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21 de março de 2005

UM FINAL DE SEMANA INDEFINIDO

Neste final de semana (ontem, mais precisamente) foi o aniversário de minha noiva, a Cris. Fiquei de dar de presente para ela um alarme para o seu carro, e ela gostou bastante. Não satisfeito com isso, eu resolvi fazer uma surpresa e mandar flores para ela.

Bem, eu havia escolhido rosas amarelas por que amarelo é a cor que ela mais ama, e pedi que a entrega fosse realizada às 18:00hs. Bem, houveram problemas e as rosas amarelas não estava boas segundo a florista que me ligou enquanto eu terminava de colar o quebra-cabeça que eu e a Cris montamos a algumas semanas. Tive que mudar para rosas vermelhas, que no final das contas foram entregues às 19h00m, o que me deixou muito, mas muito irritado (não comprem flores na XAXIN do Cambuí aqui em Campinas, deu muito problema comigo).

A noite, fomos à uma pizzaria, com os pais dela, meus pais, meus irmãos e suas respectivas mulheres. Da familia dela ninguém foi chamado, não vou entrar em detalhes do por que pois nem mesmo sei ao certo. Mas o fato é que nos divertimos muito, tivemos bons momentos juntos, e eu estava feliz por que pensava que poderia dar desta forma alguns momentos de felicidade para a mulher que tanto amo...

Bom, o fato é que deveria ter sido um ótimo aniversário para o meu amor, mas não foi. Ela, infelizmente, tem passado por problemas muito graves com os pais dela e bem no dia do aniversário dela as coisas descambaram. São problemas que a um bom tempo tem nos afligido. Mas o fato de os pais dela nem se prestarem a lhe desejar feliz aniversário... sabe, eu não consigo aceitar ou entender isso muito bem. Não consigo mesmo! Não há doença que justifique este comportamento, assim como não há criação que justifique frieza desta forma.

Ao menos não de pais que lutaram tanto para ter um filho, que passaram anos em tratamento para ter uma criança. Ela deveria ser muito amada, em demasia, mesmo por que é a única! E não é isso o que eu vejo... que eu tenho visto é puro egoísmo. E não há nada pior do que um pai egoísta, que pensa em si mesmo e não no filho.

Minha mãe foi criada de forma fria e sofrida, e não é assim, muito pelo contrário, fez questão de dar aos filhos tudo aquilo que ela nunca teve de seus próprios pais ou daqueles quer dela cuidaram (por que minha mãe não teve pais). Eu acho, piamente, que isso é questão de caráter e não de criação. Aprendi com minha mãe que um casamento é entrega, e que ter um filho é deixar de viver para si mesmo e passar a viver para o filho... não exatamente de uma forma escravocrata. Mas de uma forma em que se saiba priorizar as coisas, que se saiba amar, educar, prover, sustentar...

Sei que minha noiva pode se sentir mal de eu continuar a falar o que penso a respeito, por isso vou parar por aqui, afinal são os pais dela e não os meus. Mas o que eu queria dizer a ela, e acho que ela entende isso, é que ela pode contar comigo. Que eu vou estar do lado dela. E que eu acho sim que o melhor é a gente se distanciar disso tudo assim que casarmos, e que quero casar logo para que tenhamos a NOSSA vida, desvinculando ela daquela situação em que ela vive atualmente. E que, pela misericórdia de Deus, tenhamos uma vida simples que seja, mas feliz, juntos. Que ela saiba amara a seus pais, mas que saiba impor limites. Que saiba deixá-los. E deixá-los não significa abandona-los. Significa abraçar a sua própria vida, deixar sua vida como filha sob a proteção das asas dos pais e passar a ter uma vida independente. Eu, atualmente, sou dependente de meus pais, mas no aspecto financeiro. Emocionalmente eu já me sinto preparado para ter minha vida desvinculada deles, e sei que eles também estão prontos para isso.

Mantenha a calma, meu amor. Isso tudo vai passar de uma forma ou de outra. O sofrimento pelo qual você vem passando com maior intensidade (não pense que eu não estou sofrendo com isso tudo, tenho sofrido também) deve ter um propósito, um significado, algo a se aprender e entender (quem sabe o de começar a enxergar que eles não são e não devem ser o centro de sua vida, que você precisa saber se distanciar emocionalmente deles um pouco, de desvincular... precisamos agir de alguma forma! Sua mãe tem que se tratar adequadamente, e seu pai... bem... eu venho pensando em conversar com ele sobre as coisas que tem lhe afligido, sobre a falta de gestos de carinho que ele tem tido para contigo desde que você nasceu. Não sei ainda como fazer esta aproximação... mas pretendo fazê-la.

Os planos de ir para o Canadá estão nas mãos de Deus, meu amor. O desejo existe. A vontade está em meu coração e pelo que vejo está um pouco no seu também. Vamos trabalhar neste sentido e orar, além de nos preparar e começarmos a correr atrás. Vamos orar para que nos seja revelado se é da vontade de Deus que isso ocorra, e que se ocorra, que seja por que Ele quer, que seja para o nosso bem e para glória do Pai.

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