Tomar antidepressivo é complicado. Trocar de antidepressivo é mais complicado ainda.
Eu estava tomando Fluoxetina (Prozac) que é um antidepressivo que estava me dando alguns efeitos colaterais, mas que estava me deixando bem estável emocionalmente.
Tentei, seguindo ordens de meu psiquiatra, diminuir a dose pela metade (de 20mg para 10mg) para ver se os efeitos colaterais sumiam. Houve uma melhora e tanto! Porém comecei a ficar irritado e deprimido novamente, como estava antes de começar o tratamento.
O que meu psiquiatra fez então foi mudar minha medicação. A partir de hoje (após cortar a Fluoxetina opor alguns dias) estou tomando o Lexapro, que é um antidepressivo mais forte e moderno que parece apresentar bem menos efeitos colaterais. Infelizmente o primeiro deles já apareceu logo no primeiro dia: enjôo. O segundo, que não está escrito na bula, é óbvio: o bolso. O Lexapro custa mais que o dobro da Fluoxetina!!! Assim fico deprimido mesmo com o remédio! Bem que podia ser manipulável ou ter genérico. Já ajudava...
O enjôo é um efeito colateral normal no uso de antidepressivos, pelo menos comigo (foi assim com a Buspirona e Cibutramina, e foi assim com a Fluoxetina). Sei que ele sumirá em duas semanas no máximo. O que me preocupa é se os outros efeitos colaterais já citados surgirão. Se for para ficar do mesmo jeito volto para a Fluoxetina, que é mais barata. Mas tenho que usar esse ai pelo menos por dois meses para fazer uma avaliação mais adequada.
O ideal, ideal mesmo seria não precisar tomar remédio para isso. A terapia ajuda bastante, mas o caso é que, diferente do que muitos pensam, a depressão é fisiológica e não meramente emocional.
Os antidepressivos todos agem de forma muito parecida, impedindo a recaptação de serotonina no cérebro. A serotonina é um neurotransmissor que te dá sensação de prazer, felicidade e contentamento. Comer chocolate, fazer sexo, ouvir uma música lega, ver um filme bacana ou se divertir com os amigos libera serotonina no seu cérebro.
O problema com pessoas como eu é que temos uma condição biológica que faz com que esta serotonina seja recaptada muito rapidamente no cérebro, ou seja, que perca o efeito mais rapidamente do que em pessoas sãs, o que nos causa depressão, TOC, ansiedade, pânico, etc. Tudo em resposta a falta de serotonina. O medicamento então trabalha em cima de estruturas chamadas de “bombas de recaptação de serotonina”, normalizando o tempo que ela, a serotonina, fica suspensa em ação em nossos cérebros. Ou seja, não ficamos com overdose de serotonina, mas sim ficamos com a quantidade normal. Passamos a sentir o mesmo prazer que as outras pessoas e pelo mesmo tempo que elas.
A diferença entre as classes de antidepressivos é que eles são mais ou menos específicos dependendo de sua geração. A Fluoxetina por exemplo age em um espectro não muito específico de neurotransmissores, então ela não age apenas na serotonina mas também em outros neurotransmissores que não tem nada a ver com o problema da depressão, o que potencializa efeitos colaterais. Já o Lexapro, por ser mais moderno, é bem mais seletivo, incidindo quase que unicamente apenas na serotonina, o que diminui a possibilidade de possíveis efeitos colaterais. Mas esta especificidade tem seu preço, exatamente 50% a mais.
Não sei se o enjôo é do remédio ou do preço dele.
Eu estava tomando Fluoxetina (Prozac) que é um antidepressivo que estava me dando alguns efeitos colaterais, mas que estava me deixando bem estável emocionalmente.
Tentei, seguindo ordens de meu psiquiatra, diminuir a dose pela metade (de 20mg para 10mg) para ver se os efeitos colaterais sumiam. Houve uma melhora e tanto! Porém comecei a ficar irritado e deprimido novamente, como estava antes de começar o tratamento.
O que meu psiquiatra fez então foi mudar minha medicação. A partir de hoje (após cortar a Fluoxetina opor alguns dias) estou tomando o Lexapro, que é um antidepressivo mais forte e moderno que parece apresentar bem menos efeitos colaterais. Infelizmente o primeiro deles já apareceu logo no primeiro dia: enjôo. O segundo, que não está escrito na bula, é óbvio: o bolso. O Lexapro custa mais que o dobro da Fluoxetina!!! Assim fico deprimido mesmo com o remédio! Bem que podia ser manipulável ou ter genérico. Já ajudava...
O enjôo é um efeito colateral normal no uso de antidepressivos, pelo menos comigo (foi assim com a Buspirona e Cibutramina, e foi assim com a Fluoxetina). Sei que ele sumirá em duas semanas no máximo. O que me preocupa é se os outros efeitos colaterais já citados surgirão. Se for para ficar do mesmo jeito volto para a Fluoxetina, que é mais barata. Mas tenho que usar esse ai pelo menos por dois meses para fazer uma avaliação mais adequada.
O ideal, ideal mesmo seria não precisar tomar remédio para isso. A terapia ajuda bastante, mas o caso é que, diferente do que muitos pensam, a depressão é fisiológica e não meramente emocional.
Os antidepressivos todos agem de forma muito parecida, impedindo a recaptação de serotonina no cérebro. A serotonina é um neurotransmissor que te dá sensação de prazer, felicidade e contentamento. Comer chocolate, fazer sexo, ouvir uma música lega, ver um filme bacana ou se divertir com os amigos libera serotonina no seu cérebro.
O problema com pessoas como eu é que temos uma condição biológica que faz com que esta serotonina seja recaptada muito rapidamente no cérebro, ou seja, que perca o efeito mais rapidamente do que em pessoas sãs, o que nos causa depressão, TOC, ansiedade, pânico, etc. Tudo em resposta a falta de serotonina. O medicamento então trabalha em cima de estruturas chamadas de “bombas de recaptação de serotonina”, normalizando o tempo que ela, a serotonina, fica suspensa em ação em nossos cérebros. Ou seja, não ficamos com overdose de serotonina, mas sim ficamos com a quantidade normal. Passamos a sentir o mesmo prazer que as outras pessoas e pelo mesmo tempo que elas.
A diferença entre as classes de antidepressivos é que eles são mais ou menos específicos dependendo de sua geração. A Fluoxetina por exemplo age em um espectro não muito específico de neurotransmissores, então ela não age apenas na serotonina mas também em outros neurotransmissores que não tem nada a ver com o problema da depressão, o que potencializa efeitos colaterais. Já o Lexapro, por ser mais moderno, é bem mais seletivo, incidindo quase que unicamente apenas na serotonina, o que diminui a possibilidade de possíveis efeitos colaterais. Mas esta especificidade tem seu preço, exatamente 50% a mais.
Não sei se o enjôo é do remédio ou do preço dele.
3 comentários:
Nossa, bem dessa. Passei por um caminho parecido com o seu. Tomo Cipralex hoje - que eh a mesma coisa que o Lexapro, soh que vendido na Europa. Comecei com Fluoxetina, passei pra Cibutramina e agora pro Escitalopram. Eh foda que muitas pessoas acham que a fobia e depressao sao somente de carater emocional. Mas a causa da nossa emocao estar "avariada" eh a serotonina que nao fica "grudada" direito no cerebro... Eita dificuldade! Espero que esteja tudo bem contigo!
Eu estou desesperada. Tomei Fluoxetina um bom tempo, anos, e nunca senti efeitos colaterais. Apenas uma sensação de abstinência qdo parava de tomar de vez. Agora estou tomando Lexapro(hj foi o 1º dia) e quase morro de enjoo. Vomitei tanto, vocês não tem noção. Isso passa mesmo, me falem pelo amor de Deus, Não estou acreditando que irei perder 119 reais e voltar pro Fluoxetina, que não estava fazendo mais efeito. Tem o Paroxetina tb, mas causava outros efeitos que não gostava. Vou tomat com um dramim todo dia, até passar. Mas me anime, digam que vai passar, quer dizer... falem e verdade!!!
Abraços,
Renata
Renata, o mais indicado é conversar com seu psiquiatra, que poderá lhe dar explicações mais detalhadas e seguras a respeito de suas dúvidas.
Não posso lhe dizer com certeza o que vai acontecer com você pois cada pessoa tem um metabolismo diferente, posso apenas relatar o que aconteceu comigo.
No meu caso o enjôo passou sim em menos de duas semanas, já tomo Lexapro ha meses sem nenhum problema e graças a Deus daqui a dois meses meu psiquiatra disse que vamos começar a diminuir a dosagem e acompanhar para ver se eu já estou em condições de começar a retirada definitiva do medicamento.
Sei que existem casos em que o remédio é usado pelo resto da vida, mas espero que não seja o meu caso e nem o seu.
Espero que você esteja fazendo psicoterapia, isso ajuda tanto quanto ou até mais do que qualquer antidepressivo, e não tem contra-indicações.
Espero que você melhore logo. Fique com Deus.
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