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20 de março de 2008

PÁSCOA E AS NOSSAS CRUZES

Dentro das possibilidades eu escrevo o que posso quando posso. Não é muito, vá lá. E nem são tantas as pessoas que tem saco de ler o que escrevo. Daí a taxa de rejeição deste blog ser de mais de 85%, sendo que por taxa de rejeição entende-se pessoas que entram no site e saem dele em menos de 5 segundos por não ter interesse em seu conteúdo.


Já consegui convencer uma pessoa a não comprar um apartamento da MRV por meio do meu testemunho quanto a isso. Mas não sei se fui instrumento do Espírito Santo para converter alguém à Cristo por meio de meu testemunho. E que testemunho é esse...


Não tenho sido digno do título de crente no Senhor Jesus. Não tenho feito o que tenho certeza que Ele gostaria que eu fizesse. Não tenho buscado me distanciar de meus erros. Pelo contrário: insisto nos mesmos repetidamente. Mas ainda preservo minha fé e meu amor por Cristo. Porque sei que Ele veio justamente por causa de pessoas como eu, e de pessoas como você: falhas, tal qual a natureza humana nos faz ser, programada em nossos genes e em nossa herança cultural.


A páscoa é o período em que nos lembramos da Paixão de Cristo. De sua dor, de sua humilhação, de sua morte. De todas as coisas que deviam acontecer conosco por causa do quão falhos e miseráveis somos, mas que Ele aceitou receber sobre si mesmo por causa de seu amor, de sua preocupação e desejo de bençãos para cada um de nós.


No final do terceiro dia Ele venceu a morte e ressurgiu, demonstrando a cada um de nós que a vida eterna é real, e que disso depende uma decisão muito simples mas difícil para a razão humana: acreditar nEle, aceitar este fato que a razão humana incompreende, e o mais difícil: se arrepender de coração dos pecados que comete.


Conversão, segundo muitos crentes, é o ato de mudar de direção, ou seja, sair do sentido do pecado e ir para o sentido da santificação. Eu não consigo considerá-lo um ato, mas sim um processo. Um processo que em alguns momentos pode sofrer revezes e até mesmo retrocessos, mas que é definitivo.


Paulo dizia que tinha um espinho na carne. Já disse e digo de novo que eu também o tenho. É como um comichão que percorre minha espinha, como dois carros colidindo. É a dor de fazer o certo quando se quer ser errado, e de se fazer o errado quando de quer fazer o certo. É o antagonismo de nossas duas naturezas, é a dor de nossa cruz, é a luta contra o ego, e a mortificação de nossos instintos.


É a luta que temos até o dia de nossa própria morte e, pela misericórdia de deus, ressurreição: carregarmos o peso daquilo que nos matará, de nossos pecados, de nossos erros, de nossas culpas e de nossas fraquezas de caráter.

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