Autor: Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 1 de maio de 2011
A Bíblia é a Palavra de Deus, desde que:
A Bíblia é a Palavra de Deus para ajudar, animar e mostrar nossos direitos como filhos do Rei. Mas não pode nos dizer o que fazer e ditar normas. Afinal, somos livres em Cristo. Assim pensam muitos. Para sua perdição.
Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 1 de maio de 2011
A Bíblia é a Palavra de Deus, desde que:
- Não nos fale da criação. O mundo simplesmente aconteceu, e a evolução é um fato. Subordinando a Bíblia a esta teoria, tudo bem.
- Não nos fale de pecado e depravação da raça humana. Isso é medieval. As pessoas são boas. Precisam apenas desenvolver o seu potencial. O único pecado é a falta de amor.
- Não nos fale de igreja. Igreja já era. Podemos ser crentes sem os outros. O importante é a sinceridade. Vez por outra podemos ir à igreja, havendo tempo. A Bíblia não pode pedir compromisso. Seguir a Jesus é questão íntima.
- Não nos ensine como viver. Submissão já era. Fidelidade conjugal é antinatural, porque os homens têm impulsos muito fortes. Manter um casamento com problemas é errado. Temos direito à felicidade. Tudo que impeça nossa felicidade é errado.
- Não nos ensine a criar filhos. Disciplina é um absurdo. Reprime. Cada criança deve construir sua realidade. Nenhuma realidade externa deve ser imposta à criança. Basta ler Piaget.
- Não combata homossexualismo. Ela deve ser reinterpretada neste tema. Há pessoas que não se aceitam, e querem ter um sexo que não têm. Elas podem ser preconceituosas contra sua situação real, mas a Bíblia não pode discordar delas. É preconceito.
- Não seja usada para aconselhar. Para isso há Freud, Jung, Adler, Mortimer, Erickson, etc. Só ignorantes pensam que a Bíblia tem respostas para a vida real e que sua linguagem assertiva seja válida.
- Não seja usada para formar pastores. Eles precisam aprender mais sociologia da religião que teologia bíblica e devem estudar a Bíblia por outra ótica que não seja como Palavra de Deus. Ela é produto de uma cultura e um livro como outro qualquer.
- Não forneça uma linha para formar pastores. A pedagogia de Paulo não é válida em nosso tempo. Há Paulo Freire e boas diretrizes do MEC.
- Não normatize o funcionamento da igreja. Igreja é empresa. Deve dar resultados, até lucro, e deve ser administrada por princípios gerenciais. Por que as cartas de Paulo, se temos Peter Drucker?
- Não seja usada para fomentar missões. Todas as religiões são boas, salvam, e não devemos incomodar outros com a idéia de que devem mudar de religião. Isso é imperialismo cultural.
- Não peça mudança de vida. Não se pode reprimir ninguém. As pessoas são como são, e tentar mudá-las é repressão.
- Não seja um absoluto. Há o livro de Mórmon, os de Hellen White e Allan Kardec, as palavras de homens e mulheres especiais com revelações que superam a Bíblia. E nosso coração nos diz o que fazer. O livro “A cabana” pode ensinar mais que ela.
A Bíblia é a Palavra de Deus para ajudar, animar e mostrar nossos direitos como filhos do Rei. Mas não pode nos dizer o que fazer e ditar normas. Afinal, somos livres em Cristo. Assim pensam muitos. Para sua perdição.
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