LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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29 de janeiro de 2011

SONHO: CONTRA-BAIXO


Sonhei esta noite com algo que me surpreendeu.

Eu esta em algum lugar, uma rua estranha de terra com galpões. Agora, pensando bem, parecia com a rua da gráfica aonde tive meu primeiro emprego. Eu estava em um destes galpões fazendo alguma coisa, da qual eu não me lembro bem o que era.

De uma hora para outra várias pessoas vem me buscar totalmente extasiadas e felizes. Elas me arrastam para outro galpão e ao chegarmos lá haviam três pessoas que eu nunca vi na vida, mas que no sonho eu as conhecia. Sabia que eram músicos ou profissionais de TV, uma delas eu sabia no sonho que era cantora evangélica. Estranhamente eu estava com uma leve ereção ao abraçar a mulher e fiquei meio sem jeito.

Eles então me deram de presente, em um case preto, um contra-baixo! Um jazz-bass de 6 cordas (se é que isso existe) azul. E junto, um cubo meteoro. Me disseram então que estavam me dando aquilo porque eu havia me desfeito do meu outro contra-baixo (e isso realmente eu fiz porque havia me revoltado e desistido totalmente de tocar), e que eu não devia abandonar meus sonhos.

O sonho acabou e eu acordei.

Fiquei pensando se este sonho foi realmente direto ou se foi simbólico. Meu subconsciente está me dizendo que eu sinto saudades de tocar baixo ou está me dizendo que eu não devo abandonar meus sonhos, que está na hora de retomá-los, já que eu abandonei praticamente todos há alguns anos?

26 de janeiro de 2011

CRISTIANISMO X HUMANISMO

Por Rousas J. Rushdoony
Tradução: Márcio Santana Sobrinho
Fonte: The Philosophy of the Christian Curriculum, p. 171-174.
Link de Origem: http://monergismo.com/?p=1542

O tema que irá dominar os anos que estão por vir é a batalha que está se travando entre o cristianismo e o humanismo. É uma guerra até a morte. O cristianismo é uma visão de mundo e de vida e uma fé, e somente pode existir como tal. Ou é a Palavra de Deus para todas as áreas ou não o é para nenhuma.

O cristianismo nasceu dessa mesma batalha. É somente o abandono do cristianismo o que produziu um retorno ao início desta antiga batalha dos séculos. No dia de Pentecostes a grande proclamação de Pedro foi esta: “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (Atos 2:36). “Jesus é Senhor!” Esta é a regozijante e central proclamação da igreja primitiva. É a declaração de Paulo (Fp. 2:9-11; Rm. 10:9; 1Co. 12:3), e é a declaração regozijante de que em Cristo se cumpriu a profecia de Isaías 45:23. Declarar que Jesus é Senhor significa que Ele é o soberano do mundo, que governa de maneira absoluta todas as esferas da vida e do pensamento. É obrigatório que cada área de nossa vida seja cristã: a igreja, o Estado, a escola, a família, as profissões, as artes e as ciências, e todas as demais coisas, devem servir somente a Cristo, o Senhor.

Um problema para entender o alcance de nossa obra é o mau emprego comum da palavra igreja. A palavra em inglês provém do termo kyriakos, um adjetivo grego, como em kyriakon doma, ou kyriake oika; nossa palavra igreja se refere a uma instituição de adoração, ao ministério da Palavra, ou a um edifício. A palavra do Novo Testamento traduzida como igreja é ecclesia, que dá o sentido de duas palavras hebraicas: ´edhah (congregação) e qahl (assembléia). Ela pode se referir a todas as pessoas redimidas, sua reunião para adorar, seu governo civil, a família, ao exército temente a Deus, e mais: significa o Reino de Deus. De modo que, onde a Escritura fala de igreja, significa o domínio de Cristo em todas as áreas e esferas da vida. Todas as coisas hão de
ser postas debaixo do domínio de Cristo, o Senhor.

Na atualidade é o humanismo quem sujeitou todas as coisas, incluindo a maioria das igrejas, sob o domínio do homem como senhor. O propósito das escolas do Estado, tal como estabelecido por Horace Mann, James G. Carter e outros, era duplo: primeiro, estabelecer o centralismo, a prioridade do Estado sobre todas as áreas da vida, e, segundo, eliminar a fé bíblica. Os fundadores da educação estatal nos Estados Unidos criam num unitarismo, não no Deus trino. E criam, agora corretamente, que o controle sobre a criança através das escolas era a chave para controlar a sociedade. O controle sobre as escolas determinará, em última instância, o controle sobre o Estado e a igreja.

O cristianismo e o humanismo são religiões diametralmente opostas: uma é a adoração ao Deus trino e soberano, a outra é a adoração ao homem. Analisemos brevemente alguns pontos básicos de diferenciação entre o cristianismo e o humanismo e como estes afetam a Educação. Isto está longe de ser uma análise exaustiva. Nosso propósito é pontuar brevemente algumas das diferenças fundamentais:












CRISTIANISMOHUMANISMO
1. A soberania do Deus triúno é o ponto de partida, e este Deus fala através de sua Palavra infalível.1. A soberania do homem e do Estado é o ponto de partida, e é a palavra dos homens da elite e da ciência que devem ser ouvidas.
2. Devemos aceitar Deus como Deus. Ele é o único Senhor.2. O homem é o seu próprio deus, escolhendo ou determinando para si mesmo aquilo que constitui o bem e o mal (Gênesis 3:5).
3. A Pessoa e a Palavra de Deus é a Verdade.3. A verdade é pragmática e existencial: ela é o que nos for útil e aquilo que nós queremos fazer.
4. A educação é de acordo com a verdade de Deus em cada área.4. A educação é a auto-realização e o auto-desenvolvimento da criança.
5. A educação é a disciplina em um conjunto da verdade. Este conjunto da verdade aumenta com pesquisa e estudo, mas a verdade é objetiva e dada por Deus. Nós iniciamos pressupondo Deus e sua Palavra.5. A educação é livre de restrição e de qualquer idéia de verdade fora de nós. Nós é que somos o padrão, e não coisa alguma fora de nós.
6. Padrões piedosos nos regem. Devemos nos guiar por eles. O professor faz o pupilo.6. A escola e o mundo devem ditar as necessidades do pupilo. O pupilo faz o professor.
7. A vontade do homem e a da criança devem ceder ao propósito de Deus. O homem deve ser refeito e renascido pela graça de Deus.7. A sociedade deve ceder e se amoldar à vontade do homem, e a vontade da criança é sagrada.
8. O problema do homem é o pecado. O homem deve ser recriado por Deus.8. O problema do homem é a sociedade. A sociedade deve ser recriada pelo homem.
9. A família é a instituição básica. 9. A família está obsoleta. O indivíduo e o Estado são básicos.


As escolas cristãs devem ensinar todas as disciplinas a partir de uma perspectiva centrada em Deus, ou do contrário estará ensinando humanismo. A Matemática, por exemplo, não tem validade em um universo de casualidades: ela repousa na pressuposição de um Deus soberano e predestinador.¹

O livro humanista de História não somente elimina a história bíblica e o grande papel central da nossa fé cristã, mas também vê a História como uma sucessão de lances de azar em lugar de ver
propósito nela. A História, para o humanista, na melhor das hipóteses, está determinada pelo homem, contudo, para o cristão, ela está determinada por Deus.

Nas ciências, devemos negar uma vez mais o “domínio” da casualidade. O determinismo materialista não é melhor. A visão newtoniana da casualidade entrou em colapso porque sua perspectiva puramente naturalista é inadequada. Não existe uma causa única na natureza. Ademais, a multiplicidade de causas não é suficiente para explicar a ordem, o design e o significado. Somente a pressuposição do Deus da Escritura pode sustentar a ciência de maneira apropriada.

Na Literatura devemos nos perguntar: o que é um clássico? A idéia do que constitui um clássico varia de cultura para cultura. Assim o grande épico vietnamita, O Conto de Kieu, é uma obra-prima do humanismo. Alimenta a auto-compaixão, a acusação contra Deus, e a crença de que o homem, que tem em si a raiz da bondade, é a vítima de Deus.² Um clássico cristão deve refletir uma cosmovisão cristã; deve ver o conflito como uma realidade moral, não metafísica e deve afirmar uma harmonia total e básica, não um conflito de interesses.

No ensino de Língua devemos nos lembrar que a gramática e a cultura estão interrelacionadas. Há uma premissa teológica para a gramática. As culturas relativistas não podem desenvolver um verdadeiro tempo futuro, nem um sentido apropriado do futuro. Além disso, as palavras representam significados; são verdades proporcionais em miniatura. A comunicação é possível onde prevalece uma cultura comum. Quanto mais existencialista se torna uma cultura, mais difícil se torna a comunicação, porque as palavras e os significados são debilitados ou destruídos.

De modo que a fé cristã possui um ponto de interesse integral. As escolas cristãs são uma necessidade, ou do contrário teremos escolas anticristãs. Se o cristianismo ignora a educação, ou abandona as escolas cristãs, está cometendo um ato suicida. Aqueles que fazem isto negaram a Cristo e Seu Senhorio

¹ Ver Vern S. Poythress, “Creation and Mathematics; or What Does God Have To Do With Numbers?”, in The Journal of Christian Reconstruction, vol. I, no. 1, Verão de 1974, pp. 128-130; P.O. Box 158 Vallecito, California 95251; e Vern S. Poythress, “Mathematics,” in Gary North, editor: Foundations of Christian Scholarship, pp. 159-188. Vallecito, California: Ross House Books, 1976.

² Huynh Sanh Thong, translator: The Tale of Kieu by Nguyen Du. New Cork: Random House, 1973.

25 de janeiro de 2011

SEGUIR A JESUS - O QUE É ISSO?

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
http://www.isaltino.com.br/2011/01/seguir-a-jesus-o-que-e-isso/

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 30.1.11

“Semana da recuperação dos bens”, “Tome posse da bênção”, “Aprenda a prosperar”, “Pegue aqui sua bênção”. Vi estes lemas em faixas em igrejas evangélicas. Competindo por clientes, elas procuram oferecer algo superior às demais. Isso é seguir a Jesus? É este o conteúdo do evangelho?

No “Jornal de missões” da CBB há artigos comoventes. Como o projeto missionário para ajudar crianças da cracolândia, onde surgiu a Igreja Batista Cristolândia. É um trabalho com os filhos dos dependentes químicos, traficantes e prostitutas da região. Vejo o projeto para desintoxicação feminina, recuperando viciadas. Uma igreja batista organizada em Belém, fruto do trabalho com os romeiros do Círio. Batismos efetuados por nossos missionários em Botsuana e Filipinas. Lançamento da pedra fundamental de um templo no Senegal e nosso trabalho no Paraguai. Uma igreja batista na Espanha, que investe 80% de seus recursos em missões. O trabalho dos batistas brasileiros na Nicarágua, Ruanda, Haiti, Timor-Leste, e batismos na Itália, Moçambique e com muçulmanos.

As igrejas das faixas pensam que seguir a Cristo é ganhar coisas. As do jornal, que é comprometer-se com ele. Assumir o evangelho, com paixão, e pregá-lo a outros.

As faixas mostram um evangelho adaptado a um mundo consumista, no qual as pessoas querem cada vez mais coisas, menos problemas e mais conforto. Um evangelho egoísta. As pessoas deixam de ser pecadoras que carecem de salvação. São compradoras da felicidade. E a igreja lhes vende um evangelho mundano: seguir a Jesus é um bilhete de primeira classe por esta vida. É a “bênçãotite”, a busca de bênção, de bem-estar. Seguir a Jesus é ter vida mansa. É a fé “tudo a mim”.

Seguir a Jesus é compromisso: “Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). A estrada do fiel é a da cruz, e não a do trono (Hb 11). Este vem no final, mas a trilha é a da cruz, e não a das riquezas, saúde perfeita e felicidade material.

A fé madura se engaja, quer ser útil e levar Jesus a todos. Quem segue a Jesus já tem a maior de todas as bênçãos, a salvação, a adoção de filho, e reparte isto com os demais. É a fé do convertido. Gente que incomoda o mundo: “Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui” (At 17.6). Disse Bernanos: “Os convertidos são incômodos”.

Crentes crianças querem coisas e presentes do Papai Noel. Crentes adultos querem servir e ser úteis. Seguir a Jesus é ser maduro. Seja um seguidor maduro. Não uma criancinha que só que receber.

CARNAVAL CAMPINAS 2011

Mais uma vez, em um total descaso da Prefeitura Municipal de Campinas para com os moradores da Vila Industrial, o carnaval será na Av. Prefeito Faria Lima, do lado da minha casa, como o próprio site da prefeitura relata. Foi assim em 2008, 2009 e 2010. Será assim em 2011.

Ano passado foi uma vergonha: o prefeito falou de forma pomposa a todos os veículos de imprensa que o carnaval 2011 ocorreria no sambódromo de Campinas, que seria construído durante o ano em um lugar mais isolado e longe de zonas residenciais, e que a Vila Industrial finalmente estaria livre dessa descabimento. Fiquei muito feliz, assim como todas as pessoas da Vila Industrial, mas no fundo eu não acreditei naquilo. Não consigo.

No final do ano de 2010, quando estava ficando obvio que o sambódromo era apenas mais uma dentre inúmeras promessas vazias de uma administração totalmente populista e esquisofrênica, circulou até um panfleto de um vereador dizendo que havia conseguido que o carnaval não fosse mais realizado na Vila Industrial. Não sei que vereador foi, pois não recebi o panfleto, mas meu irmão sim, e ele também não se lembra. Eu também fiquei feliz, e também não acreditei muito.

Considero isso tudo como um cuspe na cara de cada um dos moradores da Vila Industrial, e dos cidadãos de Campinas de uma forma geral. O prefeito cuspiu pessoalmente na cara de cada um de nós, que reclamamos há anos sobre este absurdo que é ter uma festa deste tamanho e que gera este nível de inconveniência a um bairro que é há anos esquecido pela administração municipal, que acumula buracos e mais buracos nas ruas, que tem mato crescendo por todos os cantos, que não tem policiamento adequado e que tem deficiências sérias de transporte público. mas que na época do carnaval sofre um milagroso multirão da prefeitura pra deixar tudo "bonitinho" pelo tempo necessário para a festa terminar.

Nem mesmo o fato do bairro ter em suas cercanias pelo menos dois hospitais fez a prefeitura viabilizar um lugar mais adequado para a festa, total é inanição do poder público, que não vê nisso um problema para eles, mas sim um problema da população da Vila Industrial. E eles não tem nada que resolver o problema dessa gente, ?

O POVO QUE SEJA OBRIGADO A PARTICIPAR DESTA FESTIVIDADE, COMO A IMAGEM DESTA MATÉRIA AONDE UM DEMÔNIO OBRIGA UMA PESSOA A VER ALGO QUE ELA NÃO QUER.

O que me resta fazer diante disso? Como dinamitar a rua ou disparar granadas no meio da festa é crime inafiançável, não posso fazer nada além de fugir novamente como já venho fazendo nos últimos 3 anos... gastar minhas poucas economias para fugir dessa situação vergonhosa de não ter direito ao silêncio e a paz, direito este negado justamente pelo poder público que dentre tantas outras coisas deveria zelar por ele. Se já não me bastassem os vizinhos idiotas da frente, que gostam de fazer festas aonde se embebedam e ficam se xingando e gritando até alta madrugada.

Não sei para onde eu vou, mas com certeza será caro. Descontar este valor do meu IPTU eles não querem...

24 de janeiro de 2011

AUTOCONHECIMENTO NÃO TRAZ NECESSARIAMENTE FELICIDADE

Autoconhecimento pode não trazer felicidade, diz psiquiatra
Por Richard A. Friedman*
The New York Times
fonte: UOL


Para muitos terapeutas, o autoconhecimento como pré-requisito para uma vida feliz é praticamente um artigo de fé. A introspecção, diz o pensamento, pode libertá-lo de suas manias psicológicas e promover o bem-estar.

Pode ser, mas uma experiência recente me fez pensar se o autoconhecimento é mesmo tão bom quanto todos dizem.

Não muito tempo atrás, vi um jovem de trinta e poucos anos triste e angustiado por ter sido deixado pela namorada - pela segunda vez em três anos. Estava claro que seus sintomas eram uma reação à perda de um relacionamento, e que ele não estava clinicamente deprimido.

"Já repassei o assunto muitas vezes na terapia", contou ele. Ele tinha dificuldade em lidar com qualquer separação de namoradas. Se elas iam embora por apenas um final de semana ou se ele estava viajando a trabalho, o resultado era sempre o mesmo: o doloroso estado de depressão e angústia.

Ele inclusive conseguiu rastrear seus sentimentos até a separação de sua mãe, que ficara hospitalizada por vários meses, quando ele tinha quatro anos, para um tratamento contra o câncer. Em resumo, ele havia tido grandes epifanias na terapia, atingindo a natureza e as origens de sua ansiedade - mas não se sentia melhor.

O que a terapia havia conseguido era dar a este jovem uma narrativa coerente de sua vida; ela havia desmistificado seus sentimentos, sem grandes progressos para alterá-los.

Seria isso porque seu autoconhecimento era imperfeito ou incompleto? Ou a própria introspecção, independente de quão profunda, teria um valor limitado?

Psicanalistas e outros terapeutas discutiram por anos essa questão, que chega ao núcleo de como funciona a terapia (quando ela funciona) para aliviar a agonia psicológica.

Debates teóricos não resolveram a questão, mas uma pista sobre a possível relevância do autoconhecimento vem de estudos comparativos sobre diferentes tipos de psicoterapia - sendo que apenas alguns deles enfatizam a introspecção.

Na verdade, quando dois tipos distintos de psicoterapia são comparados diretamente - e existem mais de 100 estudos desse tipo -, muitas vezes é difícil encontrar qualquer diferença entre eles.

Pesquisadores chamam apropriadamente esse fenômeno de "efeito Dodo", referindo-se ao pássaro Dodo de "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll, que preside uma corrida das mais extravagantes e declara todos como vencedores.

O significado para os pacientes é incerto. Um paciente com depressão, por exemplo, provavelmente se sentirá melhor com o terapeuta usando uma abordagem cognitiva-comportamental, que busca corrigir ideias e sentimentos distorcidos, ou com uma terapia psicodinâmica orientada pelo autoconhecimento.

Como o ingrediente comum a todas as terapias não é a introspecção, mas uma indefinida ligação humana com seu terapeuta, parece justo dizer que a introspecção não é nem necessária e nem suficiente para melhorar.

E não é só isso: algumas vezes, a introspecção parece até mesmo agravar o sofrimento de uma pessoa.

Lembro-me de um paciente que era cronicamente deprimido e insatisfeito. "A vida é um grande empecilho", dizia ele, antes de catalogar uma lista bastante real de problemas sociais e econômicos.

É claro, ele estava certíssimo sobre o perigoso estado da economia, embora fosse rico e não estivesse diretamente ameaçado por ela. Ele era um analista financeiro muito bem-sucedido, mas estava entediado com o trabalho, que, para ele, era mecânico e pessoalmente insatisfatório.

Ele já tinha feito anos de terapia antes de se consultar comigo, e havia chegado à conclusão de que escolhera sua profissão para agradar seu exigente pai - em vez de seguir sua paixão pela arte. Mesmo sendo muito perceptivo a respeito de grande parte de seu comportamento, ele claramente não era mais feliz por isso.

Quando ficava deprimido, porém, essa percepção agravava sua dor - pois ele repreendia a si mesmo por não ter enfrentado o pai e seguido seu próprio caminho.

Pesquisadores sabem há anos que pessoas deprimidas têm essa inclinação seletiva da memória para eventos negativos em suas vidas; não é que elas estejam fabricando histórias negativas, e nem se esquecendo das boas. Nesse sentido, suas percepções e visões podem ser tristemente precisas, embora parciais e incompletas. Sua introspecção lhes faz tão bem!

Isso inclusive nos faz imaginar se um pouco de autoilusão é algo necessário para a felicidade.

Nada disso significa dizer que a introspecção não tem valor. Longe disso. Se você não quer ser um prisioneiro de seus conflitos psicológicos, a introspecção pode ser uma poderosa ferramenta para afrouxar seu aperto. Você provavelmente sentirá menos dores emocionais, mas isso é diferente da felicidade.

Falando nisso, meu paciente cronicamente deprimido veio me ver recentemente, parecendo excessivamente feliz. Ele tinha largado o emprego e conseguido outro, com salário infinitamente menor, no mundo das artes. Nós começamos a conversar sobre por que ele se sentia tão bem. "Simples", respondeu ele. "Estou fazendo o que gosto".

Percebi, então, que sou muito bom em tratar a tristeza clínica com remédios e terapia, mas que trazer felicidade é algo além. Talvez a felicidade seja um pouco como a autoestima: as duas requerem esforço. Pois, até onde eu sei, é impossível obter uma infusão de qualquer uma delas com um terapeuta.

* Richard A. Friedman é professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina Weill Cornell, em Manhattan

22 de janeiro de 2011

O SISTEMA RELIGIOSO SEM GRAÇA

Exagero? Ou será que a verdade está na nossa cara e a gente não percebe? Incrustado na nosso dia-a-dia?



15 de janeiro de 2011

A Verdade Sobre as Traduções Bíblicas Entrevista 1 parte 1de4