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6 de agosto de 2008

MONSTRO INTERIOR

Hoje as coisas entornaram. Tem um monte de coisas que me deixam deprimido, nervoso, angustiado e com ódio ao mesmo tempo, e uma delas é quando conseguem, ao mesmo tempo, diminuir meu trabalho, não levar minha opinião em conta e me chamar de incompetente sutilmente. Sendo que eu sei muito bem que meu trabalho estava bom, que minha opinião devia ser mais considerada e que eu estou bem longe de ser incompetente (assim como estou longe de ser a pessoa mais competente do mundo).

Estou lendo os livros da série “Cronicas de Prydain”, de Lloyd Alexander. Tem um personagem que conseguia profetizar e compreender algumas coisas por meio de sonhos. Sobre outro personagem, diz que sonhou que ele tinha em seu ombro um monstro de sombras, que lhe era muito pesado e que lhe feria bastante de tempos em tempos. Sabe-se depois que este monstro era figurativo, e representava o orgulho e a soberba daquela pessoa.

Neste caso, eu tenho um monstro nos meus ombros também. Um monstro de ódio e raiva que as vezes me preocupa, pois diante de situações como a de hoje, ele me incita não a uma mera agressão, mas sim a uma verdadeira chacina. Até hoje eu o contive, e espero continuar a contê-lo. É como um HULK, só que apenas no aspecto psicológico. O preço deste controle é meu humor, que fica péssimo nestas ocasiões.

O mundo me enfada. O mundo me cansa. O mundo me odeia. O mundo me quer destruído. Porque eu tenho que gostar dele? Não gosto. Porque eu tenho que agüentar estas coisas? Por valores sociais. Porque eu tenho que me conter? Não sei... ao menos falar o que penso, na cara das pessoas, eu deveria. Mas ai, lidar com as conseqüências “é que são elas”.

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