minha esposa, que tinha que mostrar uma parte do filme "Tempos Modernos" a seus alunos, acabei tendo acesso também ao filme "O Grande Ditador". E percebi, vendo os dois, o motivo de definirem Chaplin como um gênio. Ele era. O final de "O Grande Imperador" me assustou. Parecia que ele falava dos dias atuais, mas o filme é de 1940. Visionário? Ou a humanidade que se perde cada vez mais em seu caminho?

Eu sempre tive a impressão de que tudo está errado neste mundo. Principalmente nos últimos dias, quando passo por momentos tão atribulados em meu serviço, com vários projetos sendo acumulados, e seus prazos me esmagando em preocupação e amargura. Chaplin, pelo visto, tinha o mesmo sentimento.

O discurso final de "O Grande Ditador" me parece que é muito replicado na Internet. O que me faz pensar que muitas pessoas o lêem. Mas me pergunto: se muitas pessoas o lêem, como pode não haver impacto no mundo? E então me lembro de Jesus, e vejo no quanto as pessoas (eu inclusive) conhecem o que Ele isse (muito mais do que Chaplin, imagino), mas não são afetadas e nem se inspiram a mudar o mundo, mudando-o de fato. Não há mobilização. As pessoas tem instinto de ovelha, e não é a toa que Jesus nos trata desta forma, colocando ele como pastor. Temos instinto de rebanho e só fazemos o que os outros fazem. "Se ninguém está mudando de verdade, eu é que não vou".

De qualquer forma, segue o texto que me deixou mais triste ainda, pois agora que eu sei que o mundo já tem noção destas coisas desde muitos anos atrás e ainda não mudou, tenho menos esperança ainda de que um dia mude. Por mais que as pessoas digam que para mudar o mundo devemos mudar primeiro a nós mesmos. Eu já me mudei. Mas não vejo ningupem mais mudar. O que me faz pensar se sou eu quem me engano ao pensar que mudei, ou se de fato ninguém está nem ai pra nada a não ser para si mesmo.

O último discurso

de “O Grande Ditador”

Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!

Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!

3 de outubro de 2008

PORCARIA



Cá estou eu, com um "brain drain" fortíssimo devido a uma montanha de trabalho e de prazos apertados, e quando vou tentar arejar a cuca um pouco, me deparo com isso aqui (você precisa do Quick-time para ver).

É o teaser trailler do filme do DRAGON BALL. Me pergunto como conseguem estragar uma história que é de certa fporma perfeita e transformá-la em um lixo. E em como conseguem pegar alguns dos personagens mais completos e famosos do mundo deixá-los totalmente diferentes do que eles são.

Não é mera incompetência. É maldade. Alguém vai ter que segurar o Akira Toriyama para que ele não corte os pulsos diante dessa monstruosidade que fizeram com sua obra-prima.

É difícil saber se um filme vai ser bom ou ruim antes que ele definitivamente seja mostrado a público. Nem mesmo MULHER-GATO pode ser medido antes da estréia. Mas DRAGON BALL parece deixar muito claro sua qualidade desde o começo, e confirmar suas intensões com um simples teaser trailler.

Infelizmente o filme É uma porcaria. Por mais difícil que isso fosse, afinal fazer uma cópia exata do mangá, mesmo que com maquiagens ruins e efeitos toscos, seria muito mais digno se tentasse se manter fiél ao original. Coisa que evidentemente este filme nem tentou ser.

Alguém prenda esta gente. Estupraram a obra máxima dos quadrinhos japoneses.

2 de outubro de 2008

FLUTUAÇÃO FUNCIONAL

A dicotomia do capitalismo é de uma insanidade tremenda, não? Estes dias eu estava conversando com minha esposa sobre o trabalho dela (dar aulas). E percebi que o fim do antigo “colegial técnico”, o qual eu ela cursamos, está mais fazendo mal do que bem.

Havia antes a possibilidade de, em um só período, você fazer tudo de uma só vez, e terminar aqueles 3 ou 4 anos de estudo com uma oportunidade dupla: seguir na profissão técnica na qual se formara, prestar vestibular ou começar uma faculdade com uma base técnica muito maior do que a da maioria das pessoas.

Dizia-se que o colegial técnico não preparava o estudante adequadamente para a faculdade, e então resolveram separar as coisas: ou faz técnico ou faz normal. E com isso cortou-se a possibilidade de milhares de pessoas se formarem duplamente.

É fato que existem escolas que tem as duas modalidades, mas apenas em períodos diferentes. Técnico de manhã e normal a tarde, ou vice-versa. Mas com isso, as pessoas nesta idade, que não raramente trabalham pelo menos por meio período (como eu trabalhava) tem que fazer uma escolha entre um ou outro. E para pessoa ser técnica, ela tem que ter o ensino médio, ou estar cursando-o simultaneamente, se não me engano.

Desta forma, a pessoa faz o ensino médio. E o que acontece quando ele termina o ensino médio? Ele poderá fazer o curso técnico, ou uma faculdade. O que você acha que ele (ou ela) vai escolher? Ainda mais com o boom de faculdades que existe nos dias atuais?

O resultado é que a indústria reclama há anos a falta de mão-de-obra técnica no país. Porque as pessoas, tendo de escolher entre um curso técnico ou uma faculdade, escolhem a faculdade, que lhes dará a possibilidade de ter melhores salários do que aqueles pagos a técnicos.

Ai começa-se a faltar técnicos e a sobrar pessoas com nível superior. É como se você tivesse 10 engenheiros para cada pedreiro que encontrasse no mercado. Pedreiros ganham menos do que engenheiros, mas eles implementam o que os engenheiros fazem. Normalmente pessoas de nível superior concebem, planejam, gerenciam , projetam e avaliam, enquanto que os técnicos cuidam do operacional.

O que você acha que vai acontecer com o salário do pedreiro? Vai subir, porque eles são poucos e serão disputados a tapa pelas empresas, afinal não vivemos em um mundo aonde vivemos do abstrato . E com o salário do nível superior? Vai cair, porque a concorrência será alta.

As pessoas mais novas, então, vão olhar esta situação e vão se perguntar se vale a pena se matar de estudar em uma faculdade, que é bem mais complexa do que um curso técnico (afinal no técnico se foca muito na atividade em si e na faculdade você tem uma formação mais ampla e nervosa).

Ai as pessoas vão preferir o curso técnico, e o contrário acontecerá, até que o mercado se estabilize e as pessoas percebam que na verdade você tem que fazer aquilo que mais lhe agrada. Nos países mais desenvolvidos do mundo já é assim, com um operário da construção civil ganhando não muito menos do que um médico, por exemplo. Sei que no Canadá é assim.

Dentre os dois, fiquei com os dois. Me formei técnico em desenho mecânico e bacharel em análise de sistemas. Podem ser duas profissões que não tem nada em comum, e mesmo que eu nunca tenha trabalhado como técnico em desenho, ainda assim é uma segunda profissão.

O capitalismo nos instiga sempre a obter lucro máximo com o esforço mínimo. O mercado, infelizmente, está fadado ao saturamento. A demanda não cresce na mesma medida que a massa trabalhadora, e mesmo assim, o desenvolvimento tecnológico e o acúmulo de conhecimento faz com que o mercado desenvolva técnicas mais avançadas de criação á produção, diminuindo a quantidade de pessoal necessário para se desempenhar um processo.

Em tempos de crise financeira como esta pela qual o mundo passa agora, isso será mais visível ainda, pois todas as empresas buscarão meios de cortar custos e maximizar ganhos. É a lei de mercado, aonde a competitividade está ligada à velocidade, qualidade, custo e preço. O aumento das duas primeiras e a diminuição das duas últimas são forças antagônicas, e a equalização correta entre elas é aquilo que todo empresário busca.