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16 de dezembro de 2008

MENTIRAS VERDADEIRAS



Há dias que tenho vontade de morrer. Hoje é um destes dias. Sinto-me triste, cansado, arruinado, desmotivado, desacreditado. Absurdamente enfastiado desta coisa que viver, de ser alguém legal, de ser alguém responsável, forte, altruísta, calmo e centrado.

Sinto-me um coadjuvante em tudo. Estou com muito sono, estou com muita raiva, estou com muitos sentimentos, pensamentos e vontades sufocadas dentro de mim. E principalmente, estou de saco cheio de mim mesmo e queria simplesmente dar um fim a isso. Não digo me matar. Mas simplesmente dar um fim nisso, de alguma forma.

Eu me sinto só. Mais só do que nunca me senti em toda a minha vida. Porque qualquer um com quem eu tento me abrir, das duas uma: ou me esculacha e faz pouco caso (quando não me critica, jogando mais lenha na fogueira), ou chora e não faz nada para resolver porque não quer ou não pode.

A vida é dura, e você está sozinho nela, não importa o que te digam. A maior demagogia que tem é essa ideologia que as igrejas, as empresas e a sociedade te empurram, dizendo que sozinho você não consegue fazer nada, que somos “animais sociais”, que podemos e devemos contar uns com os outros e nos ajudar mutuamente.

Eu entrego os pontos. Eu admito a verdade oculta: estamos sós, e só podemos contar com nós mesmos e com Deus. Não importa se é pai, mãe, esposa, esposo, filho, amigo... você está sozinho, e as coisas nunca vão cair do céu. Ninguém vai fazer nada por você na hora do aperto. Ninguém se importa de verdade com suas necessidades. O ser humano está se lixando com os outros, mas não admite isso. Porque então eu tenho que me lixar?

Sindo que sou absurdamente inocente. Acreditei em tudo que me ensinaram. Só que agora eu descubro que o que aprendi é fátuo, sutil, e intangível. A vida humana é baseada na mentira e no engano. Vejo isso no próprio Natal. Vi uma reportagem hoje sobre famílias que fazem enfeites de natal fenomenais em suas casas, que emocionam as pessoas que passam nas ruas com aquele monte de enas, papais-noéis e outras coisas típicas. A dona de uma das casas teve a pachorra de falar que “aquele era o verdadeiro espírito de natal”.

Ateus deviam se meter debaixo das cobertas no natal e não fazer nada. Porque comemorar o aniversário de Jesus se nem se lembram dele no seu dia a dia? Apelas pelo oba-oba.

1 comentários:

Cara lendo esse seu texto da pra sentir absurdamente inocente de verdades ou mentiras,é o que me faz em acreditar só no amanhã ,porque o vedadeiro Natal não existe
êle é falso é só comercio ,perdeu-se o espirito do aniversariante e de sua simplicidade