Ontem a noite eu estava na igreja, e vou ser sincero: estava insuportável. É difícil para mim admitir isso, mas estava mesmo, não posso fazer nada quanto a isso. Porque estava insuportável? Bem:
“Nossa, você não é crente! Não devia falar uma coisa dessas, onde já se viu, tudo ali foi feito para a honra e glória do Senhor!” algum brother poderia me falar.
Sim, eu sei disso. Mas o que que eu posso fazer se achei tudo insuportavelmente chato, me fazendo ansiar desesperadamente para que acabasse tudo logo e eu pudesse ir pra casa??? Sou um falso convertido, um não-salvo porque não sei apreciar estas coisas? Sou obrigado a aceitar qualquer coisa em nome de uma suposta adoração a Deus? Qualé! Até os inquisidores torturavam e matavam gente em nome de uma suposta adoração a Deus! Até Jesus ficou puto contra o sistema religioso da época dele, que era, oficialmente perante a sociedade, o correto naquela época.
Na minha opinião, Deus a gente adora criando vergonha na cara e levando uma vida segundo os princípios que Jesus nos deixou (ou fazendo o melhor possível para segui-los), mas ao mesmo tempo sabendo que isso por si só não faz de nós pessoas super fodas que ganham sua salvação, mas sim a graça de Deus e a salvação por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Isso é adoração. Ficar na igreja cantando é complementação de nossa educação cristã, um doutrinamento de nossos pensamentos com a finalidade de orientá-los para Cristo e a necessidade de se buscar uma vida correta como a dEle, e não é a realização do cristianismo propriamente dito.
É bom cantar? É! É bom ouvir sermão? É! É bom bater palma e fazer coreografia infantil pagando mico junto com todo mundo? É! Mas não é todo mundo que gosta e não é todo mundo que é edificado por essas coisas da mesma forma. Desculpe, posso estar falando uma besteira imensa, mas é assim que eu vejo as coisas e não espero que ninguém pense como eu penso. Aliás, acho que todo mundo devia é aprender a pensar por si mesmo como primeiro passo para uma vida cristã de verdade.
Sendo assim, eu me sinto um alienígena na igreja em diversas ocasiões. Me sinto vivendo em um mundo totalmente diferente daquele em que os demais ali presentes parecem viver em sua maioria. Fico com impressão de que eles são diferentes de mim organicamente falando, que são capazes de uma fé tão cega e de ter uma certeza tão inabalável que nada lhes preocupa e por isso mesmo tudo lhes parece tão simples e correto a ponto de não ser preciso questionar ou agir de uma outra forma. Seus cérebros são superdotados, e eu sou uma espécie de deficiente espiritual, um leproso de alma.
Fico com a impressão também de que eles não convivem com tantos ateus ou com pessoas são inquisitivas quanto eu, ou que não leem tantas coisas, ou que não ficam sabendo de tantos fatos, ou que não buscam entender o mundo a sua volta tão ardentemente. Não levam porradas como eu levo, porradas que te obrigam a parar para pensar e repensar diversas coisas, diversas certezas, diversas crenças, diversas visões de mundo. Sem que minha certeza em Deus seja abalada, mesmo que minha certeza quanto a mim mesmo e quanto a todas as demais pessoas seja.
Será que todos vivem em um mundo diferente do meu? Ou será que as pessoas são diferentes de mim? Ou será que todos não encaram as coisas como são por medo de que a jornada da vida possa nos mudar tanto que seriamos capazes de não mais nos reconhecer?
Eu só queria me encaixar. Eu só queria me sentir parte de um grupo. Eu só queria viver em um mundo sem discórdia, com unidade de opinião, com constância de comportamento, com união, com amor, com paz.
Descrevendo isso agora, vejo claramente que na verdade eu quero é morar no Paraíso, e que meu coração clama pela minha verdadeira pátria, a eternidade ao lado do Senhor.
- Estava quente como uma praia em dia de verão, só que sem a reconfortante brisa do mar para aplacá-la.
- Havia uma criança de um ano chata e feia gritando e resmungando o culto todo (a mãe e a avó achavam aquilo lindo, aliás).
- Havia uma música cuja letra obviamente engrandecia a Deus, mas que era muito, muito chata para o meu gosto.
- Havia uma pregação feita por um irmão que foi, para mim pelo menos, um porre.
“Nossa, você não é crente! Não devia falar uma coisa dessas, onde já se viu, tudo ali foi feito para a honra e glória do Senhor!” algum brother poderia me falar.
Sim, eu sei disso. Mas o que que eu posso fazer se achei tudo insuportavelmente chato, me fazendo ansiar desesperadamente para que acabasse tudo logo e eu pudesse ir pra casa??? Sou um falso convertido, um não-salvo porque não sei apreciar estas coisas? Sou obrigado a aceitar qualquer coisa em nome de uma suposta adoração a Deus? Qualé! Até os inquisidores torturavam e matavam gente em nome de uma suposta adoração a Deus! Até Jesus ficou puto contra o sistema religioso da época dele, que era, oficialmente perante a sociedade, o correto naquela época.
Na minha opinião, Deus a gente adora criando vergonha na cara e levando uma vida segundo os princípios que Jesus nos deixou (ou fazendo o melhor possível para segui-los), mas ao mesmo tempo sabendo que isso por si só não faz de nós pessoas super fodas que ganham sua salvação, mas sim a graça de Deus e a salvação por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Isso é adoração. Ficar na igreja cantando é complementação de nossa educação cristã, um doutrinamento de nossos pensamentos com a finalidade de orientá-los para Cristo e a necessidade de se buscar uma vida correta como a dEle, e não é a realização do cristianismo propriamente dito.
É bom cantar? É! É bom ouvir sermão? É! É bom bater palma e fazer coreografia infantil pagando mico junto com todo mundo? É! Mas não é todo mundo que gosta e não é todo mundo que é edificado por essas coisas da mesma forma. Desculpe, posso estar falando uma besteira imensa, mas é assim que eu vejo as coisas e não espero que ninguém pense como eu penso. Aliás, acho que todo mundo devia é aprender a pensar por si mesmo como primeiro passo para uma vida cristã de verdade.
Sendo assim, eu me sinto um alienígena na igreja em diversas ocasiões. Me sinto vivendo em um mundo totalmente diferente daquele em que os demais ali presentes parecem viver em sua maioria. Fico com impressão de que eles são diferentes de mim organicamente falando, que são capazes de uma fé tão cega e de ter uma certeza tão inabalável que nada lhes preocupa e por isso mesmo tudo lhes parece tão simples e correto a ponto de não ser preciso questionar ou agir de uma outra forma. Seus cérebros são superdotados, e eu sou uma espécie de deficiente espiritual, um leproso de alma.
Fico com a impressão também de que eles não convivem com tantos ateus ou com pessoas são inquisitivas quanto eu, ou que não leem tantas coisas, ou que não ficam sabendo de tantos fatos, ou que não buscam entender o mundo a sua volta tão ardentemente. Não levam porradas como eu levo, porradas que te obrigam a parar para pensar e repensar diversas coisas, diversas certezas, diversas crenças, diversas visões de mundo. Sem que minha certeza em Deus seja abalada, mesmo que minha certeza quanto a mim mesmo e quanto a todas as demais pessoas seja.
Será que todos vivem em um mundo diferente do meu? Ou será que as pessoas são diferentes de mim? Ou será que todos não encaram as coisas como são por medo de que a jornada da vida possa nos mudar tanto que seriamos capazes de não mais nos reconhecer?
Eu só queria me encaixar. Eu só queria me sentir parte de um grupo. Eu só queria viver em um mundo sem discórdia, com unidade de opinião, com constância de comportamento, com união, com amor, com paz.
Descrevendo isso agora, vejo claramente que na verdade eu quero é morar no Paraíso, e que meu coração clama pela minha verdadeira pátria, a eternidade ao lado do Senhor.
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