Fiquei com uma sensação ruim ao começar este post, simplesmente porque parece que eu falo deste assunto sem parar. Mais uma vez me vejo pensando na mesma coisa que sempre penso: POR QUE? Por que viver? Por que lutar? Por que sofrer? Por que se importar? Deve ter uns 200 posts sobre este mesmo assunto neste blog.
É uma pergunta tola, né? Mas vivo me perguntando isso e buscando uma resposta. Sempre penso que a resposta a ela deve ser bastante simples, mas como tudo o que é simples não prestamos a devida atenção.
Conheço pessoas que acham que este questionamento é fruto de falta de fé. Pode até ser mas eu acho que não é o caso. Esta é uma das questões fundamentais do ser humano e de uma forma ou de outra ninguém conseguiu respondê-la plenamente.
Alguns grupos dão um sentido à vida enquanto que outros dão outro. Arrisco a dizer que cada ser humano tem um sentido individual e próprio para a vida, mesmo que inconscientemente. Começo a achar que no fundo essa é a verdade: cada um tem que dar a sua vida o seu próprio significado, mesmo que ele seja baseado em uma filosofia, religião ou orientação política qualquer.
As pessoas esperam por unidade. Eu mesmo me vejo ansiando por uma unidade utópica, onde todos pensarão da mesma forma, terão a mesma opinião, caminharão de mãos dados em uma mesma direção, livres de todo e qualquer conflito. Mas o ser humano não é assim. O conflito faz parte daquilo que chamamos convívio e ocorre das mais baixas às mais altas esferas de relação. A política nasceu disso afinal de contas.
Mas compreender este fato não me exime de ficar extremamente frustrado e com a sensação de que afinal de contas nada tem sentido.
O significado que eu tenho para a vida se resume na bondade, na cooperação, no amor, na comunhão, na alegria, na paz. Se resume em Jesus Cristo. Este para mim é o significado: sermos como Ele é.
Mas ao olhar para o mundo, para as pessoas nas ruas, os noticiários, os posts de amigos, os comentários no Facebook, as atitudes e pensamentos das pessoas, não vejo o meu significado. E me aflijo. Porque até mesmo quando olho para mim, não vejo muito disso.
Desta forma continuo a olhar o mundo e a própria vida com uma interrogação na mente e uma esperança no coração: de que o que vier depois dela sim dará o significado que busco. E é com os olhos no que transcende à vida que não compreendo que prossigo. Com fé, pois nada mais me resta além dela.
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