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4 de maio de 2013

CORRETORES E O DESENTERRAR DE UM ASSUNTO CHATO

Fazia muito tempo que eu não falava sobre meu apartamento e sobre problemas com a MRV.

Na verdade, o assunto nem sequer passava mais pela minha cabeça, pois tudo o que ocorreu na época (entre 2007 e 2008, há 5 anos portanto) já foi resolvido ou se resolveu com o tempo, e hoje em dia eu me preocupo com uma série de outras coisas mais importantes e atuais, de ordem prática e espiritual, e deixo as coisas do passado lá mesmo - no passado. O que passou, passou. Mas as vezes o passado bate a porta, e as vezes é bom abrir a porta, deixar ele entrar e relembrar - e porque não repensar - algumas coisas.

Tive mensagens de pessoas reclamando de algumas coisas que eu escrevi na época, onde eu estava com "sangue nos olhos" por todos os problemas que estava passando.

Pode ser que eu tenha exagerado em algum comentário? Não sei... então resolvi checar. Não sou orgulhoso. Posso ter falado besteiras, e não seria a primeira nem a última vez.

Meus posts sobre meus problemas com a MRV e os corretores por ela indicados naquela ocasião continuam a ser lidos por muitas pessoas que procuram na Internet referências sobre a citada construtora no momento de avaliarem um negócio imobiliário por ela proposto, e creio que isso - somada a centenas ou milhares de outras opiniões de pessoas que como eu tiveram problemas - pode estar levando algumas pessoas a desistir de comprar imóveis com esta construtora, fazendo com que alguns corretores percam negócios - e comissões.

Creio não ser por isso que alguns corretores me escreveram, mas sim porque eu generalizei - injustamente, de fato - uma crítica a profissão deles, colocando todos os gatos no mesmo saco. Julgo os que me escreveram como nobres neste aspecto, e apenas interessados em limpar a imagem de sua profissão neste blog perante seus leitores - blog que pra início de conversa nem trata sobre assuntos imobiliários e de consumo, mas sim de ordem pessoal e espiritual. O post que ocasionou todo este debate era apenas um desabafo meu diante do ocorrido naquela situação, e até onde eu saiba, isso a lei ainda me permite. Mas como fui lembrado, com limites.

Então, vamos por partes.

Cara Franciely, de fato exagerei e fui injusto quando eu disse que "Corretores não prestam. Fala-se mal de advogados, mas corretores são a raça mais abominável da face da Terra.". Você está certa em me chamar a atenção quanto a isso e vou editar o post neste trecho. Eu estava transtornado de fato quando escrevi aquele texto e reconheço o erro.

O fato de um corretor ter se aproveitado da minha necessidade na época e ter me enganado, me obrigando a viver de aluguel em uma kitnet por meses, recém casado, sem nenhum ressarcimento, é o que me levou a reclamar daquela forma naquela época. Não estava com a razão, mas você não ficaria nervosa também se tivesse passado por isso tudo?

Minha sogra vendeu e comprou imóveis recentemente (com outra corretora e outros profissionais, obviamente) e eles foram muito prestativos e corretos, mas isso não apaga o fato de que quando eu comprei meu imóvel, não foram corretos comigo. Gato escaldado tem medo de água fria, daí generalizei - incorretamente - no calor do momento. Os motivos do porque estava transtornado estão bem explicados no post em questão.

É preciso no entanto  fazer uma observação quanto a isso e atentar para o fato - reconhecido por você mesma - de que em qualquer profissão há bons e maus profissionais, e com corretores isso não é exceção - tanto que na Internet e até mesmo em comentários de outras pessoas no post em questão existem vários casos relatados que são semelhantes ao meu. Daí é importante ficar atento, pesquisar e confirmar o máximo de informações possível.

Já para o caio alexandre Gomes, gostaria de dizer que você também esta certo em dizer que eu não comprei uma calça jeans mas sim um imóvel - da MRV em que você trabalhou, é verdade, mas ainda assim um imóvel - e que eu não pesquisei direito e por isso tive todos os problemas que tive.

Você está certo também em dizer que provavelmente eu tinha o direito de reclamar e que meu problema não foi com um corretor, mas sim com um "corretor oportunista" - já me corrigi acima com a Franciely.

Se eu tivesse tempo na época, se eu tivesse condições, se eu tivesse maturidade, se eu tivesse experiência na compra e venda de imóveis, e principalmente, se eu tivesse mais dinheiro, eu teria feito bem diferente. Mas o problema do "se" é que ele não existe, porque o fato já está consumado há 5 anos, como disse. O que passou, passou.

Porém continuo a afirmar que a culpa dos problemas foi sim dos corretores (oportunistas) que me atenderam e da construtora, porque se aproveitaram exatamente da minha inexperiência e inocência - e isso não é crime, mesmo que leve a problemas como os que me afetaram, tão pouco justificativa para alegar que a culpa foi minha, uma vez que não fui eu quem agiu de má fé.

Como consumidor de primeira viagem me empurraram um contrato que não garantia uma promessa fundamental que me foi feita "no fio do bigode" na venda, a fim de me convencer a fechar a compra: a data de entrega. Não questiono mais qualidade de acabamento, nem qualquer outro problema estrutural, coisas com as quais me resolvi. Falo apenas da data de entrega. E isso posso provar porque até hoje tenho o contrato de compra e nele não existe nenhuma data.

Eu poderia ter processado a construtora e a corretora? Sim.

Minha advogada me falou na época que era possível, mas disse que seria uma briga longa e que eu não ganharia nenhuma indenização grande, e que ainda por cima eu demoraria mais ainda a ter as chaves do imóvel. Preferi ficar quieto e esperar porque como disse EU PRECISAVA MUITO de um teto para morar, e isso me levou a engolir esse sapão que, aliás, somado a outros fatores, diversos, me levou a enfrentar uma depressão que levei quase 5 anos para superar. Mas "gritar" como você disse, ah, disso eu não abria mão. "Gritei" não para resolver meu problema - que eu entreguei nas mãos de Deus e fui honrado  por Ele meses depois  - mas por outro motivo.

Como eu, há milhares de consumidores de primeira viagem pelo país. E eles precisam ser avisados de que o mundo não é cor de rosa nem nada, e que comprar imóveis tem muitos riscos - como você mesmo destacou - caso caia nas mãos de um CORRETOR OPORTUNISTA.

Se eu tivesse seguido sua recomendação e entrado na justiça ao invés de "gritar" e publicar em meu blog o que me ocorreu, eu e tantos outros - em seus blog,s sites como "Reclame Aqui" e outros - não estaríamos dando a estes milhares de compradores inocentes nossos pontos de vista sobre o assunto, nossas experiências. Não estaríamos dando a eles justamente material para fazer a pesquisa que você mesmo me disse que eu deveria ter feito para início de conversa. Simples, certo?

Não estou sendo leviano nem inventando história. Relatei tudo o que me ocorreu e tenho provas de tudo - recibos de aluguel, escritura do imóvel com data da entrega das chaves, etc.

Finalizando, sou grato a ambos por terem me escrito e me alertado sobre meu equivoco e injustiça, porque ao mesmo tempo em que pude corrigi-la, pude retomar o assunto, reforçar algumas opiniões e ajudar mais pessoas em suas pesquisas. E espero que o assunto tenha se resolvido com isso.

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