Quem sou eu, afinal? Crente? Evangélico? Desgraçado (no sentido de estar fora da graça de Deus)? Falso? Impuro? Indigno (de Deus)?
Eu não tenho conseguido me definir, mesmo que eu nunca tenha gostado de rótulos. Eu não tenho ido à igreja, e mesmo compreendendo que isso não significa nada, eu considero como um termômetro para a minha temperatura espiritual. Eu não tenho ido à igreja por que eu não tenho estado bem... bem no sentido de buscar ao Senhor, no sentido de desejar um relacionamento com Jesus e de me comprometer com o meu real e único objetivo neste mundo, que é fazer a vontade de Deus.
Eu sei, mas não faço... ao contrário, busco o que minha assim chamada carne (traduzindo: meu ego) deseja. Perco-me em buscas inúteis de satisfação escassa. Eu cuido da minha própria vida... e isso é o maior erro para alguém que almeja ser um crente. Deus cuida da vida de um crente real, e este por sua vez cuida apenas de realizar a vontade de Deus!
Que fraco sou eu, que busco o que me interessa e deixo de lado as coisas do Senhor! Que omensa falta de fé! Ai de mim, que não tenho dado o meu coração ao Senhor! Ai de mim, que teme e não age, que teme e não luta, que teme e não reage! Ai de mim, Senhor... que pede perdão e, como se não houvesse de fato arrependimento, não converte os seus maus caminhos, suas falhas tão evidentes e seus vícios de comportamento. Ai de mim, Pai, pois pela timidez que tu mesmo já condenou, deixou de fazer e falar o pouco que entendeu ser correto para Ti.
Quem sou eu, se não um pecador que, em pânico, pensava que estava seguro em sua salvação mas, diante de sua própria má conduta, se pergunta aonde está a sua conversão?
O que quero é me livrar de mim mesmo. Liberta-me da prisão do meu querer, Senhor Jesus... liberta-me de minhas paixões, de meus desejos e das minhas vãs e maléficas vontades. Muda-me e restaura-me para a tua glória, para que eu busque apenas o teu querer e para que eu trabalhe apenas na tua obra.
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