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17 de agosto de 2006

JACARÉ LOIRO DE OLHO AZUL

Suponhamos que você tenha ido pescar sozinho, e que ali, de dentro do rio, você vê surgir um jacaré loiro de olho azul que se aproxima de você e diz "Eu sou real, mas a verdade é que ninguém nunca mais vai me ver porque vou embora desse planeta e só passei aqui para me despedir".

Ele então sobe em um foguete e, acenando para você, vai embora. Ao voltar para sua casa, você fala para sua família e para seus amigos que viu um jacaré loiro de olho azul falante que saiu da Terra em um foguete.

A reação é que algumas pessoas que te conhecem acreditam em você, mesmo que sua história pareça fantástica e logicamente improvável. Outras vão achar que de fato você viu algo estranho, mas que interpretou as coisas de maneira diferente e então tentarão moldar os fatos em uma linha de raciocínio lógico. Seria na verdade um alienígena, ou então alguém fantasiado pregando uma peça. Ou algum trauma psicológico que gerou uma espécie de visão do subconsciente. Uma alucinação.

Haveria ainda alguns colegas que iriam caçoar de você dizendo que você endoidou, que fumou um baseado ou que andou bebendo muita pinga enquanto pescava.

O primeiro grupo teve fé, o segundo foi crítico e o terceiro foi cético. Pró, neutro e contra.

Mas independente do que as pessoas falassem, você ainda assim saberia perfeitamente que aquilo era um jacaré loiro de olho azul indo embora em um foguete. O que as pessoas falassem ou pensassem a respeito iria mudar a verdade que você viu com seus próprios olhos?

O fato de que eu experimentei e experimento Jesus e o cristianismo (até em minha atual situação desgarrada) muda devido ao que as pessoas falam a respeito da religião, da lógica e da filosofia que permeiam o pensamento pós-moderno impregnado nas ideologias de vida presentes?

A igreja tem uma série de problemas sérios e o cristianismo por si só não responde a todas as perguntas da forma que as pessoas querem (com lógica e razão). Mas eu sei no que creio porque eu "vi". E quem não vê, realmente não entende.

Continuo na esperança de mudar para melhor, de entender o que não entendo e de ser quem Deus quer que eu seja. A tempestade pode até ser longa, mas uma hora há de passar. A tempestade pode afundar o meu barco, mas não serei dragado pelas águas do mar revolto enquanto estiver agarrado à tábua de Cristo. E desta, não hei de largar nunca, pois se a largar, morrerei.

Medo? Tem gente que fala que é. Medo de ir para o Inferno, de sofrer, de ser castigado. Medo do que os outros vão dizer. Medo se não ser aceito.

Prefiro entender que meu medo é o de não fazer as coisas da maneira que Deus quer, e com isso, entristecer aquele que me deu tudo, a quem devo tudo, e para quem quero (e nem sempre consigo) dedicar o meu melhor. O meu medo é ter do que ter medo. Mas por Cristo, hei de ser um homem sem medo.

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