Ontem, durante o decorrer do dia, eu estive com um bom humor. Mas algumas coisas estavam se remoendo dentro de mim. O resultado foi que a noite, quando cheguei em casa, estava me sentindo muito mal comigo mesmo por uma série de coisas, e acabei discutindo com minha mãe, pois eu estava com um pouco de raiva do mundo. Resumindo, não estou agüentando mais a vida cheia de problemas e sacrifícios que eu venho levando, sem ter dinheiro para pagar meus estudos ou para sequer planejar meu casamento.
Minha mãe nem é batizada (mas a considero mais crente que muitos batizados por ai) mas mesmo assim me repreendeu muito, dizendo que eu vivo reclamando das coisas e que não pareço ser crente, que um crente não fica se lamentando pelas coisas ruins que acontecem em sua vida por que temos esperança em Deus (acho que o Espírito Santo colocou estas palavras na boca dela). Prefiro pensar que tenho convivido pouco com ela, e que o pouco que nos vemos eu estou cansado e irritado demais com o mundo e com meus problemas. A imagem que ela tem de mim é a imagem que eu tinha de mim mesmo antes de me entregar a Jesus. Mas não posso deixar de pensar que, se estou deixando esta impressão com minha própria mãe, então devo dar atenção a isto, devo não ter progredido tanto quanto imaginei.
De fato tenho estado ¿um bagaço¿ nos últimos tempos. Tenho me sentido frustrado com muitas coisas, tenho lamentado muitas coisas, mas sei que tudo isso (dificuldades) tem algum significado em Cristo Jesus. A maior parte do tempo tenho tentado manter o humor e a alegria, tenho tentado louvar a Deus com minhas atitudes, mas tenho falhado muitas vezes. Isso faz de mim um não crente?
Gosto de me lembrar da historia de Jó. Creio que sofrimento maior do que o dele só existiu o de Jesus na cruz. Ele perdeu tudo, menos sua vida e sua fé. Se lamentou por sua condição, mas nunca blasfemou contra Deus, sabendo que mesmo vivenciando tantas dificuldades e problemas Deus era digno de seu amor e adoração para todo o sempre. Mas o que seus amigos lhe diziam? Que ele devia amaldiçoar um Deus que o fazia passar por aquilo, que ele devia ter feito algo para merecer tais tribulações, e por ai vai. Amigos da onça, como disse certa vez meu pastor. Parece que nestas horas só aparecem pessoas que nos dizem coisas duras, que nos machucam. É difícil aparecer alguém que nos escute e mais ainda alguém que nos diga algo consolador.
Não digo que existam pessoas fazendo isso comigo (ainda bem). Mas é complicado para uma pessoa ver um crente explodir de raiva consigo mesmo e com sua vida (e infelizmente com quem estiver em volta) quando nada esta dando certo. Como um crente pode estar descontente com sua situação se ele sabe que aquela situação provem de Deus (afinal como crentes nossa vida não está sob o controle dele?)?
Penso que, como humanos que somos (sim, crente também é gente!), somos imperfeitos. Não posso negar que sei que Deus tem minha vida em suas mãos e que tudo o que acontece visa o meu bem. Isso pode facilitar muito a coisas, mas não elimina nosso lado humano, que quer ter sucesso e recompensas pelo que fazemos. Não culpo a Deus por minhas dificuldades. Culpo a mim mesmo, pois sei dos meus principais defeitos. E sei que Deus disciplina a aqueles que ele ama. Sei que o inimigo também arma ciladas para nós, mas a situação que estou vivendo me parece muito com a providência de Deus para me aperfeiçoar (no fogo).
Minha mãe tentou me corrigir pois já passou por dificuldades muito maiores do que as minhas, e por isso a respeito. Com certeza estarei pedindo desculpas a ela hoje a noite, quando chegar exausto novamente da faculdade que não posso pagar. E em oração pedi desculpas a Deus, a quem devo ter ofendido com minha falta de fé. Mas veja uma coisa, meu antigo pastor Leandro batia muito na tecla de que a idéia de que crente não pode ficar triste e deprimido é errada. Somos humanos e temos expectativas sobre nossas vidas e sobre Deus. E quando estas expectativas são frustradas, temos as mais diferentes reações. Algumas coisas devemos mudar, pois são defeitos. Outras coisas não podem ser mudadas por que fazem parte do que somos. Então é errado um crente ficar triste e ate um pouco revoltado com coisas que lhe acontecem?
Creio que isso faz parte do que somos, e mente quem diz que não se abala com dificuldades em sua vida. Em maior ou menor grau todo mundo se abala com dificuldades. Nós, que cremos em Jesus, devemos ter uma resistência maior, pois temos a Jesus em nossos corações e no comando de nossas vidas. Mas isso não nos exclui da humanidade, e continuamos a ter reações humanas frente as adversidade, mesmo que isso possa desagradar a Deus. A reação que tive não proveio de Deus, ou de Satanás. Proveio de mim, que sou humano e falho em um momento de desespero (falho por que não me lembrei de que Deus é por mim).
Amo e creio em Jesus. Sei que comparado à cruz, minhas dificuldades nada são. Mas entristecer-se é algo sob o qual o ser humano não tem muito controle. A diferença do crente para o não crente, penso, é que o crente usa a tristeza e o desespero para estreitar seu relacionamento com Deus, pois todas as dificuldades e tristezas convergem para nos esclarecer mais e mais o quão dependentes somos Dele, e então pedimos perdão por nossas atitudes. E isso me trás alegria, pois sei que posso contar sempre com Jesus, principalmente nos tempos difíceis (mesmo que me esqueça disso de vez em quando). Sei que pode parecer um pouco paradoxal, mas situações como esta primeiro me afastam um pouco de Deus para depois me trazerem para mais perto Dele.
Minha mãe nem é batizada (mas a considero mais crente que muitos batizados por ai) mas mesmo assim me repreendeu muito, dizendo que eu vivo reclamando das coisas e que não pareço ser crente, que um crente não fica se lamentando pelas coisas ruins que acontecem em sua vida por que temos esperança em Deus (acho que o Espírito Santo colocou estas palavras na boca dela). Prefiro pensar que tenho convivido pouco com ela, e que o pouco que nos vemos eu estou cansado e irritado demais com o mundo e com meus problemas. A imagem que ela tem de mim é a imagem que eu tinha de mim mesmo antes de me entregar a Jesus. Mas não posso deixar de pensar que, se estou deixando esta impressão com minha própria mãe, então devo dar atenção a isto, devo não ter progredido tanto quanto imaginei.
De fato tenho estado ¿um bagaço¿ nos últimos tempos. Tenho me sentido frustrado com muitas coisas, tenho lamentado muitas coisas, mas sei que tudo isso (dificuldades) tem algum significado em Cristo Jesus. A maior parte do tempo tenho tentado manter o humor e a alegria, tenho tentado louvar a Deus com minhas atitudes, mas tenho falhado muitas vezes. Isso faz de mim um não crente?
Gosto de me lembrar da historia de Jó. Creio que sofrimento maior do que o dele só existiu o de Jesus na cruz. Ele perdeu tudo, menos sua vida e sua fé. Se lamentou por sua condição, mas nunca blasfemou contra Deus, sabendo que mesmo vivenciando tantas dificuldades e problemas Deus era digno de seu amor e adoração para todo o sempre. Mas o que seus amigos lhe diziam? Que ele devia amaldiçoar um Deus que o fazia passar por aquilo, que ele devia ter feito algo para merecer tais tribulações, e por ai vai. Amigos da onça, como disse certa vez meu pastor. Parece que nestas horas só aparecem pessoas que nos dizem coisas duras, que nos machucam. É difícil aparecer alguém que nos escute e mais ainda alguém que nos diga algo consolador.
Não digo que existam pessoas fazendo isso comigo (ainda bem). Mas é complicado para uma pessoa ver um crente explodir de raiva consigo mesmo e com sua vida (e infelizmente com quem estiver em volta) quando nada esta dando certo. Como um crente pode estar descontente com sua situação se ele sabe que aquela situação provem de Deus (afinal como crentes nossa vida não está sob o controle dele?)?
Penso que, como humanos que somos (sim, crente também é gente!), somos imperfeitos. Não posso negar que sei que Deus tem minha vida em suas mãos e que tudo o que acontece visa o meu bem. Isso pode facilitar muito a coisas, mas não elimina nosso lado humano, que quer ter sucesso e recompensas pelo que fazemos. Não culpo a Deus por minhas dificuldades. Culpo a mim mesmo, pois sei dos meus principais defeitos. E sei que Deus disciplina a aqueles que ele ama. Sei que o inimigo também arma ciladas para nós, mas a situação que estou vivendo me parece muito com a providência de Deus para me aperfeiçoar (no fogo).
Minha mãe tentou me corrigir pois já passou por dificuldades muito maiores do que as minhas, e por isso a respeito. Com certeza estarei pedindo desculpas a ela hoje a noite, quando chegar exausto novamente da faculdade que não posso pagar. E em oração pedi desculpas a Deus, a quem devo ter ofendido com minha falta de fé. Mas veja uma coisa, meu antigo pastor Leandro batia muito na tecla de que a idéia de que crente não pode ficar triste e deprimido é errada. Somos humanos e temos expectativas sobre nossas vidas e sobre Deus. E quando estas expectativas são frustradas, temos as mais diferentes reações. Algumas coisas devemos mudar, pois são defeitos. Outras coisas não podem ser mudadas por que fazem parte do que somos. Então é errado um crente ficar triste e ate um pouco revoltado com coisas que lhe acontecem?
Creio que isso faz parte do que somos, e mente quem diz que não se abala com dificuldades em sua vida. Em maior ou menor grau todo mundo se abala com dificuldades. Nós, que cremos em Jesus, devemos ter uma resistência maior, pois temos a Jesus em nossos corações e no comando de nossas vidas. Mas isso não nos exclui da humanidade, e continuamos a ter reações humanas frente as adversidade, mesmo que isso possa desagradar a Deus. A reação que tive não proveio de Deus, ou de Satanás. Proveio de mim, que sou humano e falho em um momento de desespero (falho por que não me lembrei de que Deus é por mim).
Amo e creio em Jesus. Sei que comparado à cruz, minhas dificuldades nada são. Mas entristecer-se é algo sob o qual o ser humano não tem muito controle. A diferença do crente para o não crente, penso, é que o crente usa a tristeza e o desespero para estreitar seu relacionamento com Deus, pois todas as dificuldades e tristezas convergem para nos esclarecer mais e mais o quão dependentes somos Dele, e então pedimos perdão por nossas atitudes. E isso me trás alegria, pois sei que posso contar sempre com Jesus, principalmente nos tempos difíceis (mesmo que me esqueça disso de vez em quando). Sei que pode parecer um pouco paradoxal, mas situações como esta primeiro me afastam um pouco de Deus para depois me trazerem para mais perto Dele.
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