Nos últimos meses tenho tido muito estresse e tenho andado muito ocupado com trabalho e pós-graduação. Mas ao mesmo tempo, tenho tido oportunidade - dada por Deus, disso tenho certeza - de ler a Bíblia diariamente, usando um aplicativo para Android muito bacana chamado YOUVERSION.
Um dos motivos do porque não tenho escrito aqui com frequência é essa essa situação, mas hoje consegui vencer as tarefas para escrever uma impressão sobre o que li hoje. Na verdade, tenho tido vontade de escrever todos os dias para expor o que aprendi de Deus e de Jesus com o que ando lendo, mas o tempo anda bastante curto e a energia mental, baixa. O fato é que tenho andado exausto, mas sei que Deus me nutre, e isso me impede de parar ou até mesmo de entrar em depressão novamente.
Ler a palavra de Deus é fundamental, assim como orar e se deixar mudar por Deus, tendo um comportamento que o agrade, que o declare por meio de ações, que é amar as pessoas de inúmeras formas, das mais óbvias as mais sutis e improváveis.
A oração é meu momento de conversar com Deus - pedir perdão, pedir forças para ser como Ele sabe que eu devo ser, força para superar pecados e dificuldades, para dar graças, para interceder por outras pessoas e por qualquer outro motivo. Já o ler a Bíblia é meu momento de aprender e ouvir de Deus, de entender por meio das escrituras a vontade dEle, de apreciar o que Jesus fez e ainda faz por nós, e de como isso me afeta pessoalmente, seja internamente em minhas bases emocionais e psicológicas, seja em minhas capacidades comportamentais e sociais.
Ler a Bíblia por si só não salva ninguém. Não há nenhum poder místico no ato da leitura, e mutas pessoas que conhecem as escrituras de cabo a rabo provavelmente irão para o Inferno porque uma coisa é ler e a outra é deixar a Palavra entrar em seu coração e deixá-la nutrir sua vida, transformando-o à imagem de Cristo. Satanás é doutor das escrituras. Mas isso não tira a importância das escrituras e da necessidade fundamental que estudá-las representa.
Hoje, lendo João 6 vi Jesus falando palavras consideradas pesadas por alguns discípulos (versículo 60) que logo em seguida o abandonaram. As palavras, conhecidas, são as seguintes:
Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.João 6:53-56
A mensagem de Jesus não tinha nada de canibal, como muitas pessoas gostam de brincar a respeito de forma nada decorosa, ou por um entendimento ao pé da letra como muitos naquela ocasião manifestaram incorretamente.
Comer a carne e beber o sangue de Jesus é se alimentar da própria vida de Cristo. É ler a Bíblia? Não. É ler a Bíblia e aceitar a Cristo ali pregado. É deixá-lo ser o Senhor da minha vida no sentido de ser meu alvo e objetivo e guia. É entender que, assim como nosso corpo precisa de carne e sangue para viver, nossa alma imortal precisa da carne e sangue espirituais de Jesus - seu exemplo, seu sacrifício, seu ensinamento, sua existência - para o mesmo propósito, porque só isso pode nutrir meu corpo espiritual. É aceitar o sacrifício do Cordeiro de Deus e nos alimentar dEle como nosso Cordeiro Pascal. É entender que sem essa carne e esse sangue, sem essa comida e bebida, NÃO PODEMOS VIVER.
E esse alimentar nos transforma. Assim como um alimento fortalece nosso corpo, esse alimento fortalece nossa alma, nossa mente no intuito de fazermos escolhas de acordo com a vontade de Deus, buscando seu querer. Essa é a vida cristã. Essa é a batalha que travamos cotidianamente, contra os principados e potestades, contra o príncipe desse mundo, e contra nossa própria carne decaída e nosso ego, contra o descrédito que muitos tentam nos imputar, contra as dúvidas que tentam nos gerar, contra a dor que tentam nos infligir, contra o mundo que insiste em catalogar Deus como um simples objeto filosófico, invertendo a ordem entre criador e criação.
Eu preciso de Jesus para viver, não apenas espiritualmente, mas carnalmente, essa vida aqui, por meio da qual posso falar dEle e buscar a vontade dEle para mim. E sem a carne e o sangue de Jesus para me alimentar, sem o sacrifício de amor dEle se entregando por cada um de nossos pecados, eu já teria sido consumido, se não pela morte e pelo inferno, por meu próprio ego.
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