Meu 28º natal passou bem, sem estresse nenhum. Mas uma ponta de tristeza se encravou em meu coração como um anzol por que, acima de tudo, eu passei esse natal de uma forma semelhante à que um ateu passaria.
Eu pensei em Jesus na noite de natal, durante a ceia e tudo o mais. Mas não de uma forma profunda, nem reflexiva. O que pude constatar é que eu continuo ficando cada vez pior, cada vez menos interessado, cada vez mais distante. Tenho me sentido cada vez mais perto de quem eu era até mais ou menos setembro de 2000, ou seja, cada vez mais perto do que eu era antes da minha conversão... se é que ela de fato ocorreu, por que conversão ocorre e não some, ela vem e fica.
Foi um natal do qual tive medo ao mesmo tempo em que senti saudades e alívio. Foi um natal sem a profundidade que deveria ter tido. Foi um natal superficial. Estou sentindo-me dividido quanto ao que quero e quanto ao que preciso. É como se eu fosse explodir ou me rasgar ao meio.
Em minha vida quis ser e fazer tantas coisas! As que desejei não fui capaz de fazer. As que eu deveria desejar eu ignorei e o que me restou foi o que eu não queria e o que eu não deveria querer.
Um dia a carne que recobre os meus ossos vai apodrecer. O sangue em minhas veias se coagulará, e tudo o que julgo ser vai desaparecer. Mas quem eu sou... para onde irá? Para o lado de Jesus ou para o lado de Lúcifer? Meu coração é a chave para este destino... mas qual destino se há horas em que nem eu sei o que de fato me importa?
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