“Porque quero que saibais quão grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e por quantos não viram o meu rosto em carne; para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. Porque, ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito estou convosco, regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade; no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo; sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.”
“Dialética (português brasileiro) ou Dialéctica (português europeu) (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca o dialectĭce) era, na Grécia Antiga, a arte do diálogo, da contraposição e contradição de ideias que leva a outras ideias.
Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão.
Aristóteles considerava Zenão de Eléia (aprox. 490-430 a.C.) o fundador da dialética. Outros consideraram Sócrates (469-399 AEC)." (Konder, 1987, p. 7).”
Dialética religiosa, ou dialética de crenças. Este é um assunto extremamente complexo. Devia ser tratado por filósofos, teólogos e sacerdotes diversos, não por um analista de sistemas que as vezes tem a impressão de que navega sem rumo por um mar de opiniões distintas, conflitantes e anuladoras. Mas não é minha presunção querer resolver este assunto aqui, mas sim dar minha opinião. Afinal é para isso que mais me serve este blog.
Desde que me converti (e gosto de acreditar que realmente me converti a Cristo, por mais que eu me sinta perdido nos últimos anos) minha vida mudou bastante. Me casei, comprei um apartamento, mudei de emprego, passei por doenças, vi e ouvi coisas que nem sabia que existiam. E tive muitas, muitas experiências dialéticas de cunho religioso.
Acho que todos estamos fadados a estas situações, aonde você se vê inserido em uma conversa aonde as pessoas dialogam na tentativa de desacreditar sua base de crenças, sendo isso intencional ou não.
Os crentes em Cristo normalmente tem atitudes bem claras quanto a estas situações. Uns simplesmente se afastam da conversa, outros são agressivos e falam com propriedade sobre conceitos que eu desconheço ou que eu até conheço mas que não me vem à mente no momento da conversa. Ou há aqueles que tentam simplesmente dialogar, como eu. O que pode ser bom por um lado, pois permite uma conversa produtiva e instigante com as pessoas, mas que por outro pode ser catastrófico em diversas camadas.
Eu posso conversar com uma pessoa e não ter argumentações o bastante para, durante a dialética, contrapor meu ponto de vista e minha crença, o que dá a impressão a nossos interlocutores de que eles tem razão. Algumas pessoas podem até mesmo se questionar se o interlocutor realmente não está certo, e com isso ter as bases mais profundas de sua crença abaladas: a fé, seja lá no que ela for.
O que muitos não se dão conta é que a fé é, por definição, inexplicável. Ela não pode ser enquadrada em termos lógicos, e a dialética é totalmente apoiada na lógica. Portanto fé não pode ser discutida, por mais que as pessoas tentem. Você não pode debater logicamente algo que não possa ser provado que exista e que ao mesmo tempo não possa ser provado que não exista. Qualquer coisa dita a respeito torna-se falácia.
Quando alguém me diz que Deus não existe, ela tem sob a ótica lógica tanta razão quanto eu tenho ao afirmar que Ele existe sim. Em ambos os casos não há provas, apenas evidências que podem ser usados para apoiar qualquer ponto de vista.
A fé é um mistério do ser humano que alguns afirmam ser um defeito de nossa mente, uma artimanha de nosso cérebro na tentativa de nos fazer mais confortáveis diante de um Universo de desconhecimento e perigos, uma forma de consolo diante da inexplicável origem e razão da vida e da morte. E esta afirmação está tão certa diante da lógica quanto a afirmação de que Deus criou a todos nós com um propósito único de adorá-lo com nossas vidas e com nossa santificação, que é amar a Deus sobre todas as coisas e a ao próximo como a nós mesmos. Não há como refutar qualquer uma das afirmações pois ambas são improváveis. Acreditar em uma ou outra depende da sensibilidade inerente à natureza de cada indivíduo.
O ponto aonde quero chegar é que o ser humano tem uma necessidade biológica de crer em algo. A história comprova que todas as culturas observáveis tinham sistemas religiosos, tinha uma mitologia a respeito da origem do ser humano, de seu povo, de sua cultura, de suas tradições, de seu sistema moral e ético. Crer em algo é uma daquelas coisas que fazem de nós humanos, diferentes dos outros animais. Nós pensamos. Nós cremos. Nós sonhamos. Nós construímos.
A dialética está presente na vida de crentes o tempo todo, e quando falo em crentes, incluo a todos os seres humanos neste termo. Todos somos crentes em algo, ou em Deus, ou na ciência ou em nós mesmos. O tempo todo tentamos convencer as outras pessoas a adotarem nossa crença, em um verdadeiro processo de evangelização, de convencimento.
Os crentes em Jesus ao distribuir folhetos e fazer missões e os céticos religiosos ao divulgar o ceticismo e a lógica como verdades absolutas e melhores métodos para se saber o que é verdade e o que não é estão trabalhando no convencimento, na evangelização de suas respectivas doutrinas. Mas a verdade é que as pessoas se sentem melhor em meio a grupos de valores e conceitos semelhantes, elas se sentem parte de um todo, elas alimentam seu sentimento de rebanho, elas se sentem completas e felizes. Então nada mais lógico que converter todos a sua crença, porque seria melhor do que nós abrirmos mão da nossa.
Os crentes em Cristo alegam que fazem isso por ordenança de Deus, e para que todos sejam salvos pelo sangue de Jesus. Os céticos por outro lado alegam que fazem isso para dar ás pessoas a verdadeira liberdade de saber que Deus não existe, mesmo que isso as deixem perdidas depois, sem um rumo ou objetivo muito claros.
A dialética é, de certa forma, saudável e ao mesmo tempo nociva. Saudável porque é democrática e permite às pessoas conhecer outros pontos de vista diferentes daqueles que ela adota, o que lhes leva a compreender melhor o ser humano e a riqueza cultural e intelectual de nossa espécie. Mas é nociva porque pode destruir convicções e bases ideológicas muito fortes que causam muita dor e sofrimento às pessoas, e bases estas que podem ser relativamente mais corretas do que as novas que estas pessoas venham a adotar.
Nisso entro outra questão delicada, que é a convicção que a pessoa deve ter de que sua fé é a única certa, a definitiva e final, e que todas as outras estão erradas. Mas sobre este assunto, que é a base de muitos conflitos de diversas escalas, não tenho muito o que falar, pois estes você mesmo deve viver no seu dia-a-dia. As pessoas simplesmente não conseguem conceber um mundo aonde sua crença não signifique a contraposição da crença dos outros, um mundo aonde uma pessoa possa crer em algo diferente da outra e ambas conviverem sem conflitos, porque isso é, de fato impossível em termos humanos.
Na verdade o conflito esta na base da dialética, e a dialética está na base de todos os nossos relacionamentos. Uma pessoa não pode crer em algo e aceitar que a crença de outra pessoa, diferente da sua, tenham o mesmo valor porque isso significaria que crer em uma ou em outra seria a mesma coisa, o que nos deixa em um ciclo infinito que nos levaria a uma constatação obvia de que se todas as crenças tem o mesmo peso, todas estão erradas e portanto não temos certeza de absolutamente nada... o que está certo até certo ponto.
Assim, a única conclusão a que posso chegar é que a dialética religiosa é inerente ao ser humano, e ao mesmo tempo é totalmente inútil, não levando a lugar algum uma vez que a pessoa tenha escolhido sua crença ou tenha se decepcionado muito com ela e esteja disposto a mudar para outra. Infelizmente é uma inutilidade da qual nunca vamos conseguir nos abster.
Por isso é importante que você, crente em Jesus, tenha esta certeza de que perante a logica humana sua fé em Cristo é tão irracional quanto acreditar em qualquer outro sistema religioso, mas que isso não significa em absoluto que sua fé é em algo irreal. Sua fé não pode ser medida, e mesmo que toda uma sorte de afirmações lógicas e coerentes neguem a existência de Deus e de Jesus, elas não provam nada. Absolutamente nada.
Que Deus tenha misericórdia de nós, e nos dê acima de discernimento, uma fé inabalável nEle e em seu filho Jesus Cristo.
Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade; no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo; sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.”
Colossenses 2 – 1:12
“Dialética (português brasileiro) ou Dialéctica (português europeu) (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca o dialectĭce) era, na Grécia Antiga, a arte do diálogo, da contraposição e contradição de ideias que leva a outras ideias.
Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão.
Aristóteles considerava Zenão de Eléia (aprox. 490-430 a.C.) o fundador da dialética. Outros consideraram Sócrates (469-399 AEC)." (Konder, 1987, p. 7).”
Wikipédia
Dialética religiosa, ou dialética de crenças. Este é um assunto extremamente complexo. Devia ser tratado por filósofos, teólogos e sacerdotes diversos, não por um analista de sistemas que as vezes tem a impressão de que navega sem rumo por um mar de opiniões distintas, conflitantes e anuladoras. Mas não é minha presunção querer resolver este assunto aqui, mas sim dar minha opinião. Afinal é para isso que mais me serve este blog.
Desde que me converti (e gosto de acreditar que realmente me converti a Cristo, por mais que eu me sinta perdido nos últimos anos) minha vida mudou bastante. Me casei, comprei um apartamento, mudei de emprego, passei por doenças, vi e ouvi coisas que nem sabia que existiam. E tive muitas, muitas experiências dialéticas de cunho religioso.
Acho que todos estamos fadados a estas situações, aonde você se vê inserido em uma conversa aonde as pessoas dialogam na tentativa de desacreditar sua base de crenças, sendo isso intencional ou não.
Os crentes em Cristo normalmente tem atitudes bem claras quanto a estas situações. Uns simplesmente se afastam da conversa, outros são agressivos e falam com propriedade sobre conceitos que eu desconheço ou que eu até conheço mas que não me vem à mente no momento da conversa. Ou há aqueles que tentam simplesmente dialogar, como eu. O que pode ser bom por um lado, pois permite uma conversa produtiva e instigante com as pessoas, mas que por outro pode ser catastrófico em diversas camadas.
Eu posso conversar com uma pessoa e não ter argumentações o bastante para, durante a dialética, contrapor meu ponto de vista e minha crença, o que dá a impressão a nossos interlocutores de que eles tem razão. Algumas pessoas podem até mesmo se questionar se o interlocutor realmente não está certo, e com isso ter as bases mais profundas de sua crença abaladas: a fé, seja lá no que ela for.
O que muitos não se dão conta é que a fé é, por definição, inexplicável. Ela não pode ser enquadrada em termos lógicos, e a dialética é totalmente apoiada na lógica. Portanto fé não pode ser discutida, por mais que as pessoas tentem. Você não pode debater logicamente algo que não possa ser provado que exista e que ao mesmo tempo não possa ser provado que não exista. Qualquer coisa dita a respeito torna-se falácia.
Quando alguém me diz que Deus não existe, ela tem sob a ótica lógica tanta razão quanto eu tenho ao afirmar que Ele existe sim. Em ambos os casos não há provas, apenas evidências que podem ser usados para apoiar qualquer ponto de vista.
A fé é um mistério do ser humano que alguns afirmam ser um defeito de nossa mente, uma artimanha de nosso cérebro na tentativa de nos fazer mais confortáveis diante de um Universo de desconhecimento e perigos, uma forma de consolo diante da inexplicável origem e razão da vida e da morte. E esta afirmação está tão certa diante da lógica quanto a afirmação de que Deus criou a todos nós com um propósito único de adorá-lo com nossas vidas e com nossa santificação, que é amar a Deus sobre todas as coisas e a ao próximo como a nós mesmos. Não há como refutar qualquer uma das afirmações pois ambas são improváveis. Acreditar em uma ou outra depende da sensibilidade inerente à natureza de cada indivíduo.
O ponto aonde quero chegar é que o ser humano tem uma necessidade biológica de crer em algo. A história comprova que todas as culturas observáveis tinham sistemas religiosos, tinha uma mitologia a respeito da origem do ser humano, de seu povo, de sua cultura, de suas tradições, de seu sistema moral e ético. Crer em algo é uma daquelas coisas que fazem de nós humanos, diferentes dos outros animais. Nós pensamos. Nós cremos. Nós sonhamos. Nós construímos.
A dialética está presente na vida de crentes o tempo todo, e quando falo em crentes, incluo a todos os seres humanos neste termo. Todos somos crentes em algo, ou em Deus, ou na ciência ou em nós mesmos. O tempo todo tentamos convencer as outras pessoas a adotarem nossa crença, em um verdadeiro processo de evangelização, de convencimento.
Os crentes em Jesus ao distribuir folhetos e fazer missões e os céticos religiosos ao divulgar o ceticismo e a lógica como verdades absolutas e melhores métodos para se saber o que é verdade e o que não é estão trabalhando no convencimento, na evangelização de suas respectivas doutrinas. Mas a verdade é que as pessoas se sentem melhor em meio a grupos de valores e conceitos semelhantes, elas se sentem parte de um todo, elas alimentam seu sentimento de rebanho, elas se sentem completas e felizes. Então nada mais lógico que converter todos a sua crença, porque seria melhor do que nós abrirmos mão da nossa.
Os crentes em Cristo alegam que fazem isso por ordenança de Deus, e para que todos sejam salvos pelo sangue de Jesus. Os céticos por outro lado alegam que fazem isso para dar ás pessoas a verdadeira liberdade de saber que Deus não existe, mesmo que isso as deixem perdidas depois, sem um rumo ou objetivo muito claros.
A dialética é, de certa forma, saudável e ao mesmo tempo nociva. Saudável porque é democrática e permite às pessoas conhecer outros pontos de vista diferentes daqueles que ela adota, o que lhes leva a compreender melhor o ser humano e a riqueza cultural e intelectual de nossa espécie. Mas é nociva porque pode destruir convicções e bases ideológicas muito fortes que causam muita dor e sofrimento às pessoas, e bases estas que podem ser relativamente mais corretas do que as novas que estas pessoas venham a adotar.
Nisso entro outra questão delicada, que é a convicção que a pessoa deve ter de que sua fé é a única certa, a definitiva e final, e que todas as outras estão erradas. Mas sobre este assunto, que é a base de muitos conflitos de diversas escalas, não tenho muito o que falar, pois estes você mesmo deve viver no seu dia-a-dia. As pessoas simplesmente não conseguem conceber um mundo aonde sua crença não signifique a contraposição da crença dos outros, um mundo aonde uma pessoa possa crer em algo diferente da outra e ambas conviverem sem conflitos, porque isso é, de fato impossível em termos humanos.
Na verdade o conflito esta na base da dialética, e a dialética está na base de todos os nossos relacionamentos. Uma pessoa não pode crer em algo e aceitar que a crença de outra pessoa, diferente da sua, tenham o mesmo valor porque isso significaria que crer em uma ou em outra seria a mesma coisa, o que nos deixa em um ciclo infinito que nos levaria a uma constatação obvia de que se todas as crenças tem o mesmo peso, todas estão erradas e portanto não temos certeza de absolutamente nada... o que está certo até certo ponto.
Assim, a única conclusão a que posso chegar é que a dialética religiosa é inerente ao ser humano, e ao mesmo tempo é totalmente inútil, não levando a lugar algum uma vez que a pessoa tenha escolhido sua crença ou tenha se decepcionado muito com ela e esteja disposto a mudar para outra. Infelizmente é uma inutilidade da qual nunca vamos conseguir nos abster.
Por isso é importante que você, crente em Jesus, tenha esta certeza de que perante a logica humana sua fé em Cristo é tão irracional quanto acreditar em qualquer outro sistema religioso, mas que isso não significa em absoluto que sua fé é em algo irreal. Sua fé não pode ser medida, e mesmo que toda uma sorte de afirmações lógicas e coerentes neguem a existência de Deus e de Jesus, elas não provam nada. Absolutamente nada.
Que Deus tenha misericórdia de nós, e nos dê acima de discernimento, uma fé inabalável nEle e em seu filho Jesus Cristo.
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