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30 de março de 2009

O FIM DA BATTLESTAR GALACTICA


No final de semana passado terminou nos EUA uma das séries mais bacanas que já vi: BATTLESTAR GALACTICA. E devo dizer que, se o final foi previsível de certa forma, de outra me surpreendeu totalmente: no final das contas, era sobre o plano de Deus!

O resumo da série é esse: haviam 12 colônias de humanos (12 tribos israelenses?) em um sistema estelar distante, cada planeta tendo sua cultura própria e função (uns agricultores, outros religiosos, etc). Estes planetas eram presididos por um governo único (colonial). Chamavam-se de colônias porque de acordo com suas escrituras sagradas os deuses que adoravam tinham vindo de um planeta de localização desconhecida chamada Kobol (o paraíso?).

Os humanos se desenvolveram naqueles planetas e criaram inteligência artificial: os Cylons, robôs que lhes serviam. Estes no entanto se rebelaram e teve início a uma guerra, que teve por fim uma trégua aonde os Cylons simplesmente desapareceram no espaço profundo. Após 50 anos eles retornam, agora evoluídos para alguns modelos que em nada diferiam de humanos. Disparam bombas atômicas nas 12 colonias e matam toda a humanidade, com exceção daqueles que estavam em espaçonaves indo de um planeta a outro, e, no caso, os tripulantes de uma antiga nave de batalha que estava para ir para o ferro-velho: a Battlestar Galáctica.

Os humanos fogem pelo espaço em busca de um sonho: em suas escrituras havia menção a uma 13ª mítica tribo (a mítica 13ª tribo de Israel?) que havia se separado dos humanos em Kobol, e rumado para um planeta chamado TERRA. Assim os humanos partem em busca da Terra com os Cylons na sua cola, e pelo espaço enfrentam dificuldades enormes por longos anos (semelhante ao êxodo bíblico?).

Depois de 4 anos de luta e do nascimento de uma criança de pai humano e mãe Cylon (o que não tem muito destaque até o final da série), os humanos acham a Terra. Mas estava devastada por bombas nucleares a pelo menos 2.000 anos.

Pesquisando um pouco mais eles descobrem que os restos mortais dos humanos não eram bem humanos, mas sim Cylons, como aqueles de modelo humano! O que significa uma coisa que não foi bem explicada na série: a 13ª tribo humana na verdade eram os Cylons que seus descendentes (que eles chamavam de deuses) haviam criado e contra os quais haviam guerreado.

Não podendo ficar ali, eles partem sem rumo e totalmente desesperados para o espaço profundo. A menina mestiça é raptada pelos Cylons que haviam perdido a capacidade de ressurreição (que era a habilidade que eles tinham de fazer o download de suas consciências para outros corpos vazios de sua espécie, tornando-se virtualmente imortais). Eles buscavam um meio de se reproduzir para que sua espécie não deixasse de existir, e estavam dispostos a dissecar a menina para descobrir em seu DNA a resposta para poderem se reproduzir.

No fim resgatam a menina, e após uma série de batalhas épicas no espaço, eles saltam no hiperespaço para uma localização que um dos tripulantes imaginou ser a correta para salvá-los, encontrando ESTA TERRA (Canaã?). A tripulante, Starbuck, estava envolvida com outras histórias estranhas, inclusive tendo achada a si mesma morta na primeira Terra.

Um humano (dr. Baltar, que havia dado sem saber os meios para que os Cylons bombardeassem as colônias no começo da história) e uma Cylon modelo 6 chamada Caprica viam ilusões um do outro, que imaginavam serem apenas isso, ilusões. Mas na verdade, no final da história, se revelaram na verdade como ANJOS!

O objetivo final fora concluído. O resto da humanidade das colônias e alguns Cylons que haviam se juntado a eles encontraram esta Terra, com civilizações tribais ainda. Resolveram jogar as naves no Sol e nem construíram cidades, ficando apenas com as roupas do corpo e dividindo-se as pessoas pelos continentes a fim de aumentar as chances de sobrevivência. Lee, o filho do Almirante Adama (que comandava a Battlestar Galactica), que já havia sido presidente das colônias, havia dado a idéia e todos toparam: começar do zero, se misturando aos humanos nativos da Terra e dando a eles o que de melhor tinham: seu conhecimento, sua bondade e seus alertas sobre o que não fazer.

Cerca de 150 mil anos depois, vemos a Terra em nosso presente (sim, a Galáctica também é “A long long time ago”), e a humanidade vivendo sua vida. Os mesmos anjos daquela época caminham na rua conversando. Entende-se a partir da conversa que a garotinha mestiça, que tinha o nome de HERA, era na verdade o que os humanos chamam de EVA. A humanidade era mestiça entre humanos puros e Cylons (entre judeus e gentios?), como se o DNA Cylon fosse EVA e o DNA humano das pessoas no planeta naquela época fosse ADÃO.

Nas escrituras dos humanos coloniais havia uma idéia constante: a de que tudo o que estava acontecendo já havia acontecido e voltaria a acontecer no futuro, em um eterno ciclo sem fim. Os anjos debatem sobre isso, com um deles dizendo que pela teoria das médias um sistema complexo que é executado diversas vezes uma hora tenderá a apresentar resultados diferentes.

Mas o outro anjo diz que não sabia que ela pregava o otimismo, e ao sair andando, mostra-se na televisão matérias sobre o estado atual da robótica no mundo, como um alerta: iremos repetir os passos de nossos antepassados e criar robôs que nos matarão no futuro?

Os anjos discutem falando que, se a história iria se repetir ou não, não cabia a eles saber, mas sim a Deus. O estranho é que um dos anjos fala ao outro após ouvir isso: “você sabe muito bem que ele detesta este nome”.

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