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19 de dezembro de 2003

NO PONTO BAIXO DA SENÓIDE

Uma senóide pura se diz de uma onda contínua de uma freqüência só, ou seja : de distorção harmônica nula. Você já deve ter visto uma senóide na sua vida, seja em uma aula de física, matemática ou alguma outra tortura do tipo. Não sei se está certo, mas para mim ela serve para descrever os autos e baixos padronizados de alguma coisa (como a medição da onda de um fóton, por exemplo).

Fico imaginando que a função matemática da vida de um ser humano poderia gerar um gráfico senoidal irregular, ou seja, não seria uma senóide periódica padrão em si, mas sim um sinal periódico, composto por senóides de diferentes freqüências e espectros. Tudo isso para representar uma coisa que todo mundo está careca de saber: que a vida tem seus altos e baixos.

No momento estou no ponto baixo da senóide da minha vida. Vida no aspecto emocional. Não estou falando de dinheiro agora, que todos sabem, está pela hora da morte (por falar em morte, preciso falar sobre isso um dia desses aqui).

Estou triste. Estou com sono. Estou cansado. Estou me sentindo ¿o suco do lixo¿, como um conhecido meu diz. Ontem conversei com meu professor de Kung Fu. Muito provavelmente terei que parar de treinar ano que vem por motivos de dinheiro, falei para ele. Teremos uma reunião amanhã (sábado) para ver o que pode ser feito. Sinceramente eu não imaginava que isso fosse me abater tanto assim. Quarta feira fui filmar a entrega da faixa preta do JP e fiquei admirado, gostaria de estar lá, de um dia ter minha faixa preta também, mas agora este sonho parece longínquo. De fato, o Kung Fu faz parte do meu modo de vida, treino Kung Fu desde bem antes de me converter à Cristo, e isto me deixa triste, pois não queria parar agora. A não ser que o valor que ele me cobre seja absurdamente baixo (algo em torno de R$30,00 por mês no máximo) não terei como continuar.

Acho que estou triste não só por isso. Tem outras coisas. Tem meu problema de dinheiro. Tem umas coisas que me deixaram chateado semana passada na igreja. Tem uns sentimentos dentro de mim de suspeita contra tudo e todos. Tem o Júnior, amigo meu que vai ter que sair daqui do CPqD por que seu estágio acabou e estou preocupado com ele, e tem meu problema pessoal com Deus. Tudo isso está me massacrando. Não sei mais quanto tempo eu vou agüentar. Não sei por quanto tempo o martelo poderá bater neste metal sem quebrá-lo.

Vou terminar aqui, e aproveitar este momento de tristeza. Normalmente escrevo muito melhor quando estou assim, e vou escrever um pouco aquele livro no qual tenho trabalhado neste ano. Não vou pedir para orarem por mim nem nada. Na verdade, só queria desabafar um pouco...

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