A hora do almoço costuma ser agradável para mim. Tenho a benção de ter companheiros no trabalho pelos quais nutro grande carinho e respeito, e nossas conversas são tão agradáveis quanto variadas.
Estivemos falando estes dias sobre modo de vida. As pessoas parecem correr atrás de algo que não sabem bem o que é. Fazem pós-graduação, MBA, trabalham até tarde e o escambau. Ocupam seu tempo disso e aplicam sua energia nestas tarefas. Depois de algum tempo tem convites para trabalhar em algum lugar onde receberão muito bem, mas que lhes tomará tanto ou mais tempo e energia.
A pessoa não tem, dessa forma, tempo ou energia para fazer coisas que são realmente importantes para ela no âmbito pessoal. Não tem relacionamentos estreitos com outras pessoas ou quando os tem, os mesmos se encontram frágeis. Não tem nem mesmo condição de realizar algo que goste (e por isso ser importante para ela mesma) como escrever um texto ou livro, fazer um desenho, tocar um instrumento, ler, viajar, passear, comer bem, dormir, jogar, praticar um esporte, ver um filme, dançar, cantar, se dedicar a Deus...
Tem muita gente que gosta de estudar e trabalhar. Eu gosto disso também. Creio que quem não gosta é, na verdade, um vagabundo irrecuperável. Afinal nada nesta vida vêm fácil como apregoa “O Segredo”, que até está certo em dizer que “precisa-se pensar de maneira positiva, concentrando seus pensamentos em coisas positivas e não negativas”, mas que se equivoca totalmente ao não explicar que este pensamento positivo não vai gerar mágica, que não existe um Universo querendo fazer o que você mandar, mas sim que este pensamento tem que te impulsionar para as ações que o levarão a realização daquele pensamento (ou seja: planejamento e determinação, o que dá trabalho e trabalho é algo que muita gente não quer ter na vida de maneira alguma).
Eu gosto de trabalhar, mas não é com qualquer coisa, e não é qualquer assunto que me atrai ao estudo. Prefiro ficar em casa com minha esposa, com meus poucos mas verdadeiros amigos, trabalhando com alguma coisa que me estimule mas sem que ela me aprisione ou me sugue demais. Tenho que guardar uma parte de mim para minhas coisas, para meus amigos, minha família e para Deus.
Uma coisa a cada tempo, e cada coisa com sua devida prioridade. As vezes ficamos tanto tempo imersos na correria do dia-a-dia que nos esquecemos de quem somos, do que precisamos e para onde queremos ir. Jesus nunca se esquece destas coisas. E o mercado nem quer saber, a não ser que seja para tirar algo a mais de você, dando-lhe é claro algo em troca. Mas normalmente é algo que você não quer de verdade.
Li uma notícia que retrata o fato do sucesso financeiro muitas vezes não ser nada importante. Saúde física, emocional e espiritual são mais importantes. Mesmo que o dinheiro não seja tudo, mas seja 100%... é preciso equilíbrio, coisa que falta na maioria das pessoas em uma ou mais áreas de suas vidas.
Não sei de onde vêm esse modo de vida ocidental maluco que levamos (e que infelizmente acabou contaminando algumas culturas orientais). Mas ele não é muito bom para a saúde emocional do ser humano, não é? Creio em minha fé em Cristo que era destas coisas que Ele falava quando lhe perguntaram sobre os sinais de seu retorno e consequente final dos tempo. Pessoas desesperadas por ciência e conhecimento. Filhos contra pais e pais contra filhos. Deterioração moral pior do que de Sodoma e Gomorra. Falsos profetas...
Que Deus tenha piedade de todos nós.
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