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23 de junho de 2006

O OBJETIVO É APENAS A FELICIDADE

A vida é o maior mistério do Universo. É bem verdade que Deus tenta nos encaminhar nesse fluxo de ações insanas que tomamos (mandou Cristo para tal), mas o fato é que ontem eu constatei, trocando e-mails com um amigo, algo muito importante que independe do fato de você ter fé ou ser ateu.

Um dia, não se sabe quando, o nosso pobre coração vai para de bater. E ai malandro, ai a gente vai ter que ir dormir "naquele caixote" e vai ver de uma vez por todas se temos razão daquilo em que cada um acredita (ou não).

As vezes eu me esqueço disso, e pelo visto a maior parte da humanidade também esquece. Esqueço que eu só tenho uma vida para viver, e que por mais inseguro que eu seja e por mais problemas que eu enfrente nela, ela é toda minha pra eu fazer com ela o que eu quiser. Se eu quiser fazer o que é certo, ou o que eu acho que é certo, tenho que arriscar, quebrar a cara e dar a volta por cima. Por que não da pra saber o que vem depois da curva nessa estrada sinuosa chamada vida.

Se a gente só tem uma vida pra viver aqui, então não tem porque ter medo. Todo mundo erra e a maioria erra a maior parte do tempo. Deus dá as dicas e indica um caminho, mas as vezes eu acho que muita gente não pensa por si mesma.

A mensagem principal de Cristo, que é a vontade Deus para a gente no final das contas, não são as inúmeras regras que tudo quanto é instituição neste mundo nos impõe. O que Ele quer é que sejamos felizes, que façamos os outros felizes também e , por tabela, que o façamos feliz! É tão simples!!! No final, a maior parte das regras são como algemas. Limitadores.

A humanidade é assim, gosta de ser governada por pessoas ou por ideais, porque assim temos a impressão de que não somos tão responsáveis pelas nossas desgraças, ao mesmo tempo em que não temos trabalho para pensar e tomar uma ação em muitas ocasiões. As regras nos dizem o que fazer.

Eu estou lendo O Pequeno Príncipe, como disse no post anterior. Li o capitulo em que ele se encontra com o homem que ascende e apaga, de minuto em minuto, o lampião em seu minúsculo planeta, e isso me fez ficar pensando em certas coisas. O trecho é este:

- Eu executo uma tarefa terrível. Antigamente era razoável. Apagava de manhã e acendia à noite. Tinha o resto do dia para descansar e o resto da noite para dormir...
- E depois disso, mudou o regulamento?
- O regulamento não mudou, disse o acendedor. Aí é que está o drama! O planeta de ano em ano gira mais depressa, e o regulamento não muda!
- E então? disse o principezinho.
- Agora, que ele dá uma volta por minuto, não tenho mais um segundo de repouso. Acendo e apago uma vez por minuto!
- Ah! que engraçado! Os dias aqui duram um minuto!
- Não é nada engraçado, disse o acendedor. Já faz um mês que estamos conversando.
- Um mês?
- Sim. Trinta minutos. Trinta dias. Boa noite.
E ascendeu o lampião.


As vezes eu vejo a humanidade como esse cara. O mundo hoje gira muito mais rápido e as pessoas ficam exaustas de diversas formas porque se prendem à regras, e ainda por cima, regras feitas para um mundo diferente, para um mundo mais simples. E não admitem de forma alguma que algumas regras deveriam mudar.

Eu só quero viver entendendo que a vida é curta demais para termos medo de arriscar.

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