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5 de março de 2013

DEVAGAR

Esse começo de ano (começo? já é março!) está bem devagar para mim. Gosto de pensar que é porque este ano será cansativo a partir do começo de abril, uma vez que vou começar minha pós-graduação. Mas não é bem assim. Acho que simplesmente estou cansado e doente.

Eu estava conseguindo ir aos treinos de kung-fu duas vezes por semana desde o retorno das férias da academia, mas estou entrando na segunda semana sem ir devido a orientações médicas. Dores no ombro  e clavícula me levaram a fisioterapia e a descoberta do que parece ser não uma mera tendinite ou inflamação, mas sim um quadro de encurtamento dos ligamentos do ombro e pescoço, provavelmente devido a uma vida inteira sentando-me com uma péssima postura, tensionamento constante dos ombros e pescoço e nunca me alongando corretamente, não apenas nessa região do corpo, mas em todas as demais também.

Recomendo você a cuidar do corpo, fazer alongamentos, exercícios e relaxamento. Você pode não sentir  os efeitos do descaso com seu corpo nos primeiros anos, mas vai sentir lá na frente com toda certeza.

Os exercícios de alongamento são dolorosos mas necessários agora (assim como eram antes e eu os negligenciava), e já começo a cogitar a possibilidade, ainda não ventilada por nenhum fisioterapeuta ou ortopedista que me atendem, de que tais exercícios serão meus companheiros pelo resto da vida, caso eu opte por não deixar que tais dores voltem a me incomodar.

Além dos exercícios no entanto outra atividade que eu vinha desempenhando bastante ano passado está totalmente parada este ano: minhas leituras. O livro em inglês que estou lendo, enorme, ainda me desafia. Todas as noites o volume me encara de cima de minha mesa, e quase posso ouvi-lo sussurrar ofensas e declarar minha derrota. Não o escuto, e mesmo que em doses menores, volto a ele e dou-lhe combate com leitura.

Nem tudo é dor e derrota no entanto. A grande viagem ao Japão que eu e minha esposa faremos se aproxima, e ela pode ser outro motivo do porque tudo está sendo levado tão vagarosamente até aqui.

O que eu tento entender no entanto é que nem tudo na vida é velocidade. A vantagem de se envelhecer é ir percebendo que a pressão pela velocidade é algo artificial, e a vida encontra um ritmo próprio que muitas vezes é tido como lento. Realizar coisas é importante, mas tudo a seu tempo. Leitura, exercícios, estudos, viagens... tudo ocorrerá, mas no tempo certo e querer acelerar as coisas só causará estresse desnecessário.

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