Pesquisar

28 de fevereiro de 2008

MEIO A MEIO?

Ia escrever algo profundo sobre um assunto que não devia. Resolvi não escrever e falar sobre o fato de me auto-censurar a maior parte do tempo em tudo o que quero e penso.


Não sei até que ponto Cristo concorda com isso. Sempre imaginei que Ele vê pensamento e ato de maneiras totalmente diferentes, afinal sentir vontade de pecar não é pecado, mas por o pensamento em prática é. Tudo de podre que circula por minha mente então não é pecado enquanto não ultrapassar as barreiras de meus sentidos, mas realizar tais pensamentos é.


Pecado trás conseqüência, mesmo com arrependimento. Por via das dúvidas, é bom me censurar para evitar possíveis eventos desagradáveis mais adiante. Se todo mundo pensasse assim, o mundo seria muito melhor, e com certeza, mais diplomático e gentil.


Se damos vazão a todo impulso e pensamento que temos (e sempre temos mais vontade de dar vazão a aqueles impulsos e pensamentos mais sórdidos) , devíamos comer grama e andar nas quatro patas. Em nada seriamos diferentes a um animal. Ou melhor, seriamos sim: por mais estudos que se faça, até hoje o único animal capaz de agir de maneira cruel e má e o homem.


O que eu queria falar não era de forma alguma algo sórdido. Mas seria, de certa forma, anti-ético. Pessoas sórdidas, diante de muitas verdades, as consideram sujas. Os valores se invertem e você vira vilão de vilões, que nada mais é do que um herói. Pessoas sórdidas são dadas à vingança, ao ódio e a retalhações. Não posso me dar ao luxo de sofrer disso, não por causa de algo tão insignificante (mas que me incomoda demais).


Além do mais, desabafos de nada servem para melhorar este caso. Quem tem poder de mudança, que mude. Eu infelizmente não tenho. Não nisso. Se tivesse, temo que seria sórdido também.


O modo operante do cristão é a auto-censura? Não sei, mas isso fica meio contraditório a principio. Afinal alguém que censura seus próprios atos não deve ter um coração puro e simples como o de uma criança, não é mesmo? A transformação que Cristo proporciona a aqueles que se entregam a Ele é no próprio coração, da própria índole e mente do sujeito, de tal forma que ele não tenha mais que se censurar, porque nada que ele pense ou faça é merecedor de tal censura.


Mas se todos pecam (Deus deixa isso bem claro), inclusive quem é salvo, como então levar isso adiante? Se todos pecam, significa que todos, mesmo os transformados por Cristo, tem pensamentos sórdidos e não tem um coração 100% puro. Não censurar tais pensamentos então é errado. É impossível deixar de pecar, mas censurando-se é possível diminuir o atos, e com isso, ter um modo-operante que, no geral, é bom e não ruim, mesmo que se pratique uma maldade de vez em quando, arrependendo-se disso depois, é claro.


Cada dia eu entendo que o fato de que Cristo nos dá uma nova natureza e nos transforma em uma nova criatura não parece significar uma substituição total. Se eramos totalmente malignos, passamos a ter uma boa parcela benigna. A nova natureza então não é substituidora, mas sim agregadora. Nos tornamos nova criatura, porém, como amálgama do que éramos e do que seremos. Não somos pretos e nem brancos. Todos somos tonalidades diferentes de cinza.

1 comentários:

lINDO ESSE TEXTO CARA
QUEM NÃO PECOU ,QUEM NUNCA SENTIU VONTADE EM FAZER UM PECADO, É PROPRIO DO SER HUMANO,COMO VOCÊ ESCREVE DA PRA ENTENDER E A GENTE TEM QUE POR EM PRÁTICA ,É IMPERIOSO QUE TODOS OS PECADOS SEJAM REPARADOS.
FONTES UM GRANDE ABRAÇO