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2 de agosto de 2013

NIHON - O JAPÃO É BOM DEMAIS!

Rokuonki, dentro do templo Kinkakuji - ou simplesmente "O Templo Dourado" em Kyoto
Entre os dias 02 e 13 de julho de 2013 eu e minha esposa realizamos um grande sonho em nossas vidas e visitamos o Japão na melhor viagem que já realizamos até aqui. O país é muito mais do que esperávamos. Beleza natural e urbana estonteantes, organização social e urbana impecáveis, educação social incrível, simpatia do povo, música, TV, animações e cultura em geral de 1ª qualidade, infraestrutura turística e de mobilidade de cair o queixo, cidades bem planejadas, segurança em todos os lugares, comida maravilhosa, e CALPIS (uma bebida deliciosa)... enfim, um país que beira a perfeição – há os terremotos e a pressão social por perfeição que leva muitos lá a depressão é claro, mas é o preço a ser pago por todo o resto, imagino.

Quanto a pressão social, a impressão que eu tive foi diferente. Andei de trem em dias de semana em horários de ida e volta ao trabalho de muita gente. Andei pelas ruas de Shibuya e Nakano em Tokyo em horários de grande movimento, andamos por templos lotados de pessoas e espaços públicos diversos em várias cidades. A maioria das pessoas me pareceu “de boa”, ou seja, sem tristezas ou depressão – na verdade até animadas - por causa de trabalho ou estudos. Havia muita gente passeando, muita gente curtindo a vida – mesmo indo trabalhar ou estudar - sabendo respeitar muito as demais pessoas (silêncio nos trens e locais públicos, nada como aqui no Brasil com gente idiota ouvindo música alta).

Todaji, ou Templo do Grande Buda, em Nara
Seja antes da ida ou depois do meu retorno, muita gente me perguntou porque eu queria ir para o Japão, e mesmo agora, quando falo que fui para lá, sempre me dizem algo como “que viagem diferente”.

De fato, a maioria das pessoas que fazem “grandes viagens” em suas vidas normalmente falam que foram ao mesmo destino: Europa. Alguns fogem do padrão e falam que foram para os EUA, Canadá, México ou para outros países da América do Sul como Argentina ou Chile. Mas são muito poucos os que falam que foram para o Oriente de uma forma geral – seja o Oriente Médio ou para a Ásia, ficando a Oceania como principal destino pelo fato do inglês ser a língua nativa desses países, ou Israel por viagens missionárias.

Gosto de pensar que falam isso pelo fato do Japão – o Oriente em geral - ser extremamente distante de nós aqui do Brasil, e ser muito caro ir até lá – fomos de classe econômica e ainda assim gastamos tudo o que tínhamos, não sobrou nada e nossas economias se foram.

Digo que gosto de pensar assim porque as vezes tenho a impressão que as pessoas na verdade pensam que o Oriente, Ásia e o Japão não são interessantes, o que seria de uma ignorância imensa: são países extremamente ricos culturalmente (e alguns como o Japão são economicamente também), com muitas diferenças quanto ao ocidente é verdade, mas justamente por isso são extremamente interessantes. Sem contar que muitas de suas diferenças são – na minha opinião pessoa – para melhor. Muito melhor.

Não é de hoje que eu sou admirador da cultura japonesa. Um dos primeiros posts desse blog, de muitos anos atrás, fala justamente de animes, algo pelo qual sou apaixonado até hoje e pelo visto sempre serei. Animes e a culinária foram minha porta de entrada para a cultura japonesa e minha grande admiração por este povo, o que foi extremamente intensificada com minha viagem. Hoje tenho mais admiração por eles do que nunca. Até mesmo vontade de aprender japonês me surgiu e ainda perdura. Quem sabe, quando minha pós terminar, não faço aulas com a sensei de minha esposa?

Japoneses e orientais em geral – e isso inclui os povos árabes – tem muitas qualidades, e na minha opinião esse é um dos fatores que tem feito o oriente ressurgir como potência, levando a liderança do poder político e econômico do mundo para lá novamente depois de muitos séculos. Mesmo os orientais que moram fora de seus países de origem, ou descendentes destes que preservam sua cultura em outros países como é o caso dos japoneses no Brasil se destacam positivamente. Japonês no Brasil tem fama de inteligente, competente e eficiente não é a toa.
Osaka-Jo - Ou Castelo de Osaka, em (adivinhe só) OSAKA!

Outros podem pensar que ir para o Japão ou oriente é complicado por causa do idioma. É verdade que a maioria dos japoneses não fala inglês – e os que falam, não falam muito bem – mas isso não é nenhum impeditivo, pois você consegue se comunicar com eles de várias outras formas, por mais estranho que isso possa parecer.

Eu estava em Tokyo, em um combini, e um cara viu minha camiseta com o logotipo do McDonalds (na verdade estava escrito MACAXEIRA abaixo, é uma camisa que me trouxeram de Natal) e puxou papo! Conseguimos conversar, acredita? E eu não falo praticamente nada de japonês.

Eles tem uma atitude de querer entender o que os estrangeiros falam, então isso facilita tudo, até com mímica. Sem dizer que placas e mapas estão sempre em japonês e inglês. E tudo é organizado, e limpo, e seguro, e eficiente, e bonito... a estética é algo tão importante e natural na cultura japonesa que eu nem sei se eles pensam em fazê-la ou se isso já é algo orgânico, que eles fazem inconscientemente.

Bem, eu poderia escrever paginas e páginas sobre o Japão e o assunto não se extinguiria. Foi maravilhoso, e isso resume bem tudo. É uma viagem que recomendo a todos. O Japão e o povo japonês são maravilhosos. Um dia, se possível, eu volto.
Cruzamento no bairro de Shibuya, em Tokyo



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