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26 de janeiro de 2006

O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS


Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável.

Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.

Introdução do livro "O Restaurante no Fim do Universo", de Douglas Adams


Sem sobra de dúvidas o livro O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS foi um dos livros mais gostosos que eu li até hoje. Não é comum eu ler um livro inteiro de mais de 200 páginas em apenas 2 dias, mesmo que esse livro tenha páginas ásperas fáceis de manusear, letras um pouco maiores que o normal e um espaçamento de linha generoso.

Não, não é nada disso. Na verdade, me dei conta que todos os livros que eu li até hoje eram bacanas, mas chatos. OK, nem todos eram bacanas, mas todos com certeza eram chatos... ao contrário do GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS e suas continuações (começei a ler o segundo, O Restaurante no Fim do Universo ontem a noite mesmo).

Dotado de um humor tão imensamente sem sentido, e recheado de uma inteligência que raramente vi em escritores (normalmente este tipo de inteligência fica restrita à pessoas que ninguém nunca ouviu falar e que nunca se tornaram famosas, mas que eram geniais), nem mesmo as tiradas ateiastas do livro conseguem estragá-lo.

Há na história um peixe amarelo que é enfiado no canal auditido das pessoas e assim permite que seu hospedeiro entenda todo e qualquer idioma do Universo. Se chamava (veja só) Peixe-Babel. Ai chega-se à conclusão que Deus não existe (na história) por que Deus sempre disse que se recusava a provar sua própria existência com fatos materiais, já que isso seria contrario ao principio da fé (de crer em algo sem provas) e sem fé, Ele não era nada.

Ai o homem aparece e diz que ele (Deus) não existe por que ele fez o tal peixe, que era ridicula e absurdamente útil a todo o Universo. Por meio de probabilidades era simplesmente impossível que esse peixe tivesse simplesmente aparecido do nada por meio de evolução natural. Ou seja, estava na cara que Deus havia criado o peixe, e como ele disse que nunca mentia e que nunca provaria que ele existia, e o peixe era uma prova, Deus então disse "Ih, é mesmo, não tinha pensado nisso" e então desaparece em uma núvem de lógica.

Entendeu alguma coisa disso? Esta passagem me fez rir por uns 5 minutos. E acredite que isso não é na verdade a parter mais engraçada da história.

Há o filme que saiu ano passado, muito bom MESMO (vi no cinema e no DVD já). Mas uma das verdades cruéis e imutáveis do Universo, como constatei a tempos, é que os livros sempre são melhores que os filmes. Mesmo que o diretor seja o Peter Jackson.

Como minha noiva sempre diz... viciado em cinema é triste, ainda mais se ele também é viciado em livros.

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