Quarta-feira de cinzas. O ano começa oficialmente no Brasil na próxima segunda, porque quinta e sexta após o Carnaval nunca contam.
Este ano começou como os demais: preguiçoso. A mesma velha luta de sempre em minha mente começa com culpa. Culpa por não me prestar a fazer nada. E ai ela piora por constatar que isso já ocorreu antes uma série de vezes. Frequentemente tenho esta sensação, e se a sinto constantemente é porque não fiz nada para resolvê-la, certo?
Este feriado é um exemplo do que foi meu ano até aqui. Não li nem uma página de um livro. Muito menos a escrevi. Não fiz o passeio que planejei para tirar fotografias, nem dei aquela volta de bicicleta que havia planejado, e nem levei o cachorro para passear. Não aprendi nada, não fiz nada, não fui a lugar algum. Apenas descansei e vi 3 temporadas de "The Office". Os feriados foram feitos para isso, não? Não devia me sentir culpado... mas me sinto. Não pelo tempo gasto com absolutamente nada no feriado, mas pelo restante do tempo, aquele que ocorre entre nosso nascimento e nossa morte, e que chamamos de vida, entende?
A culpa que sinto brota da sensação de que este feriado foi uma espécie de resumo da minha vida. OK, eu fiz faculdade. OK, eu tenho um bom emprego. OK, vou começar a fazer pós-graduação daqui a dois meses. Mas a sensação de que eu não estou de fato fazendo nada de construtivo com minha vida me assombra.
Os problemas que citei nos últimos posts foram resolvidos. Acho que o intervalo que fiz sem escrever nada no final das contas era porque eu precisava de um tempo sem fazer nada mesmo. Espero que isso tenha passado.
Na academia estão me pressionando para fazer o exame para a faixa marrom. Espero conseguir fazê-lo em breve, mas não me sinto bem fisicamente para tal. Dores e um péssimo condicionamento físico me deixam inseguro.
Quanto a tudo isso, seja culpa, ansiedade e inanição (se é que ela é real ou apenas fruto de minha própria paranoia) deixo nas mãos de Deus e vejamos o que Ele tem reservado para mim nos próximos meses.
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