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24 de abril de 2006

O PESO DA MÃO DE DEUS

Existem coisas na vida que nos fazem sentir mal, mas que por fim, nos faz sentir bem. Tomo por exemplo uma injeção de bezetacil (que é bem dolorida), ou quem sabe até mesmo uma cirurgia.

Voltei a sentir algo que me aflige e me incomoda muito, mas que sei que tem por objetivo um bem maior. Tem gente que define isso como peso na consciência, outros como sentimento de culpa. Eu chamo de peso da mão de Deus. Por que eu já me senti com peso na consciência e já me senti culpado, mas o peso da mão de Deus é a soma destes dois elevado à enésima potência.

Eu acho que peso na consciência é um arrependimento por algo errado que você fez (ou não), mas que de alguma forma sabe que tem como reverter, mesmo que tardiamente. Sentimento de culpa é algo parecido, pra não dizer que é a mesma coisa, só que eu acho que é um pouco mais grave, por que deve ser algo que não se possa arrumar, mas apenas algo pelo qual você possa buscar perdão

Mas o peso da mão de Deus eu vejo como algo semelhante a se sentir arrependido pelo que não fez, culpado pelo que fez e incomodado pelo Espírito Santo diante disso tudo, para o qual, obviamente, não deveria existir perdão, ao menos não o perdão da forma que a maioria das pessoas entende como perdão. Pior ainda é quando se percebe que o perdão para tais coisas é muito simples, mas ao mesmo tempo complexo: arrependimento, confissão e conversão perante Cristo.

Tenho percebido que é muito difícil me arrepender de atos que sei que são errados. Atos pequenos e grandes, muitos considerados besteira por pessoas que não temem a Deus. E isso parece fazer a mão de Deus pesar mais ainda sobre mim. Não quero mais continuar nesta meia-forma de cristão e mundano. Quero ser 100% de Deus.

Ao contrário do que se pensa, fico grato por sentir esta opressão, por que mesmo sofrendo, mesmo deprimido, sei que isso provém de Cristo. Por que não se trata de uma opressão que tem por fim me levar à coisas ruins: trata-se de uma opressão no sentido de me levar de volta à Deus, no sentido de retomar práticas que me faziam muito bem, mas que eu deixei de fazer: orar, estudar a palavra de Deus e congregar.

Estou passando por problemas, é verdade. Dinheiro extremamente contado e fantasmas do passado que insistem em assombrar... mas ainda confio em Cristo. Por que dificuldades todos nós temos. Mas as minhas, por mais intransponíveis que pareçam, por mais triste, preocupado e deprimido que me deixem, sei que Deus sempre me ajudará a superá-las, mesmo que com folga mínima, para que eu não me acostume à facilidades nesta vida que, para os justos, nunca é fácil.

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